tag:blogger.com,1999:blog-54685288597618874252023-11-16T09:51:19.816-03:00Ballet é Mara- FicAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-46853746570852965212011-05-05T21:35:00.000-03:002011-05-05T21:35:03.703-03:00no caminho da dança - ultimo capítulo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal"><b>Capítulo XXV<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">s semanas pareceram se arrastar desde a apresentação do tango, que havia sido o assunto das semanas seguintes. Todos pareciam impressionados pela magnífica apresentação e comentavam.<br />
<br />
Obviamente alguns desses comentários foram maldosos, espalhando o boato de que Lizzy teria seduzido Darcy para conseguir o papel na apresentação. Já outros diziam que eles mantinham o caso secreto há muito tempo.<br />
<br />
E ainda havia o grupo que não ligava para isso, e que simplesmente haviam achado o tango sublime. <br />
<br />
Duas semanas depois dos testes, o resultado seria divulgado em um mural posto no corredor do andar da dança. Lizzy acordara especialmente cedo para chegar à academia e poder ver o resultado em relativa paz.<br />
<br />
Os comentários sobre a dança não a incomodaram tanto quanto ela julgava que iria incomodar. Ela simplesmente os ignorava, tendo a consciência limpa. Ela sabia que havia ensaiado bastante e que não seduzira Darcy, e para ela isso bastava. <br />
<br />
Caroline era a mais despeitada entre as meninas e não passava uma aula sequer sem lhe lançar um olhar torto e a olhar de cima a baixo.<br />
<br />
Os almoços com Darcy haviam se tornado mais freqüentes, embora ainda mantivessem o relacionamento em segredo.<br />
<br />
Jane a Charles começaram a namorar e formavam o casal mais fofo de toda a academia, sendo apelidados gentilmente de “Casal ternurinha”. <br />
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Lizzy estava no corredor dos vestiários quando ouviu um murmurinho mais alto que o normal vindo dos corredores. Ela guardou suas coisas o mais rápido que pôde e saiu para o corredor.<br />
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Márcia , a professora de ballet, trazia em suas mãos uma longa lista com os nomes dos aprovados para o espetáculo. Sorria para todas de forma misteriosa e pediu gentilmente que se afastassem para prender a lista sem problemas.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lizzy optou por esperar um pouco até poder procurar por seu nome e com isso fugir da multidão. Algumas delas logo avançaram para a lista quando Márcia se afastou e as mais variadas emoções expressavam.<br />
<br />
Uma das meninas, que Lizzy se lembrava chamar Nina, chorava copiosamente, com uma expressão triste, enquanto uma outra a consolava. Várias outras também choravam, algumas de alegria e outras de tristeza e pouco a pouco foram esvaziando o lugar.<br />
<br />
Quando o corredor já estava bem mais vazio, Lizzy se aproximou da longa lista e percorreu os nomes com a ponta do dedo indicador. Viu que o nome de Isabel reluzia em uma caneta vermelha e não pôde evitar sorrir. A amiga fora escalada para fazer o acompanhamento das principais. <br />
<br />
Continuou olhando a lista até que achou seu nome. Por um minuto, pensou que seu coração havia falhado uma batida e sentiu todo o ar a sua volta sumir como se empurrassem algo contra seu peito.<br />
<br />
Com o dedo trêmulo, seguiu a linha pontilhada ao lado de seu nome até a achar a sua função escrita com uma caligrafia irregular que reconheceu como sendo a de Lyra. Ela seria a principal de todas as coreografias...<br />
<br />
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<br />
- Eu passei! – Lizzy chegou falando contente quando entrou na pequena saleta de um restaurante japonês onde havia marcado de comer com Jane, Charles e Darcy depois das aulas da manhã.<br />
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- Meus parabéns! – cumprimentou Jane com um sorriso. – Mas eu já sabia que passaria. <br />
<br />
- Claro, a melhor bailarina de todas. – Charles falou abraçando Jane.<br />
<br />
- É muito delicado de sua parte, Charles, mas eu não sou a melhor. Ainda tenho muito o que aprender... – Lizzy decretou sentando-se ao lado de Darcy. <br />
<br />
- Então eu não sou um bailarino tão mal assim? – Darcy brincou beijando Lizzy delicadamente nos lábios.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Não, seu bobo. Você dança muito bem. – Lizzy elogiou sorrindo e deixando suas coisas de lado. <br />
<br />
Passaram o resto do horário do almoço conversando enquanto almoçavam. <br />
Haviam pedidos um daqueles barquinhos de comida japonesa e já estavam mais que satisfeitos. <br />
<br />
- Preciso voltar para a academia. – Lizzy falou levantando-se.<br />
<br />
-Eu também vou. Charles e eu temos aula agora. – Jane explicou também se pondo de pé. <br />
<br />
- Vou acompanhá-los e aproveito fico mais um pouco com a minha bailarina. – Darcy disse manhoso abraçando Lizzy. <br />
<br />
- Não podemos andar assim na academia! – Lizzy lembrou fazendo um biquinho.<br />
<br />
- Porque você não quer. – ele retrucou emburrado.<br />
<br />
- Meu amor, eu já falei...- Lizzy começou virando-se para ele.<br />
<br />
- Vamos esperar que toda a poeira baixe. – ele completou revirando os olhos. – Eu vou esperar, desde que você fique ao meu lado, sempre. <br />
<br />
- Que bom que você entende...- Lizzy murmurou o beijando.<br />
<br />
- Não queremos interromper o casal...- Isabel falou aparecendo à porta da saleta reservada deles. – mas temos que ir. <br />
<br />
- Ah não! Como nos descobriu aqui? – Lizzy perguntou com falsa cara de chateada.<br />
<br />
- Eu sei que vocês tentam se livrar de mim, mas tenho meus informantes. – Bel respondeu dando uma piscadela.<br />
<br />
- Thomas é um linguarudo. – Jane brincou acenando para Thomas que estava logo atrás de Isabel. – Ele me viu entrando no restaurante. – completou ao ver a cara de dessentidos dos outros.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Vocês vão com a gente? – Darcy perguntou já saindo do restaurante com o grupo.<br />
<br />
- Claro, esqueceu que agora a Lizzy precisa de segurança? – Bel perguntou divertida. – e você também deveria providenciar seguranças para o Darcy, Lizzy. <br />
<br />
- Por quê? – Lizzy perguntou sem entender realmente.<br />
<br />
- Porque as meninas da academia, todas, sem exceção, dão em cima do Darcy. – Bel explicou sorrindo.<br />
<br />
- Desde que ele também não dê em cima delas...- Lizzy completou emburrada.<br />
<br />
- Eu só tenho olhos para você. – Darcy assegurou roubando um beijo.<br />
<br />
Chegaram à academia caminhando tranqüilamente e subiram as escadas de mármore rapidamente. Quando chegaram ao andar da dança o falatório cessou repentinamente e todas as cabeças viraram-se para onde o grupo estava parado.<br />
<br />
Um grupo de meninas no outro lado do corredor levantou-se de seus bancos e caminharam até eles com poses extremamente arrogantes, sendo guiados por...<br />
<br />
- Caroline! – Charles chiou ao ver a irmã literalmente jogando-se em cima de Darcy.<br />
<br />
Caroline pareceu não ter ouvido o irmão, e deu um dos seus melhores sorrisos para Darcy. Lizzy arqueou a sobrancelha, mas nada fez. Teoricamente Darcy não tinha namorada.<br />
<br />
- Caroline, acho melhor você me soltar. – Darcy falou soltando-se de Caroline e olhando de relance para Lizzy que assistia a tudo com uma expressão não muito boa.<br />
<br />
- Você não é comprometido. Nada seu tem dona...- Caroline disse passando a mão de maneira insinuante pelo peito de Darcy. <br />
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Jane, Charles, Isabel e Thomas olhavam para Lizzy como se esperassem que ela pulasse em cima do pescoço de Caroline a qualquer minuto e a esgana-se.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Havia sido assim nas ultimas duas semanas, mas nenhuma das meninas tinha tido tanta coragem a ponta de literalmente agarrar Darcy. <br />
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- Caroline, contenha-se! – Darcy pediu olhando em volta nervoso. <br />
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- Por que eu deveria? – Caroline perguntou ameaçadoramente perto. <br />
<br />
- Porque ele tem dona! – Lizzy falou ao ver sua paciência descer pelo ralo. Já havia suportado cantadas pra cima dele de mais, e se não desse logo um basta naquilo com certeza iria ficar pior.<br />
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- Tem é? – Caroline perguntou cinicamente e olhando bem para Darcy, como se procurasse alguma coisa. – Não vejo seu nome nele.<br />
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- Se você precisa por nome para se certificar de que um homem é seu, eu não tenho nada haver com isso. – Lizzy abraçou Darcy afastando Caroline. <br />
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- Mas ele também não é seu. – Caroline falou sem querer perder uma discussão justamente com Lizzy. – Eu faço com ele o que eu quiser. <br />
<br />
- Ah faz? – Lizzy perguntou arqueando a sobrancelha e sorrindo de maneira que pareceu a todos muito ameaçadora. – Você pode deitar a cabeça no peito dele, assim, como eu deito? – perguntou deitando a cabeça no peito de Darcy, que olhava tudo sem reação, como todos ali. <br />
<br />
- Não, não pode. – Isabel falou baixinho atrás da amiga, sustentando um sorriso satisfeito.<br />
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- Você pode...beijar o rosto dele assim? – Lizzy continuou beijando todo o rosto de Darcy.<br />
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Caroline não disse nada, apenas olhou a cena sem ter o que falar e com pose arrogante.<br />
<br />
- Você pode beijar os lábios dele assim? – Lizzy perguntou beijando Darcy nos lábios. Todas as meninas sem exceção pareceram querer arrancá-la dali.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Caroline finalmente fez que não com a cabeça, o orgulho ferido, mas sem perder a pose. Jane olhava tudo boquiaberta e com um ligeiro sorriso surgindo no canto da boca. Charles parecia divido, entre vergonha pela atitude da irmã e satisfação ao ver Lizzy reagindo. Isabel estava claramente se divertindo com tudo aquilo. <br />
<br />
- Não, não pode. – Lizzy falou sorrindo vitoriosa e deixando Darcy com um discreto sorriso. Essa era a sua Lizzy. – então...acho que isso o qualifica como meu, não acha, já que eu posso e você não.- completou irônica. – E vocês podem olhar para ele à vontade. – completou olhando para todas as meninas com um sorriso. – Olhar não tira pedaço, e quem mais tarde vai realmente poder tirar pedaço sou. Então não me importo. <br />
<br />
Depois dessa declaração que caiu como uma bomba entre as meninas, o movimento do corredor voltou ao normal, cada uma se dirigindo para a sua sala, mas sem deixar de comentar sobre a pequena cena que presenciaram.<br />
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- Parece que estamos no colegial! – Lizzy reclamou soltando Darcy e cruzando os braços irritada.<br />
<br />
- Colegial ou não...você acabou com elas. – Bel falou finalmente rindo. Você tinha que ter visto o espanto geral quando você beijou o Darcy.<br />
<br />
Lizzy não pôde deixar de rir. Ta ai uma cena que com certeza contaria para os seus filhos. Já que, a partir desse dia, todas na academia ficaram sabendo que o bonitão William Darcy tinha dona, e que ela se chamava Elizabeth Bennet.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">FIM</div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-6057842751507334752011-02-22T19:31:00.000-03:002011-02-22T19:31:22.840-03:00Capítulo XXIV<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 13.5pt;">Capítulo XXIV<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal">Combinara de o encontrar na sala no andar de baixo, para evitarem alvoroços e ensaiarem em paz. Lizzy já sentia-se nervosa por si só, e não precisava de mais olhares curioso para cima de si.<br />
<br />
Correu para o vestiário e trocou de roupa, ponde um vestido vinho, especialmente feito por Charlotte para o tango. O vestido era justo até o quadril, demarcando delicada e sensualmente as curvas do corpo de Lizzy.<br />
Nas costas, um corte em forma de gota.<br />
<br />
Na frente, a parte mais alta que alcançava o pescoço em um tipo de frente única, era toda bordada com pedrinhas miúdas e discretas, mas que davam ao vestido todo um discreto brilha especial.<br />
<br />
A saia do vestido era folgada, cortada em gomos largos com cortes maiores estrategicamente feitos nas laterais, aonde precisaria de mais mobilidade nas pernas. <br />
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Lizzy desceu um lance da escadaria de mármore e chegou ao andar que estava praticamente vazio. Parecia que toda a academia havia evacuado para a área de dança.<br />
<br />
Satisfeita por essa momentânea paz, Lizzy entrou em uma das salas e deixou suas coisas jogadas ao lado da porta.<br />
<br />
Enquanto Darcy ainda não chegava, encostou-se na barra e prendeu o cabelo em um coque elegante. Colocava os últimos grampos com flores de cristais na ponta quando ouviu a porta se abrindo. <br />
<br />
Pelo espelho, ela viu que Darcy havia entrado na sala e encostava a porta delicadamente atrás de si. Vinha vestido com uma blusa social branca, totalmente abotoada, uma calça social preta e os sapatos de dança que Lizzy havia indicado. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Ela sorriu e encostou-se na barra, analisando-o de cima a baixo enquanto esperava que ele se aproximasse.<br />
<br />
- As flores que me mandou hoje de manhã são lindas. – ela falou corando levemente e olhando para o chão.<br />
<br />
Darcy se aproximou mais de Lizzy e levantou seu queixo com as pontas de seus dedos, acariciando-lhe levemente a pele. <br />
<br />
- Você é linda. – Darcy respondeu beijando-lhe delicadamente os lábios.<br />
<br />
Lizzy fechou os olhos e deixou-se sentir o toque dos lábios macios de Darcy de encontro ao seu, antes de colocar suas mãos delicadamente no peito de Darcy e empurrá-lo delicadamente.<br />
<br />
-Vamos esperar até que a exaltação dos testes tenha passado. – ela pediu com um aperto no coração.<br />
<br />
Queria poder agarrá-lo já, naquele momento, sem se importar com o que pensariam ou o que falariam dela. Mas não podia, o mundo era cruel e as pessoas incapazes de enxergar o amor, ainda mais nas condições em que os amantes estejam seja de vantagens para uma das partes. <br />
<br />
- Por você eu esperaria milênios, se necessário. – Darcy respondeu roubando-lhe um último beijo. – Tenho um presente para você.<br />
<br />
Ele falou afastando-se lentamente e virando de costas para Lizzy, que mordeu o lábio inferior fazendo uma espécie de biquinho e aproximou-se dele. <br />
<br />
- Você vai me deixar curiosa assim? – ela perguntou manhosa pondo-se em frente a ele.<br />
<br />
- Não. Foi um sacrifício passar por toda aquele gente lá em cima sem amassá-la. – ele falou rindo.<br />
<br />
Lizzy pôs as mãos na cintura de uma maneira ameaçadora e arqueou uma das sobrancelhas. <br />
<br />
- Então era você que as meninas assanhadas ali em cima estavam tentando passar a mão... – Lizzy concluiu com uma expressão nada amigável.<br />
<br />
- O que eu posso fazer? Elas não sabem que eu tenho uma namorada. – ele respondeu implicante. <br />
<br />
- E nem vão descobrir tão cedo. – Lizzy resmungou já aborrecida. Nunca pensara que fosse tão ciumenta, mas ela era a namorada de Darcy agora, e não ia permitir que ficassem olhando para ele como se fosse um pedaço de carne.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Não enquanto ele fosse o seu Darcy, e que ficasse bem claro. <br />
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-Não fique com esse bico tentador...- ele falou mexendo no bolso de sua<br />
calça e retirando uma flor, uma rosa branca de pétalas delicadas que exalava um doce aroma. <br />
<br />
Darcy aproximou-se de Lizzy e retirou de suas mãos um dos grampos que ela ainda segurava esquecido entre os dedos. Arrumou a flor de uma maneira bonita no coque de Lizzy e a fixou com o pequeno grampo. <br />
<br />
- Minha irmã a colheu hoje de manhã, junto com as flores do nosso jardim. Eu a vi sobre a mesa e me lembrei de você. – ele falou sorrindo.<br />
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Lizzy sentiu que ia desmoronar, então obrigou-se a respirar fundo e desviar suas atenções da boca sedutora que estava a poucos milímetros da sua. <br />
<br />
Ligou a música rapidamente, dando um banho de água fria em sua vontade de ficar ali encarando aquele homem na sua frente. Aproximou-se dele por trás e espalmou as mãos em seu peito, apoiando o queixo em seu ombro.<br />
<br />
Sentiu o perfume de Darcy e controlou-se ao ouvir os acordes da música. Ensaiaram encarando um ao outro de uma maneira profunda, realizando giros, ganchos, piruetas sem cortar o contato visual por que alguns segundos.<br />
<br />
Parecia uma necessidade física, de que os olhares sempre se encontrassem, de que soubessem de que sempre estariam ali quando precisassem um do outro. <br />
<br />
A coreografia terminou e parecia impregnada no sangue de cada um. Cada passo fora perfeito, sem a menor hesitação, como se os corpos dançassem juntos desde que nasceram, e que se procuravam mutuamente. <br />
<br />
- Bravo! – Isabel e Thomas gritaram parados à porta e batendo palmas.<br />
<br />
Lizzy e Darcy separaram-se um pouco envergonhados e Lizzy sorriu para a amiga que a olhava com um olhar malicioso. <br />
<br />
- Bem, já que a segurança chegou, acho que vocês podem subir para fazer os testes de vocês. – Isabel falou abrindo a porta. Lizzy arregalou os olhos.<br />
<br />
- Já está na hora? – perguntou desligando a música e pegando as coisas de cima do banco.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Faltam cinco minutos. Mas acho melhor vocês irem subindo. – Thomas falou consultando o pequeno relógio de parede da sala. <br />
<br />
- É, tem razão. – Lizzy concordou. – Vamos, Darcy? <br />
<br />
-Vamos. – ele assentiu e saíram da sala com as mãos discretamente dadas, coisa que não passou despercebida ao olhar atento de Isabel. <br />
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Chegaram aos andar da dança e encontraram o corredor estranhamente vazio. Havia apenas alguns alunos parados a frente da sala com paredes de vidro e nada mais. <br />
<br />
- Está na hora do teste de Caroline, na sala do outro lado do corredor. – Bel respondeu ao ver a visível cara de surpresa da amiga. <br />
<br />
- Ela está com esse ibope todo? – Lizzy perguntou com uma careta. <br />
<br />
- Suspeito que não, querem mais ver é o mico que ela vai pagar. – Bel sussurrou de volta. <br />
<br />
- Lizzy, ainda bem que cheguei a tempo! – Jane falou subindo as escadas e encontrando o grupo no meio do corredor. Ela estava toda suja de tinta e com algumas manchinhas azuis pelo rosto. Charles a seguia de perto carregando seu estojo de tintas.<br />
<br />
- O que aconteceu com você? – Lizzy perguntou passando o dedo pelo rosto da irmã e limpando o excesso de tinta. – Ah, olá, Charles!<br />
<br />
- Alunos novos. – ela respondeu sorrindo simplesmente. <br />
<br />
- Boa sorte, Lizzy! – ele desejou com uma aceno e apertou a mão de Darcy. – Boa sorte, cara. Eu nunca imaginei que o veria dançar com tanta desenvoltura...- Charles alfinetou. <br />
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- E nem verá! – Darcy respondeu ficando sisudo. <br />
<br />
– Que horas é o seu teste em dupla? – Jane perguntou tentando desviar a implicância dos dois homens ao seu lado e consultando o relógio de pulso.<br />
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- Elizabeth Bennet! – ouviram a professora Maila chamar ao final do corredor. <br />
<br />
- Isso responde a sua pergunta? – Darcy retrucou divertido. – Vamos?<br />
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Lizzy fez que sim e deixou-se ser guiada por Darcy. Entraram na sala que estava vazia.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Daqui a pouco os outros juízes estão voltando. A srta Bingley dei um ataque porque havia muita gente olhando e transferimos seu teste para a outra sala. – Maila explicou revirando os olhos. – Onde está o cd com a música? <br />
<br />
Lizzy entregou o cd para a professora que o colocou no som. <br />
<br />
- Podem ensaiar, se quiserem. Pelo menos até chegarem. – anunciou sentando-se em sua mesa e pegando alguns documentos. <br />
<br />
Nem dera tempo dos primeiro acordes soarem a os outros professores chegaram trazendo com eles um bando de curiosos que se postaram em volta da sala, olhando através do vidro. <br />
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- Não querem mudar de sala também? – Antony perguntou ríspido olhando para as pessoas que se aglomeravam. <br />
<br />
Lizzy pensou em dizer que sim, mas acabou por conformar-se com a platéia e fez que não com a cabeça. Darcy permanecia de costas para a platéia que se formava, Lizzy não saberia dizer se era de nervoso ou precaução para o já esperado falatório. <br />
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- Ótimo. – Márcia falou com um sorriso e sentou-se em sua mesa. – Prontos? – perguntou fitando a dupla. <br />
<br />
Lizzy aproximou-se de Darcy e o abraçou. <br />
<br />
- Esqueça quem está lá fora, imagine que somos só nós dois dançando nos ensaios. Imagine a sala vazia e confie em si! – Lizzy sussurrou ao pé do ouvido de Darcy e abraçou-o por trás, colocando-se na posição em que começariam.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><u><a href="http://www.youtube.com/watch?v=6nnd2Ixuzco&feature=related%20\%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.youtube.com/watch?v=6nnd2Ixuzco&feature=related</span></a></u><br />
<br />
Os primeiros acordes já de violinos típicos do tango soaram pela sala. Uma jogada de perna de Lizzy e os rostos colados em uma provocação mútua, uma sedução silenciosa. <br />
<br />
Darcy espalmou as mãos nas costas de Lizzy e apertou contra a si, a guiando em passos confiantes. A conduzia com maestria, deixando-a partir para depois puxá-la de encontro ao seu corpo, colando o seu ao dela, como se a simples idéia de vê-la longe o deixasse gelado com falta do calor daquele corpo junto ao seu. <br />
<br />
Mais uma perna alta, mais um giro. Aquela troca de olhares intensas como se o mundo já não importasse mais e só existisse o agora, aquela troca de calor entre os dois, os olhares verdadeiramente apaixonados. <br />
<br />
Quem estava no corredor assistia a tudo estaticamente. Muitos ainda tentavam convencer-se de que aquele dançando tango não era o Sr Darcy, o poderoso e durão dono da Academia, mas sim um clone, uma pessoa idêntica. <br />
<br />
Algumas mulheres olhavam em transe, com os olhos fixos no movimento másculo de Darcy. Podiam sentir como se fossem elas as tocadas. Podiam sentir o desejo que aquela dançava estava transmitindo. Imaginavam sentir até o perfume que aquele cabelo emanava. <br />
<br />
Outras tantas roíam-se de inveja, desejando com toda a força do mundo que elas estivessem ali e sentiam suas línguas coçarem e uma vontade de falar que a simples bailarina seduzira o poderoso dono subindo a garganta. <br />
<br />
- Vamos embora daqui. – Caroline falou irritada e puxando as amigas para longe da exibição. <br />
<br />
Lizzy pôde vislumbrar o momento exato em que a face de Caroline contorcia-se em fúria e ia embora, logo depois sendo puxada para uma cadeirinha <b>((N/a:passo onde a bailarina senta na perna do condutor) </b>.<br />
<br />
Um passo complicado, entrelaçado pernas em meio a um giro. Lizzy sentia seus músculos desmancharem ao menor toque de Darcy, e o olhava de maneira apaixonada.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Darcy, por sua vez, sentia aquele perfume inebriante enlouquecê-lo. Uma simples fragrância feminina nunca mexera com ele assim em sua vida. <br />
<br />
Estavam muito próximos. Já podiam sentir os lábios se tocando,mas não era essa a intenção. Lizzy desceu com a perna de trás esticada até formar um ângulo bonito com seu corpo próximo ao de Darcy. <br />
<br />
Uma abertura de pernas, uma levantada magnífica, um gancho. A música ia acelerando-se em um tom agoniante. Um salto, mais uma volta e finalmente... o mais doce fim. Os rostos separados, os olhares sem se cruzarem, mas a certeza de que haviam dançado o melhor tango que aquela academia já vira em anos.</div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-3685449735013425612011-01-25T14:19:00.002-02:002011-01-25T14:19:28.630-02:00Capítulo XXIII<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal"><b>Capítulo XXIII<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Manhã de segunda-feira. O Sol nascia lançando seus raios mornos sobre a pálida Londres, com seu tráfego lento naquelas primeiras horas da manhã. Uma pequena brisa soprava levando o doce cheiro da aurora e ajudava os raios de Sol a dissiparem a fina bruma que cobria a cidade. <br />
<br />
Um pequeno emaranhado de cobertores e edredons encontrava-se sentado em uma das cadeiras da varanda. Os olhos negros fitavam os raios da aurora como se tentasse ver além deles, e para quem olhava parecia realmente que o conseguia. <br />
<br />
Os cabelos tão negros quanto os olhos caiam sobre os ombros cobertos pelas cobertas sem ao menos ser penteado e ela mordia a ponta do dedo de maneira inconsciente. Sentia que seu pé estava começando a ficar frio, mas não conseguia sair dali. <br />
<br />
Sabia que em poucos minutos Charlotte estaria despertando com um sorriso nos lábios e sua irmã também o estaria, mas agora, ambas, estavam sonhando com seus príncipes encantados. E ela também estaria deitada em sua cama sonhando com o seu príncipe de olhos azuis se não fosse por uma inconveniente sensação de enjôo que embrulhava seu estômago e a fazia sentir-se em uma montanha russa de queda muito vertiginosa. <br />
<br />
Havia ensaio durante horas com Darcy, chegara à exaustão, e agora estava a poucas horas da verdadeira prova. Só de imaginar a pequena multidão que se formaria à porta das salas de testes seu estômago dava mais uma volta e embrulhava-se mais ainda. <br />
<br />
Apertou-se mais ainda nas cobertas como se fosse uma pequena criança indefesa e olhou para ao lado ao ver a porta da varanda correr suavemente. Jane apareceu também enrolada em seu cobertor e sorriu. <br />
<br />
- Eu sabia que estava aqui. – ela falou agachando-se frente à irmã e apoiando as mãos em sua perna. <br />
<br />
- Onde mais eu estaria? – Lizzy perguntou ainda sem olhar a irmã.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Em sua cama, deitada e coberta como deveria estar. – Jane falou sorrindo e empurrando as pernas da irmã para que sobrasse espaço e pudesse sentar ao seu lado. <br />
<br />
- Não consegui continuar dormindo. – Lizzy explicou deitando-se no colo da irmã como se fosse uma menina de oito anos. Jane começou a afagar-lhe os cabelos como só uma mãe fazia. <br />
<br />
- Sei que é um dia importante para você. – continuou também olhando para o Sol que já nascera e que começava a acordar aos moradores de Londres. – Já tomou o café? <br />
<br />
- Não... eu estava aqui distraída. – Lizzy respondeu enrolando-se mais nos cobertores. Jane começou a rir e deu um leve tapa em sua perna. <br />
<br />
- Você estava esperando que eu acordasse para fazê-lo para você! – falou rindo e parando de lhe fazer carinho. <br />
<br />
- Culpada! – Lizzy confessou rindo e sentando-se. – Eu tenho que fazer uma anotação mental e começar a inventar desculpas mais convincentes. <br />
<br />
- Ou então tomar vergonha nessa cara e aprender a fazer seu próprio café! – Jane falou rindo e levantando-se, estendendo a mão para que Lizzy também se levantasse. – Vamos para a cozinha. Aqui está muito frio e lá eu poderei lhe preparar um café descente. <br />
<br />
Jane concluiu reabrindo a porta de vidro e entrando. Lizzy fechou a porta atrás dela e levou suas cobertas para o quarto as jogando de qualquer maneira em cima da cama. Voltou para a cozinha e encontrou Jane retirando uns ovos da geladeira. <br />
<br />
- Omelete! – ela anunciou ao ver os olhos brilhantes de Lizzy. – Sei que é seu preferido. – concluiu rindo ao receber vários beijos da irmã espalhados por todo o rosto. <br />
<br />
- Você é a melhor irmã desse mundo! – Lizzy falou sentando-se na bancada ao lado da tigela onde Jane batia os ovos. <br />
<br />
- Que eu saiba, Lizzy, lugar de se sentar e na cadeira... – Charlotte provocou entrando na cozinha e sentando ela mesma ao lado de Lizzy na bancada.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Bom-dia pra você também, minha cara amiga Charlotte! – Lizzy falou rindo e dando um beijo estalado em sua bochecha. <br />
<br />
- É o primeiro dia dessa garota na escola e esqueceram de me avisar? – Char perguntou limpando o beijo com uma falsa careta de nojo. <br />
<br />
- Como se fosse. – Jane falou rindo e começando a colocar a mistura na frigideira. <br />
<br />
- Verdade... é hoje que você vai dançar <u>o </u>tango com o Sr. Darcy! – lembrou-se Char estreitando os olhos em direção a Lizzy. <br />
<br />
- É só uma dança inocente! – Lizzy atalhou como se fosse adiantar alguma coisa. <br />
<br />
- Nunca pensei do contrário! – Charlotte falou cínica. – E que próxima dança você ensinará a ele? Salsa? Olha, eu tenho umas amigas no MSN que podem lhe dar dicas ótimas! – completou tirando onda com a cara da amiga. <b>(N/a: Né meninas?? A Lizzy precisa de sugestões... huahauaua)</b><br />
<br />
- Charlotte... – Lizzy chamou com um sorriso meigo. <br />
<br />
- Sim? – a outra respondeu virando-se logo após pegar um pêssego na fruteira ao se lado. <br />
<br />
- Vai ver se eu to na esquina! – Lizzy completou rindo. <br />
<br />
- Com muito prazer! – Charlotte falou pulando da bancada e saindo em direção a porta da frente. Ela parou, olhou para trás e viu que as amiga a olhava com expressões chocadas. <br />
<br />
Sorriu de volta para elas, deu um “xauzinho” com a mão e abriu a porta, passando por ela como se saísse toda arrumada para trabalhar, ao invés de estar de camisão, e fechou a porta com um baque. <br />
<br />
- Ela realmente foi? – Jane perguntou quase deixando a omelete queimar. <br />
<br />
- Eu acho que tinha alguma coisa naquele pêssego. – as duas se encararam, deram de ombros e começaram a rir.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lizzy ajudou Jane a servir o café para as duas e sentaram-se à mesa. Comeram enquanto conversavam sobre as pinturas de Jane quando Lizzy lembrou-se de que Jane pintava um quadro que não queria lhe mostrar. <br />
<br />
- Jane... – chamou com a voz arrastada. – O que você tanto pinta em seu ateliê? – levantou-se e pôs seu prato na pia. – eu quero saber!<br />
<br />
- Ficará sabendo em seu devido tempo. – Jane retrucou com um sorriso misterioso e voltou sua atenção para o próprio prato. <br />
<br />
- Não é justo! – Lizzy reclamou emburrada. <br />
<br />
Jane não conseguiu responder, pois ouviram a porta da sala ser aberta e viraram-se para ver Charlotte voltando com um lindo buquê de Lírios na mão. <br />
<br />
- Alem de sair de casa você ainda foi comprar flores? – Jane perguntou com a omelete a meio caminho da boca. <br />
<br />
- Claro, o dia está tão brilhante hoje... – Charlotte retrucou irônica e se aproximando da mesa. <br />
<br />
- Falei que tinha alguma coisa naquele pêssego... – Lizzy sussurrou para a irmã que concordou com a cabeça.<br />
<br />
Charlotte sentou-se na cadeira vazia e estendeu o buquê para a amiga.<br />
<br />
- É pra você. – falou diante da cara interrogativa da amiga.<br />
<br />
- Pra mim? Mais pra que você está me dando flores? – Lizzy perguntou sem entender absolutamente nada.<br />
<br />
- Olha o cartão! – Charlotte ordenou impaciente puxando um cartão do meio das flores. <br />
<br />
Lizzy pegou o cartão de dentro das flores cuidadosamente e começou a lê-lo em voz baixa, movendo apenas os lábios sem emitir som algum. Jane fingia não estar interessada, mas olhava para o cartão de rabo de olho.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Charlotte claramente já havia lido todo o conteúdo e nem ao menos mostrava alguma reação alem de um pequeno sorriso insistente.<br />
<br />
- Eu. Não. Acredito. – Lizzy falou pausadamente enquanto deixava o cartão em cima da mesa e fitava as flores com uma expressão abobalhada. <br />
<br />
<br />
<u><span style="color: blue;"><a href="https://wlinux778.digiweb.com.br/images/vaso-alto-lirio.jpg%20/%20_blank">https://wlinux778.digiweb.com.br/images/vaso-alto-lirio.jpg</a></span></u><br />
<br />
- O que foi, Lizzy? – Jane perguntou sendo vencido pela curiosidade e logo debruçando-se na mesa para pegar o cartão perto das flores. – É um soneto de amor! – falou sorrindo e olhando para a irmã. <br />
<br />
- Eu nunca ganhei um soneto de amor... – Lizzy murmurou pegando as flores delicadamente e colocando em um jarro com água.<br />
<br />
- Ela tem quantos anos? 15? – Char perguntou divertida.<br />
<br />
- É como se fosse. – Jane sussurrou lançando um olhar de esguelha para a irmã. <br />
<br />
- Lizzy, que horas é o seu teste? – Char perguntou pegando os pratos e os colocando empilhados na pia. <br />
<br />
- Às nove. – ela respondeu ainda com um sorriso bobo. Deixou as flores em cima do balcão e olhou para o relógio na parede oposta. – Eita, são oito horas!<br />
<br />
Desencostou-se da pia correndo e começou a correr para o quarto. Jane e Charlotte começaram a rir e continuaram tomando seu café.<br />
<br />
Poucos minutos depois, Lizzy passou correndo na cozinha, já com sua calça e blusa de dança e carregando uma enorme bolsa pendurada transversalmente.<br />
<br />
- Tchau, gente! – Disse abrindo a porta da cozinha e saindo sem esperar resposta. <br />
<br />
Charlotte e Jane se entreolharam e começaram a rir. <br />
<br />
<br />
**********************************<br />
Lizzy chegou na academia oito e meia devido ao trânsito de inicio da manhã e subiu correndo os degraus de mármore até alcançar o andar da dança. Teve que passar por um aglomerado de alunos curiosos que tentavam ver os testes pelas portas de vidro e chegou ao seu armário.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Deixou suas coisas de qualquer maneira dentro do armário e pegou suas sapatilhas. Enfrentou novamente a massa de curiosos e alcançou o vestiário feminino, que mostrava uma movimentação estranha. <br />
<br />
Fez uma pequena maquiagem para causar uma sensação sutil na hora de dançar de que ela estava sempre leve e rosada. Saiu para os corredores e encontrou uma sala com uma enorme placa, onde podia-se ler: aquecimento.<br />
<br />
Empurrou as portas lentamente e entro na sala. Algumas já se alongavam, ou na barra ao sentadas no chão. Algumas outras meninas alongavam-se no centro, dando algumas piruetas e aparentemente fazendo marcações de passos.<br />
<br />
- Lizzy!<br />
<br />
Isabel chamou ao terminar uma linda pirueta em quarta posição. Lizzy se aproximou da amiga e a abraçou. <br />
<br />
- Chegou que horas? – Lizzy perguntou sentando-se no chão ao lado de Isabel e começando a se alongar.<br />
<br />
- Agora a pouco. Já falei com Thomas... ele está aquecendo-se em uma outra sala junto com o resto dos meninos. – Bel explicou sorrindo nervosa e começando a estalar os dedos. <br />
<br />
- Como anda a sua coreografia? – Lizzy perguntou puxando a amiga para o chão também.<br />
<br />
- Anda bem... e seu ensaio com o Sr Gostoso Darcy? – Bel perguntou sorrindo maliciosamente.<br />
<br />
Lizzy, lembrando que Bel ainda não soubera sobre seu último ensaio, sorriu maliciosamente e mudou a posição de pernas para alongar. <br />
<br />
- Sabe... digamos que foi bem...produtivo. – falou misteriosa.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Produtivo? Como? – Bel perguntou estreitando os olhos.<br />
<br />
- Ora, conseguimos terminar a seqüência... – Lizzy falou com sua maior cara inocente.<br />
<br />
- Claro... e essa seqüência terminou aonde? Na sua casa ou na dele? – Bel perguntou arqueando a sobrancelha e já esperando um ataque vindo da amiga. <br />
<br />
- Na casa dele... – Lizzy respondeu marotamente. <br />
<br />
Bel encarou a amiga por alguns instantes, como se acabasse de levar um tapa na cara. Esperava que a amiga começasse a se alterar e começasse a falar sobre seus princípios de não se envolver com pessoas que estejam trabalhando com ela e por ai seguiria. Mas não esperava... isso!<br />
<br />
- Você .. han… se acertaram? – Bel perguntou ainda com uma expressão de choque nada disfarçada. <br />
<br />
- Defina “se acertaram”. – Lizzy pediu fazendo um “cambrê”. <br />
<br />
- Ele...ele... te tacou na cama e chamou de lençol? – Bel perguntou ainda abobada.<br />
<br />
- Vamos dizer que foi um pouco ao contrário... – Lizzy falou sorrindo maliciosamente. Adorava implicar com a amiga.<br />
<br />
Isabel ficou a encarando por alguns minutos e começou a rir escandalosamente, deixando Lizzy extremamente vermelha.<br />
<br />
Caroline, reparando na aparência risonha de Isabel e Lizzy no canto oposto da sala, resolveu descobrir o que estava acontecendo. Algo que as tivesse deixado ao animadas com certeza não era algo que ela seguramente poderia chamar de proveitoso. <br />
<br />
Colocou a maior pose de poder que pôde a caminhou determinada até as duas que riam. <br />
<br />
- Estão tirando a minha concentração. Eu preciso de um silêncio mínimo para poder treinar. – disse cruzando os braços e arqueando as sobrancelhas.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Realmente, Caroline, querida, você parecia muita concentrada enquanto conversava com suas servas, aliais, amigas, e olhava para cá. – Bel falou sorrindo debochadamente. – Agora, dê-nos licença, precisamos terminar nosso alongamento.<br />
<br />
Bel se virou para Lizzy e revirou os olhos. Lizzy segurava o riso e ficou satisfeita ao ver Caroline voltar para o seu canto com uma expressão não muito amigável.<br />
<br />
- Sabe o que descobri, minha cara amiga alienada Lizzy? – Bel perguntou olhando para Caroline de rabo de olho.<br />
<br />
- Não, minha cara Sherlouca Holmes... o quê? – Lizzy perguntou entrando no espírito da brincadeira.<br />
<br />
- Descobri que essa cobra coral falsa é louquinha pelo seu homem. – Bel respondeu rindo.<br />
<br />
- Como assim? – Lizzy perguntou com uma vontade imensa de esganar aquela mocréia ruiva.<br />
<br />
- Ela é irmã de Charles, o melhor amigo de Darcy. E, nas férias, quando ele passava na casa dos Bingley, ela ficava se oferecendo... – Bel comentou levantando-se a ajudando a amiga.<br />
<br />
- E como você sabe disso? – Lizzy perguntou com um sobrancelha arqueada.<br />
<br />
- Amor, eu não sei se você reparou, mas todas as meninas dessa academia, sem exceções, baba pelo seu homem. – Bel comentou divertida. – e você anda tão ocupada com a dança que nem repara...<br />
<br />
- Ele não é meu homem...- Lizzy murmurou olhando a volta. – e eu não havia reparado mesmo... – admitiu encarando a amiga.<br />
<br />
- E isso me lembra que temos que montar a sua escolta. – Bel pontuou andando até o banco e pegando sua garrafinha de água. <br />
<br />
- Minha escolta? – Lizzy perguntou sem entender mais nada.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- É claro. Ou você acha que todas essas meninas com os hormônios em ebulição não vão querer te matar quando descobrir que o gostoso delas é na verdade o seu gostoso? – Bel perguntou sorrindo. <br />
<br />
- Isabel... você está estranha hoje. Vamos nos alongar? – Lizzy perguntou voltando para o centro e começando a dar algumas piruetas.<br />
<br />
O que Isabel dissera fazia sentido. Por mais que odiasse admitir, quando a academia inteira descobrisse que estava namorando o homem mais lindo que aparecera por ali em anos não teria mais paz. <br />
<br />
Enquanto dançava para se aquecer, ficou remoendo o assunto e chegou a uma conclusão que lhe pareceu satisfatória. Iria esperar que toda agitação dos testes e da apresentação passasse para finalmente assumir o namoro. <br />
<br />
Se Darcy realmente fosse tão assediado quanto parecia, teria realmente que ter muita paciência. Sempre fora muito paciente, mas ver seu namorado levando cantadas não era a situação mais agradável do mundo. <br />
<br />
********************************<br />
- Srta Elizabeth Bennet.<br />
<br />
Chamou um dos juizes de uma enorme bancada que contava com muitos professores de dança. Pelo que Lizzy pôde reparar, todos da área de dança estava convocados. <br />
<br />
Um frio incômodo começou a subir por sua espinha e suas mãos tremiam levemente. Respirou fundo, tentando conter a ansiedade que embrulhava seu estômago e postou-se no centro da sala.<br />
<br />
A sala era relativamente grande, feita com paredes exclusivamente de vidros, que permitia aos que passavam no corredor assistisse ao testes. Algumas pessoas comprimiam o rosto contra o vidro, lutando por um espaço para assistir aos testes.<br />
<br />
Começando a ignorar todas as pessoas que a olhavam e os juizes que a encarava com expressões vazias de sentimentos, Lizzy imaginou-se em um lugar tranqüilo. Cheio de verde, onde pudesse sentir a grama macia sob seus pés, onde pudesse sentir a brisa acariciar-lhe o rosto e mantê-la embalada em um clima de harmonia.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><u><span lang="EN-US" style="color: blue; font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 14.0pt;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=reAIwuc0Qeg&feature=related%20\%20_blank">http://www.youtube.com/watch?v=reAIwuc0Qeg&feature=related</a></span></u><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 14.0pt;"><br />
(Game of love- Michelle Blanch)</span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-81725159835607550562011-01-16T19:58:00.005-02:002011-01-16T19:58:54.863-02:00Capítulo XXII<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>Capítulo XXII<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Eu não agüento mais esperar! – Charlotte falou levantando-se de um salto da cadeira onde Richard a mantivera sentada pelos longos e suados...cinco minutos.<br />
<br />
Desde que Lizzy fora trancada naquela espécie de camarin, Charlotte mostrava-se mais nervosa do que o normal, e mais parecia uma noiva no grande dia. <br />
<br />
- Acalme-se, Charlotte, tenho certeza que Lizzy e o vestido estarão fantásticos. – Alicia tentou tranqüilizá-la de sua mesa improvisada enquanto olhava umas fotos que já haviam sido tiradas para o catálogo. <br />
<br />
Sebastian apenas ria enquanto arrumava os equipamentos. Um silencia caiu sobre eles e Charlotte começou a sentir-se mais nervosa do que jamais imaginou que pudesse se sentir. A porta do quarto ao final do corredor se abriu revelando um Paulo cansado, mas com um sorriso vitorioso. <br />
<br />
- Finalmente terminamos. – ele falou sendo seguido por Lílian. – Não foi fácil. Elizabeth tem umas curvas muito singulares. – explicou com um sorriso para Charlotte. <br />
<br />
- O vestido ficou maravilhoso. Charlotte, meus parabéns! – Lílian falou dando passagem para Lizzy, que ainda mirava-se no espelho com um sorriso bobo, e ao ver que todas a olhavam, Lizzy corou e caminhou até a sala de fotografia.<br />
<br />
- E ai? – ela perguntou estalando os dedos. – O que acharam. – ela perguntou olhando para baixo a admirando o vestido.<br />
<br />
- Perfeita. – Alicia falou levantando-se e caminhando para perto de Lizzy. <br />
<br />
- Venha. – Sebastian chamou já posto ao lado da câmera. – Vamos começar com umas fotos simples...<br />
<br />
Sebastian começou a explicar tudo sobre a sessão que fariam e tentou tranqüilizar Lizzy quanto ao trabalho o máximo possível. Charlotte tranqüilizou-se aos poucos ao ver como a sessão evoluía e não pode retirar o sorriso enorme que estampava seu rosto. <br />
<br />
Ao final do dia, logo ao terminar a sessão de fotos, ficaram conversando um pouco enquanto as fotos passavam para o computador. Como haviam ficado boas e já era tarde, Charlotte e Lizzy resolveram voltar para casa.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Char, eu vou indo para o carro, tudo bem? – Lizzy perguntou depois de arrumar suas coisas e sentir uma forte dor de cabeça latejando dentro de sua cabeça, como se seu cérebro estivesse muito inchado. <br />
<br />
- Tudo bem, Lizzy, eu já vou. – Char falou sorrindo e pegando suas coisas de cima da mesa .<br />
<br />
- Vou acompanhá-la, Lizzy! – Alicia falou também pegando suas coisas e acenando para Sebastian.<br />
<br />
Lizzy despediu-se de todos com um aceno e saiu em direção ao ar da noite. Charlotte virou-se para Sebastian na intenção de se despedir, mas levou um susto ao constatar que ele estava bem perto dela. <br />
<br />
- Eu... acho... que eu vou para o carro. – Charlotte falou tentando desviar os olhos dos dele, mas não conseguiu. <br />
<br />
- Fica mais um pouco. – ele pediu roçando seu nariz no dela, fazendo com que os pelos na nunca de Charlotte se arrepia-se. <br />
<br />
- A Lizzy está me esperando. – Char murmurou tentando não cair na tentação e agarrar Sebastian. <br />
<br />
- Ela está com Alicia. Não vai sentir a sua falta por muito tempo. – ele murmurou começando a depositar leves beijos no pescoço de Charlotte. <br />
<br />
- Isso é tortura. – Charlotte murmurou arranhando levemente as costas de Sebastian e tremendo sob seu toque quente e sedutor. <br />
<br />
Sebastian foi subindo os beijos até alcançar os lábios. Primeiramente foi um beijo calma e lento, cada um aproveitando o contato com o corpo do outro, e depois aprofundou-se, tomando um ritmo mais intenso <br />
<br />
Charlotte foi separando-se lentamente, sentindo cada músculo, cadê célula de seu corpo reclamar com a quebra de contato. Ela abriu os olhos lentamente e sorriu. <br />
<br />
- Eu tenho que ir agora. – e aproveitando o estado de semitorpor de Sebastian, pegou sua mesa e seguiu em direção a porta.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Janta comigo amanhã? – Sebastian perguntou encostado em sua mesa antes que Charlotte alcançasse a porta que estava entreaberta. <br />
<br />
- Me pegue às oito. – ela respondeu antes de abrir a porta e ser engolida pela noite. <br />
<br />
Charlotte caminhou até o carro com um enorme sorriso e quando entrou no lado do motorista encontrou Lizzy com a cabeça recostada no encosto de olhos cansados. <br />
<br />
- Por que esse sorriso bobo não abandona seu rosto? – Lizzy perguntou abrindo os olhos e a encarando.<br />
<br />
- Que sorriso? – Char tentou disfarçar enquanto girava a chave e ligava o carro.<br />
<br />
- Esse que está estampado no seu rosto desde a entrada do estúdio. – Lizzy rebateu desencostando-se e ligando o rádio. <br />
<br />
Uns acordes muito familiares começaram a tocar, e as duas trocaram olhares muito significativos. <br />
<br />
<u><span style="color: blue;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=I9ERZTQQ0vM%20\%20_blank">http://www.youtube.com/watch?v=I9ERZTQQ0vM</a></span></u><br />
( a música do rádio)</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Terminaram de cantar e começaram a rir juntas enquanto Lizzy diminuía o som que começava a tocar uma nova música. <br />
<br />
- Todas as mulheres do mundo deviam saber a letra dessa música. – Charlotte falou enquanto fazia a curva. <br />
<br />
- Deviam mesmo... mas não pense que vai fugir, senhorita Lucas. Esse seu sorriso “ eu-tenho-trinte e dois –dentes-bem-branquinhos-e-brilahntes” tem que ter uma explicação. <br />
<br />
- Ora Lizzy. Estou feliz pela sessão ter dado certo. E só. – falou sem olhar para a amiga e repentinamente ficando muito concentrada na direção. <br />
<br />
- É claro que sim! – Lizzy falou irônica. – e o Darcy não beija bem... – completou encarando a amiga que corou ao ouvir o comentário de Lizzy.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Deixe de ser debochada! Pelo seu ar de feliz ontem a noite me pareceu que ele beija muito bem! – Charlotte comentou maliciosa. – e que ele também faz outras coisas muitíssimo bem. – completou rindo. <br />
<br />
- Mas isso não vem ao caso. – Lizzy replicou colocando os pés em cima do banco. – eu sei que bicho te mordeu, e sei que o nome dele começa com Sebastian e termina com Donavon. <br />
<br />
- Eu não consigo esconder nada, não é? – Char perguntou derrotada e estacionando o carro quando chegaram ao prédio.<br />
<br />
- Não, não pode. E agora você vai me contar tudo. – Lizzy praticamente ordenou enquanto chamava o elevador. <br />
<br />
- Tudo bem! Eu estava pegando as minhas coisas... – e Charlotte começou a narraf todo o acontecido. <br />
<br />
***********************</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-90675264327542164662011-01-16T19:58:00.002-02:002011-01-16T19:58:19.825-02:00Capítulo XXI<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>Capítulo XXI<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Isabel conseguiu fugir da amiga enquanto se misturava a multidão que saía apressada, ansiando por um bom final de semana. <br />
<br />
- O que é dela tá guardado!<br />
<br />
Murmurou voltando a subir as escadas em direção ao andar da dança. Encontrou os corredores praticamente vazios, apenas uns professores conversavam enquanto saiam de suas salas carregando pastas que pareciam estar um pouco pesadas.<br />
<br />
Lizzy entrou no vestiário feminino que se encontrava deserto. Apoiou sua bolsa em cima dos bancos e olhou-se no espelho. Estava um pouco corada devido ao tempo que passara sob o sol, e achou que a nova coloração lhe dava um ar mais saudável.<br />
<br />
Sorriu lembrando-se de sua mãe e de quando passava uns dias em sua fazendo com os pais. A Sra Bennet sempre lhe dizia que o tempo maluco da cidade lhe deixava com um ar de doente e sempre insistia para que ela e Jane comecem mais quando a visitavam. <br />
<br />
Lizzy soltou uma pequena risada e abriu a bolsa. Tirou algumas sapatilhas que estavam dentro de saquinhos de pano e apoiou ao seu lado. Já fazia um tempo que não utilizava aquela bolsa, e resolvera naquela manhã, não sabia o porquê, usar aquela bolsa.<br />
<br />
<br />
- Eu não acredito que esse vestido estava aqui!<br />
<br />
Disse em voz alta ao retirar um lindo vestido vermelho.<br />
<br />
<u><span style="color: blue;"><a href="http://www.pasiontango.net/slike/tangofashion1.jpg%20/%20_blank">http://www.pasiontango.net/slike/tangofashion1.jpg</a></span></u><br />
( vestindo vermelho)</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lizzy lembrou-se da primeira vez que o usara, que fora a primeira vez que dançava um tango. Estava muito nervosa no dia, mas acabou que a apresentação foi um sucesso. <br />
<br />
O vestido era de um vermelho forte e um rasgo lateral subia até o meio das pernas. Nas costas, ele era cavado até o final das costas, com algumas tiras cortando no final e deixando metade das costas completamente nua. As alças eram delicadas e o tecido maleável, que balançava suavemente com o menor movimento. <br />
<br />
- Acho que vou usar você hoje...<br />
<br />
Lizzy falou fechando sua bolsa e procurando uma cabine vazia para trocar de roupa. Tirou o short jeans que usava e a regate e vestiu o vestido. Saiu da cabine e olhou-se no espelho com um sorriso. Sempre se achara muito bonita com ele. <br />
<br />
- Não é que você ainda cabe, mesmo depois de quatro anos?<br />
<br />
Comentou divertida e calçou as sapatilhas, indo em direção a sala para começar o novo ensaio com Darcy. <br />
<br />
Quando entrou na sala, Darcy já a esperava encarando a rua por um dos imensos vitrais. A luz da Lua, se é que era possível, o deixava mais bonito ainda, e lhe dava uma aura de mistério completamente envolvente.<br />
<br />
A luz de algumas estrelas que começavam a surgir no céu parecia refletir nos intensos olhos azuis. Uma mão descansava despreocupadamente sobre o parapeito enquanto a outra bagunçava displicentemente os cabelos.<br />
<br />
- Boa noite, Lizzy!<br />
<br />
Ele a cumprimentou sem se virar para olhá-la. Lizzy parou aonde estava e fitou a nuca de Darcy curiosa.<br />
<br />
- Como sabia que eu estava chegando? – ela perguntou.<br />
<br />
- Seu perfume de rosas. – ele respondeu finalmente se virando. – e eu a vi pelo vidro... – completou apontando para a janela.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Eu deveria ter imaginado... – murmurou apoiando as coisas em um banco. – vamos começar? – perguntou se aproximando.<br />
<br />
- Esse vestido... você nunca o usou. – Darcy deixou escapar enquanto olhava bobamente para Elizabeth. <br />
<br />
Lizzy estava realmente deslumbrante com aquele vestido. A cor forte, vermelha, contrastava com a pele alva e o corte deixava suas curvas trabalhadas pela dança mais ressaltadas. <br />
<br />
- Ele já é antigo... Achei-o sem querer. – explicou sorrindo. <br />
<br />
- Deveria usá-lo mais vezes... – Darcy comentou se aproximando. <br />
<br />
Lizzy apoiou levemente a mão sobre um dos ombros de Darcy e a outra encontrou sua mão. Darcy a puxou mais para perto, colando seu corpo ao dela.<br />
<br />
A música começou e Lizzy sentiu Darcy pressionar sua cintura, começando a conduzi-la pela sala. <br />
<br />
<i>“ Isso só pode ser castigo...</i>”<br />
<br />
Lizzy pensava enquanto sentia a mãe de Darcy deslizar sedutoramente e de uma forma muito insinuante enquanto a outra segurava-a firmemente nas costas, e como o vestido era aberto atrás, o contato de pele com pele era praticamente inevitável. <br />
<br />
Para Darcy a situação também não era a das mais fáceis. Ele vinha se controlando noite após noite para não beijar Elizabeth como desejava fazer desde o baile da academia, e essa noite estava mais difícil do que poderia suportar. Era um verdadeiro atentado aos seus nervos. <b>(N/a : e os das leitoras também, diga-se de passagem...)</b><br />
<br />
Lizzy estava mais bonita do que se lembrara um dia tê-la visto. Não estava tão bem arrumada quanto no baile, é claro, mas o jeito frouxo com que prendia o coque fazendo alguns fios se soltaram, o vestido que contrastava com a pele clara, os lábios carmim que parecia cada vez mais sedutores e convidativos, a pele suave e o toque em seu corpo... Tudo colaborava para seu desejo aumentar cada vez mais.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lizzy estava completamente hipnotizada e exasperava-se ao pensar que o motivo estava ali, bem na sua frente, sedutor como sempre, implorando para que ela beijasse aqueles lábios. Não, aquilo não estava certo! Ela não deveria se envolver com uma pessoa que estivesse trabalhando com ela! Não deveria. Mas se envolveu, e não havia mais nada que pudesse fazer para mudar isso.<br />
<br />
E por que mudar? Ela não queria mudar. E não queria mais se importar com o que as pessoas falariam. Queria viver o que estava sentindo. <br />
<br />
O que um simples tango reservava para duas pessoas completamente desavisadas sobre seus sentimentos... <br />
<br />
Tango era isso: uma mistura de sentimentos, um misto de desejo proibido e paixão reprimida. Isso o fazia mais...não havia palavras para descrever. <br />
<br />
Ambos estavam distraídos com seus pensamentos e guiavam-se ao som da música. Perfeita. A coreografia estava perfeita. <br />
<br />
Os últimos acordes se dissiparam no ar e Darcy e Lizzy continuaram se encarando, ela perigosamente perto, ele perigosamente sedutor. <br />
<br />
Darcy começou a andar, conduzindo Lizzy, mas dessa vez para uma dança sem música. Uma dança deles. Lizzy o acompanhou com movimentos rápidos.<br />
<br />
Darcy sabia perfeitamente o que estava fazendo. Ele seguia os movimentos que seu corpo queria fazer, e se Lizzy o acompanhava era porque ela também o queria. <br />
<br />
Giros, pernas, jogadas, “encontrões” e emoções guiaram essa dança livre. Darcy guiava, e Lizzy o acompanhava de uma maneira incomum, seus corpos pareciam se comunicar e tudo encaixava perfeitamente, como se fossem feitos em moldes criados para pertencerem um ao outro. <br />
<br />
Uma última pose. A perna direita de Lizzy insinuantemente envolta nos quadris de Darcy, uma mão o arranhando nas costas levemente, a outra descansando sobre o peito. <br />
<br />
Estavam próximos, a distancia era tão pequena que um curto movimento a anularia. Um simples passo anularia a distancia no que os separava.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Não podiam mais agüentar e resistir ao apelo de seus próprios corpos. Darcy encostou Lizzy de encontro à parede, a perna dela ainda em volta de sua cintura. <br />
<br />
Ele aproximou-se mais, tentando acabar com a lei que diz que dois corpos não podiam ocupar o mesmo espaço. Moldou seu corpo perfeitamente ao dela. A mão direta deslizou pelo pescoço, traçando uma trilha de fogo até alcançar os cabelos e soltá-los, fazendo-os cair em cascata. <br />
<br />
Lizzy enterrou suas duas mãos nos cabelos de Darcy e o puxou para perto, e ele, aproveitando a aproximação, tomou-lhe os lábios. Amor, paixão, carinho. <br />
<br />
As línguas dançavam em perfeita sincronia, proporcionando um turbilhão de sentimentos incontroláveis, que começavam com um frio na espinha e tornavam-se um calor repentino que se apossava de seus corpos. <br />
<br />
Fizeram o que seus corpos mandavam, mas agora já não era mais suficiente.<br />
<br />
Queriam se provar, tocar, descobrir cada pedacinho do corpo um do outro, memorizar para nunca mais esquecer. As mãos de Darcy passeavam livremente pela cintura de Lizzy, que acariciava a nuca e as costas de Darcy. <br />
<br />
Separam-se. Olharam-se nos olhos.<br />
<br />
- Me leva para casa...- Lizzy pediu o encarando nos olhos e sorrindo... aquela seria uma longa noite....</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-53426960277117774342010-12-02T09:43:00.002-02:002010-12-02T09:43:19.205-02:00Capítulo XIX<div class="MsoNormal"><b>Capítulo XIX<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Depois de ensaiarem algumas vezes as primeiras partes da coreografia, faltou apenas o giro que haviam ensaiado na ultima noite. <br />
<br />
Lizzy se aproximou lentamente de Darcy e segurou uma de suas mãos enquanto pousava suavemente uma das mãos em seu ombro. <br />
<br />
- Lembra-se de como se faz o giro que ensaiamos aula passada? <br />
<br />
Lizzy perguntou encarando os olhos azuis de Darcy. Sentiu que os pelos de sua nuca se arrepiavam levemente e desviou os olhos para controlar-se.<br />
<br />
<i>“ Agüente Lizzy... pelo menos até o final do ensaio...Não! Eu não posso agarrá-lo! Tire isso da cabeça Elizabeth Bennet! Você anda convivendo demais com a Isabel... ” </i><br />
<br />
Pensou enquanto sentia que Darcy pousava uma das mãos em sua cintura, apertando-a delicadamente. <br />
<br />
- Acho que sim. – ele respondeu puxando-a para mais perto de si, fazendo com que seus corpos ficassem quase colados. <br />
<br />
- Que bom. Então fazemos os dois passos de avanço e o giro ok? – Darcy concordou com a cabeça – 5,6, 5,6,7 e 8! <br />
<br />
Começaram a dançar. Lizzy se surpreendia cada vez mais. De uma noite para a outra, Darcy fazia uma evolução fantástica, e parecia mais seguro de si. Sorriu internamente e fez o giro. Darcy a apoiou, posicionando sua mãos esquerda e umas das coxas de Lizzy.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>“ Ai não! Essa posição é um atentado ao meu auto-controle.” </i><br />
<br />
Ela pensou enquanto sentia a mão de Darcy apertar-lhe sedutoramente a perna. Inconscientemente, ela apertou mais o ombro de Darcy, arranhando-o levemente, o que fez o músculo de Darcy contrair-se em um espasmo involuntário. <br />
<br />
Ficaram parados naquela posição tentadora, encarando-se nos olhos como se estivessem hipnotizados pelo brilho encontrado em seus olhares. <br />
<br />
Lizzy desceu a perna da posição lateral em que estava e passou os braços pelo pescoço de Darcy, que instintivamente puxou-a mais para perto. <br />
<br />
Os lábios estavam a milímetros um do outro. Podiam sentir o batimento rápido de seus corações, que pareciam bater em perfeita sincronia, em um único compasso. <br />
<br />
Lizzy arranhava Darcy levemente, atiçando-o ainda mais. A mão de Darcy pousada provocantemente na cintura de Lizzy também não ajudava em nada. A sala, como sempre, estava na mais completa penumbra, sendo apenas um pino de luz do luar se infiltrando pela janela, e ironicamente eles estava sob ele.<br />
<br />
A luz da lua refletida nos olhos de Darcy, tornando-os mais misteriosos e encantadores do que nunca tiraria qualquer uma do sério. <br />
<br />
- Darcy?<br />
<br />
Ouviram Georgiana chamar pela porta que ficara entreaberta. Como se levassem um choque e percebessem o quanto estavam próximos, afastaram-se, cada um olhando para um ponto da sala. <br />
<br />
Lizzy recriminou-se mentalmente pelo descontrole e seguiu até o banco onde suas coisas estavam espalhadas. <br />
<br />
Darcy, internamente frustrado com a interrupção da irmã, seguiu até a porta e a abriu para que a pequena entrasse. <br />
<br />
- Por que vocês estão nesse escuro?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Ela perguntou entrando na sala e sentando-se ao lado de Lizzy que tirava as sapatilhas e massageava um pouco os pés.<br />
<br />
- Eu tenho mania de dançar no escuro, e seu irmão não se incomoda. É mais fácil para as idéias fluírem. <br />
<br />
Lizzy respondeu sorrindo. <br />
<br />
- Vamos Darcy? Titia já ligou preocupada com a demora.<br />
<br />
Georgiana perguntou encarando o irmão. Lizzy anunciou que já tinham acabado a coreografia e ensaiado o suficientemente por aquela noite e o liberou. <br />
<br />
Cumprimentaram-se com um aceno, já que Georgie o puxava um pouco impaciente e Lizzy viu Darcy sumir na escuridão. <br />
<br />
Deitou no banco de madeira encarando o teto. O que estaria se passando por sua cabeça quando quase o beijara? <br />
<br />
Darcy era realmente era um atentado ao seu juízo, auto-controle, e determinação. <br />
<br />
“<i>Homens como esses deviam ser proibidos de andar por ai!</i>”<br />
<br />
Pensava enquanto saia da academia e seguia para casa.<br />
<br />
****************************************<br />
<br />
Na manhã de sexta-feira, Lizzy novamente chegou cedo na academia e começou a ensaiar os passos da sua coreografia solo. Não demorou muito e deu-se por satisfeita. A coreografia já estava praticamente perfeita e não havia mais o que ensaiar. <br />
<br />
- Bem... vou passar só mais uma vez, só pra garantir...<br />
<br />
Murmurou religando a música. Quando a seqüência estava prestes a começar, o celular que estavam em cima do banco começou a tocar histericamente.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- ODEIO CELULÀRES!! <br />
<br />
Lizzy gritou fechando os olhos e perdendo toda a concentração. Se tinha uma coisa que odiava era celular e telefone. Sempre os achara a coisa mais inconveniente do mundo. E eles pareciam persegui-la nas horas mais impróprias. <br />
<br />
Caminhou lentamente até o banco e atendeu o telefone mais com um resmungo do que com uma saudação. <br />
<br />
- “ <i>Que mau humor Lizzy! </i>”<br />
<br />
Ela ouviu a voz de Charlotte rindo do outro lado da linha. Teve vontade de dar uma resposta mal criada, mas se conteve.<br />
<br />
- Oi Char... o que foi?<br />
<br />
Perguntou desistindo de ensaiar e tirando as sapatilhas. Com certeza Charlotte a queria para alguma coisa, e provavelmente essa coisa demoraria. <br />
<br />
- “<i> Você poderia dar uma passadinha aqui no escritório para trazer aquele vestido que você usou na noite do baile da academia? Eu deixei-o em uma lavanderia no caminho. Faz isso por mim? </i>”<br />
<br />
Charlotte pediu com uma voz de criança pidona. Lizzy revirou os olhos. <br />
<br />
- Tudo bem... em qual lavanderia?<br />
<br />
Perguntou enquanto calçava os chinelos e retirava o cd do som. Pegou a bolsa em cima do banco enquanto desligava o telefone e ia em direção ao vestiário para trocar de roupa. <br />
<br />
Pos uma saia jeans e uma blusa regata rosa, bem básica como gostava, e voltou para os armários.<br />
<br />
- Bom dia Lizzy!<br />
<br />
Jane cumprimentou enquanto chegava em seu armário. Um sorriso persistente decorava o rosto bonito de Jane. Lizzy balançou a cabeça, feliz por sua irmã.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Boa dia. Me dá a chave do carro? Preciso fazer um favor para a Charlotte...<br />
<br />
Pediu fechando o armário. Jane lhe entregou a chave sem muitas perguntas. Lizzy duvidou que ela tivesse prestado atenção no que lhe dissera e sorriu ao ver a irmã sair em direção à sala cantarolando uma balada romântica. <br />
<br />
Encontrou o carro sem muitas dificuldades e dirigiu até a lavanderia onde Charlotte disse que estaria o vestido. Pegou-o rapidamente enquanto xingava mentalmente um dos atendentes que ficara jogando charmes descaradamente para ela e colocou-o cuidadosamente no banco de trás, tentando deixá-lo sem nenhum amasso. <br />
<br />
Chegou na pequena praça onde funcionava o escritório de Charlotte. Achou uma vaga facilmente e estacionou o carro. Pegou o vestido cuidadosamente e apertou o botão da porta do escritório.<br />
<br />
A pracinha continuava romântica e florida como da última vez. Uns passarinhos se banhavam na fonte felizes e piando alto. O sol iluminava tudo dando um aspecto maravilhoso.<br />
<br />
- Em que posso ajudá-la? <br />
<br />
Uma senhora baixinha e com sorriso bondoso perguntou obtendo a atenção de Lizzy que sorriu e explicou que viera trazer um vestido para a amiga. <br />
<br />
- Oh sim, a srta Lucas me avisou que viria. Entre, ela está na sala do produtor de moda. <br />
<br />
A senhora falou enquanto a guiava por entre ilhas de pequenas salas com paredes de vidro, o que permitia ver o que acontecia em cada ambiente. <br />
<br />
Algumas mulheres falavam ao telefone ao mesmo tempo em que desenhavam algumas roupas em um enorme caderno de folhas brancas encapados de couro. Outras simplesmente arrumavam gráficos em seus computadores enquanto sacudiam os pés distraidamente ao som da música que tocava baixinha em todo ao ambiente. <br />
<br />
Em meio a tantas mulheres, alguns homens trabalhavam fazendo algumas edições e olhando milhares de revistas de moda ao mesmo tempo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Chegamos! <br />
<br />
A senhora anunciou enquanto abria a porta da sala de vidro onde Charlotte discutia sentada em cima da mesa com um moreno de sorriso charmoso. <br />
<br />
- Lizzy! Finalmente!<br />
<br />
Charlotte cumprimentou enquanto descia da mesa com um salto e pegava o vestido da mão da amiga que ainda olhava tudo com um certo interesse. Os olhos de Lizzy caíram displicentemente em cima do homem que as observava com um sorriso e com um estalo, reconheceu-o.<br />
<br />
“<i> Ei! Esse homem era o tal que estava com Charlotte ontem! </i>”<br />
<br />
- Lizzy, quero lhe apresentar meu amigo e fotógrafo, Sebastian Donavon. <br />
<br />
Charlotte apresentou percebendo o pequeno interesse que a amiga demonstrava pelo amigo. Sebantian caminhou até Lizzy e beijou-lhe a mão educadamente. <br />
<br />
- É um prazer conhecer a tão famosa Elizabeth Bennet!<br />
<br />
Ele falou sorrindo e dando uma piscadela discreta para Charlotte. Lizzy sentiu que corava e sorriu, simpatizando com ele. <br />
<br />
- Elizabeth sim, mas famosa é por sua conta!<br />
<br />
Respondeu sorrindo e indo ajudar a amiga que parecia atrapalhada para retirar a capa que cobria o vestido.<br />
<br />
- Obrigada Lizzy. Ajude-me a colocá-lo no manequim?<br />
<br />
Pediu retirando cuidadosamente o vestido. Lizzy se adiantou e ajudou a amiga. O vestido ficara lindo, realmente. <br />
<br />
<u><span style="color: blue;"><a href="http://z.about.com/d/fashion/1/7/X/i/2/keira.jpg%20/%20_blank">http://z.about.com/d/fashion/1/7/X/i/2/keira.jpg</a></span></u><br />
(imaginem ele sem essa cauda de sereia. O vestido é de Vera Wang, pra quem não lembra, é esse... huhuahu)<br />
<br />
- Muito bonito Charlotte... você me surpreende cada vez mais!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Sebastian falou enquanto olhava o vestido minuciosamente. Charlotte ostentava um sorriso de orelha a orelha, evidentemente orgulhosa de sua própria criação. <br />
<br />
- Bem, já vou indo Char. Daqui a pouco eu tenho aulas.<br />
<br />
Lizzy falou enquanto abria a porta para sair e voltar para a academia.<br />
Sebastian levantou os olhos do detalhe que analisava na barra do vestido e fitou Lizzy. <br />
<br />
- Posso fazer um último pedido antes que você vá? <br />
<br />
Perguntou. Lizzy concordou com um aceno de cabeça e voltou a fechar a porta. Charlotte olhou de Lizzy para Sebastian curiosa e acabou sorrindo. <br />
<br />
- Vista o vestido para que eu o veja em uma modelo?<br />
<br />
Pediu fazendo a melhor cara de criança pidona que pode. Charlotte aumentou ainda mais o sorriso como se fizesse parte de uma conspiração e voltou a se sentar na mesa. <br />
<br />
- Ahn... Acho que não teria problemas...<br />
<br />
Lizzy falou sem muita segurança. Bem, já o usara uma vez... que mal faria se o colocasse uma outra vez?<br />
<br />
Charlotte pareceu exultante a levou até uma sala onde as paredes não eram de vidro para que Lizzy pudesse trocar de roupa longe de alguns olhares indiscretos. <br />
<br />
- Char... Pra que você me pediu o vestido?<br />
<br />
Perguntou já esperando uma certa resposta. Charlotte abriu o zíper e o entregou para Lizzy. <br />
<br />
- Bem...eu comentei com Alicia, uma das estilistas de uma loja de roupas que havia desenhado o vestido. E ela pareceu interessada em vê-lo. Daqui a pouco deve estar aparecendo por ai. Marcamos a reunião para daqui a pouco.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Explicou consultando o relógio de pulso. <br />
<br />
- Se é isso... por que Sebastian Donavon está aqui? <br />
<br />
Perguntou encarando a amiga enquanto subia o vestido cuidadosamente. Charlotte corou levemente e pareceu repentinamente interessada na cortina da janela. <br />
<br />
- Ele é o fotógrafo do catálogo da loja... e se interessou em saber o que talvez fotografará. <br />
<br />
- Bem convincente para quem não te conhece, mas eu te conheço há anos e você não me engana Srta Lucas... mas vamos discutir isso mais tarde, em casa...<br />
<br />
Lizzy concluiu enquanto se virava para que Charlotte subisse o zíper. Andou até um espelho de corpo inteiro e fitou-o arrumando o vestido em seu próprio corpo. <br />
<br />
- Vamos, seu príncipe encantado te espera...<br />
<br />
Lizzy alfinetou saindo pela porta que a amiga mantinha aberta para ela. Sebastian, que estava encostado na mesa fitando o nada, olhou para elas e abriu um sorriso.<br />
<br />
- Bem melhor. Gostei muito do vestido Charlotte. Tenho certeza que Alicia também gostará. <br />
<br />
Ele falou admirando o vestido. Lizzy ficou um pouco envergonhada e abaixou os olhos. <br />
<br />
- Srta Lucas? A Srta Alicia chegou. <br />
<br />
A mesma senhora que levara Lizzy até a sala abriu a porta e anunciou Alicia, dando passagem para uma mulher jovem de sorriso agradável. Lizzy sentiu-se mais envergonhada ainda, desejando que um buraco enorme se abrisse no chão e que ela fosse engolida por ele. <br />
<br />
- Charlotte! Que bom revê-la!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Alicia, uma mulher loira de curtos cabelos loiros e olhos azuis claros e brilhantes cumprimentou Charlotte com um aperto de mão. Cumprimentou Sebastian com um aceno de cabeça e voltou-se para Lizzy. <br />
<br />
<u><span style="color: blue;"><a href="http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/cameron_diaz14.jpg%20/%20_blank">http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/cameron_diaz14.jpg</a></span></u><br />
( olha a Alicia... huauha)<br />
<br />
- Este é o vestido que você desenhou?<br />
<br />
Perguntou direcionando a suas atenções para o vestido que Lizzy usava. Uma vontade de sumir maior que a anterior tomou conta de Lizzy. Mas ao invés de externar seu constrangimento, arrumou sua postura e fez sua melhor pose de modelo, que poderia jurar, estava ridícula. Mas... quem está na chuva é para se molhar. <br />
<br />
- Este mesmo... eu o desenhei especialmente para Elizabeth ir na festa de gala da academia. <br />
<br />
Charlotte respondeu disfarçando bem seu nervosismo. Alicia parecia realmente impressionada. Depois de alguma discussão, que Lizzy ouviu atentamente e calada em seu canto, Alicia parecia satisfeita. <br />
<br />
- Então... acho que teremos seu vestido em nossa nova coleção!<br />
<br />
Alicia anunciou com um sorriso. Charlotte parecia eufórica, e era bem capaz de sair pulando e dando gritinhos por toda a sala, mas manteve-se calma e apenas sorriu, sendo abraçada carinhosamente por Sebastian. <br />
<br />
- Só temos um pequeno problema... não teremos tempo de costurar um novo vestido até amanhã. Como vocês bem sabem, confeccionamos nossos vestidos à mão, o que explica o porque de serem poucos a venda. E não teremos tempo de fazer um novo até amanhã de manhã. <br />
<br />
Isso parecia um grave problema, pelo menos para Charlotte e Lizzy que pareceram momentaneamente desoladas. A próxima coleção ainda demoraria para ser lançada, e se não fotografassem o vestido ele não entraria na coleção. Mas Sebastian sorriu e virou-se para Lizzy. <br />
<br />
- Tenho certeza que Elizabeth não se incomodaria em ceder o vestido amanhã.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Claro... com o maior prazer!<br />
<br />
Lizzy concordou rapidamente, sorrindo e feliz por acharem uma solução para o pequeno... “problema”. Charlotte não pareceu tão animada... <br />
<br />
- Mas temos um pequeno problema... o vestido foi feito na medida para Lizzy... não sei se caberia em mais alguém...<br />
<br />
<b>( N/a: sei que esse não é um bom motivo...mas vocês vão ver o que a minha mente maquiavélica aguarda para nossa Lizzy.. huauhah)</b><br />
<br />
Todos encararam Lizzy ao mesmo tempo. Estava em suas mãos o sucesso da amiga... e agora?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-30851786118379561622010-11-30T21:21:00.002-02:002010-11-30T21:21:42.621-02:00Ultimos capítulosamores quem quizer animar os nossos ultimos capítulos mandem seus banners para ballet.mara@hotmail.com, ballet.maraa@gmail.com ou luisa.plant@hotmail.com<br />
beijos a todosAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-43442297909622639862010-11-30T20:29:00.002-02:002010-11-30T20:29:21.246-02:00Capítulo XX<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>Capítulo XX<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lizzy voltou para casa com um turbilhão passado por sua cabeça. Seu teste estava apavorantemente próximo, e agora surgiu do meio do mais completo nada aquela situação com Charlotte e o vestido. <br />
<br />
É claro que fotografaria com o vestido para o catálogo. Charlotte criara o vestido especialmente para ela sem pedir nada em troca, e isso era o mínimo que poderia fazer em retribuição. <br />
<br />
Lizzy estava completamente apavorada com a idéia de comparecer em um estúdio de fotografia no dia seguinte e ser fotografada por Sebastian com mais quinhentas pessoas cuidando de sua aparência ao mesmo tempo. Já fora suficientemente estranho ter sido arrumada por Jane e Charlotte para uma festa, que dirá ser arrumada por estranhos para ser fotografada. <br />
<br />
Lizzy nem teve cabeça para retornar para a academia naquele dia. Já perdera as aulas mesmo, e seu ensaio com Darcy seria apenas ao final da noite. Resolveu, então, ir até o antigo parque perto dali. <br />
<br />
O parque em questão era pouquíssimo conhecido, o que dava a Lizzy uma sensação de paz e calma impressionante, além de ter um morro cujo visual era incrível. Adorava ir ali para pensar sobre a vida e criar suas coreografias.</div><div class="MsoNormal">Parou o carro em uma ruela próxima, e caminhou até a entrada deserta. Não caminhou muito e Lizzy começou a sentir que o ar se renovava em seus pulmões, mais limpo e fresco do que o ar poluído e pesado da cidade. <br />
<br />
As árvores lançavam uma sombra agradável sobre a trilha e alguns pássaros cantavam felizes em suas arvores. Alguns outros voavam de cá para lá levando galinhos em seus bicos, montando um pequeno ninho para os futuros passarinhos. <br />
<br />
Um ou outro esquilo passava correndo pela trilha, segurando uma grande e suculenta noz, ou simplesmente perseguindo algum bichinho qualquer. Algumas flores brotavam junto aos grandes troncos de arvores, atraindo várias borboletas que bailavam ao seu redor como se tentassem a encantar com suas cores exuberantes. <br />
<br />
Lizzy sentiu-se livre de qualquer preocupação que poderia ocupar-lhe a mente. Saiu da trilha e caminhou pela grama até alcançar uma pequena clareira, onde o sol batia um pouco mais forte, já que as arvore não ficavam tão próximas uma das outras. <br />
<br />
Sentou-se na grama que ainda estava um pouco úmida de orvalho e descalçou os sapatos. Fechou os olhos e ouviu a melodia da natureza. Sentiu mais intensamente a brisa soprando-lhe delicadamente os cabelos, como se tentasse tirá-los de sua face para que não a incomodassem. <br />
<br />
Os raios de sol a aqueciam, fazendo com que sentisse cada parte de seu corpo relaxar, como se eles a acariciassem e massageassem seus músculos. <br />
<br />
<br />
Uma borboleta, que rondava uma flor próxima a Lizzy, se aproximou lentamente e pousou em seu nariz. Lizzy riu gostosamente, mesmo assim a borboleta não foi embora, e continuou pousada sossegadamente, como se Lizzy fosse a flor mais bonita de todo o parque. <br />
<br />
- Acho que ela está te confundindo com uma flor...<br />
<br />
Uma voz grave e com um tom levemente divertido falou próxima à entrada da clareira. Lizzy abriu os olhos assustada, o que finalmente assustou a borboleta que voou indignada até uma outra flor ainda ali perto.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Darcy a fitava encostado em uma arvore. Sorria de uma maneira encantadora, e usava uma blusa branca de linho e uma calça bege, dando-lhe um ar leve. Lizzy sorriu ao reconhecê-lo, porem continuou sentada em seu lugar, apenas fitando-o e sorrindo. <br />
<br />
- Não sabia que mais alguém conhecia esse lugar... pensei que fosse um refugio só meu. <br />
<br />
Ele comentou se aproximando e sentando-se debaixo de uma arvore, recostando-se no tronco. <br />
<br />
- Eu também pensei que ele era só meu...<br />
<br />
Lizzy respondeu tapando o Sol com a mão para que pudesse enxergar Darcy melhor. <br />
<br />
- Como encontrou esse lugar?<br />
<br />
Ele perguntou enquanto acompanhava um passarinho persistente tentando carregar um galho maior do que podia. Lizzy começou a acompanhar o passaro também e respondeu sem desviar o olhar:<br />
<br />
- Eu estava caminhando um dia desses, ouvindo música com meu I-pod e acabei saindo da trilha enquanto seguia um gatinho que ainda era filhote. E cheguei aqui. E você?<br />
<br />
Ele se virou para ela, sorriu e voltou a acompanhar o passaro. Os dois não se olhavam como se fosse perigoso manterem contato visual por muito tempo. <br />
<br />
- Minha mãe costumava vir meditar aqui... ela gostava da calma que esse lugar passava... e acabei pegando o hábito. <br />
<br />
Ele respondeu fechando os olhos. Lizzy sentiu que invadia um pouco da privacidade de Darcy mesmo que inconscientemente e achou melhor ir embora. Já estava um pouco tarde e daqui a pouco teria que retornar a academia e devolver o carro para Jane. <br />
<br />
- Eu tenho que ir... Jane deve estar esperando pelo carro... até mais tarde... então.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lizzy falou enquanto se levantava. Bateu com a mão no short para que algumas gramas desgrudassem e sorriu. Darcy lançou-lhe um olhar misterioso e continuou sentado. <br />
<br />
- Até mais tarde... – parecendo perceber que talvez cometera uma indelicadeza, completou – quer que eu a acompanhe até o carro?<br />
<br />
- Não precisa... – Lizzy respondeu sorrindo . – não quero atrapalhar sua meditação. <br />
<br />
Acenou e desapareceu por entre as arvores. Darcy voltou a se encostar na arvores e fechou os olhos com força. <br />
<br />
- Seu idiota! – murmurou. <br />
<br />
Sua vontade era de ir atrás dela e acompanhá-la mesmo que contra a vontade dela, mas não poderia ser tão mal educado assim e privá-la de um momento de privacidade, já que ele mesmo interrompera o que ela estava tendo. <br />
<br />
***********************************<br />
Lizzy retornou para a academia e devolveu as chaves para uma Jane que continuava tão sorridente quanto mais cedo. Ela nem ao menos fizera perguntas de irmãs como:<br />
<br />
“ Por que você faltou a aula?”<br />
<br />
“ Onde você estava?”<br />
<br />
E por ai segue. Jane simplesmente pegou as chaves que Lizzy oferecia de forma mecânica e saiu andando com um sorriso bobo nos lábios. <br />
<br />
Lizzy ficou parada no meio do corredor com uma expressão estranha, um misto de choque e divertimento, quando sentiu uma mãos pousar levemente em seu ombro, forçando-a a virar-se para o outro lado. <br />
<br />
- Lizzy, onde você estava? Procurei por você na academia inteira!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Isabel reclamou ainda carregando frouxamente as sapatilhas de ponta na mão esquerda.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Você não acreditaria se eu contasse. Vamos para o refeitório. Lá nós sentamos e eu te conto a história toda. <br />
<br />
Caminharam rapidamente até o refeitório, Isabel estava quase correndo. Sentaram-se em uma mesa perto de uma grande janela e pediram um suco de laranja para beberem. ( N/a: Não, foi para comerem autora lesada) . <br />
<br />
- Desembucha. O que aconteceu para deixar você com a cabeça no mundo da lua a ponto de esquecer das suas aulas? <br />
<br />
Lizzy narrou tudo que lhe acontecera desde a ida até o ateliê de Charlotte até o encontro com Darcy no parque. Isabel ouvia tudo atentamente, e ao final da narrativa, um sorriso sapeca brincava em seus lábios. <br />
<br />
- Que sorriso é esse?<br />
<br />
Lizzy perguntou ao ver que a amiga continuava sorrindo de uma forma que não lhe agradava muito. <br />
<br />
- E você não o agarrou? Estou esperando pelo final da história do parque. <br />
<br />
- Eu não o agarrei! – Lizzy protestou revirando os olhos. – Queria que eu fizesse o que? O tivesse jogado de encontro a uma árvore e beijado? <br />
<br />
- Aham... Exatamente isso. Você é uma menina de atitude Elizabeth! Devia tê-lo jogado na árvore a chamado de lagartixa! – Bel respondeu rindo. <br />
<br />
- Ah Isabel! Antes que eu me esqueça, vai tomar...- Lizzy começou extremamente irritada com a amiga. <br />
<br />
- Olha o palavreado, mocinha! – Isabel censurou em meio aos risos. <br />
<br />
- Eu ia dizer vai tomar banho! – Lizzy defendeu-se. – Mas você com sua mente poluída e vocabulário de baixo calão pensaram logo em uma bobeira né?<br />
<br />
- È a convivência com você, cara Lizzy! – Isabel respondeu se levantando de um salto e saiu correndo pelo refeitório, atraindo olhares nada discretos. <br />
<br />
- Eu te pego, seu pau de arara ambulante! – Lizzy gritou levantando-se também e indo atrás de uma Isabel que simplesmente estava lascada.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-71784536513452385012010-11-21T08:57:00.000-02:002010-11-21T08:57:20.102-02:00Capítulo XVIII<div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 13.5pt;">Capítulo XVIII<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal">Lizzy chegou em casa depois dos ensaios com Darcy e não encontrou Jane em casa. Charlotte já dormia esparramada em sua cama e Luciene dormia encolhida na sua. <br />
<br />
Fechou a porta do quarto delas devagar e seguiu para a cozinha, para preparar alguma coisa para comer antes de dormir. Serviu um copo de leite e encostou-se na bancada de granito, esperando que o pão que havia posto na chapa ficasse pronto. <br />
<br />
Pão comido e leite terminado, Lizzy ia saindo da cozinha quando lembrou do ateliê improvisado de Jane. Lançou um rápido olhar para a porta de entrada e verificou se alguma luz estava acessa, indicando a chegada de alguém. Estava tudo escuro. <br />
<br />
Lizzy andou com passos leves até o ateliê e tentou abrir a porta. Estava trancada. Murmurou um “droga” e começou a procurar as chaves onde pudesse estar escondida. Procurou em vasos de plantas, embaixo de roupas e no armário de limpeza. Não encontrou em lugar nenhum. Bufou derrotada e foi para o quarto.<br />
<br />
Despiu-se preguiçosamente e entrou no banho. Deixou a água quente escorrer-lhe pelas costas e suspirou cansada. Terminou de tomar banho rapidamente e vestiu o blusão que usava para dormir. Secou o cabelo com a toalha e deitou na cama. Adormeceu quase que instantaneamente, e sonhou mais uma vez com aqueles brilhantes olhos azuis e seu dono. <br />
<br />
************************************************<br />
Lizzy acordou na manhã seguinte com as energias recarregadas. Jane ainda dormia tranqüila em sua cama e com um sorriso singelo nos lábios. Lizzy riu baixinho ao ver a expressão suave da irmã e reparou em um casaco que não pertencia a Jane pendurado em uma cadeira da escrivaninha. Sorriu ao constatar que devia a pertencer ao tal Charles Bingley e saiu do quarto sem acordar a irmã. <br />
<br />
Tomou um rápido café e seguiu de ônibus até a academia que estava praticamente vazia, com apenas alguns alunos de música preparando-se para os testes que seriam realizados para a apresentação de artes. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">O estomago de Lizzy fez uma volta de 360º ao lembrar que o seu próprio teste seria daqui a quatro dias. Respirou fundo tentando se acalmar e dirigiu-se para a sala a fim de ensaiar sua coreografia solo, que não era ensaiada desde segunda à noite. <br />
<br />
Deixou sua bolsa sobre o banco e ligou o som. Fez um pequeno aquecimento antes de começar a dançar e alongou-se bastante. Finalmente começou a passar a coreografia que já estava pronta e ficou contente ao notar que estava praticamente perfeita. Tinha uns pontos que tentaria melhorar, mas nada que acabasse com a coreografia em si. <br />
<br />
- Ah, finalmente resolveu treinar a coreografia solo! <br />
<br />
Isabel implicou com a amiga entrando na sala que Lizzy ensaiava e sentou-se no banco. Lizzy parou de dançar e sentou-se ao lado da amiga. <br />
<br />
- Bom dia pra você também. – respondeu rindo. – Como vão os ensaios com Thomas?<br />
<br />
Lizzy perguntou desligando a musica e tirando as sapatilhas de jazz que usava. Guardou-as na bolsa enquanto olhava a expressão feliz da amiga.<br />
<br />
- Tem certeza que vocês estão ensaiando?<br />
<br />
Perguntou rindo do tom rosado que a amiga ficou. Isabel a fuzilou com os olhos e resolveu entrar no joguinho de alfinetação da amiga. <br />
<br />
- Um pouco dos dois ...mas e você? Tem conseguido ensaiar com um gostoso daqueles te apalpando?<br />
<br />
Isabel devolveu na mesma moeda, recebendo em troca um olhar indignado. Riu da cara da amiga, o que fez Lizzy ficar mais lívida do que já estava.<br />
<br />
- Para sua informação, Isabel Anne Morrits, eu estou <u>trabalhando</u> com ele, e não me divertindo. <br />
<br />
Lizzy fez questão de frisar a palavra trabalhando, o que não mudou em nada a expressão sapeca que começava a se formar na amiga. <br />
<br />
- Mais vai me dizer que não tem vontade de agarrar ele ali mesmo, e tasca um daqueles beijos maravilhoso? Oh, aqueles lábios não me enganam não... tem a maior cara de ser carnudinho e bom de beijar, além de que ele deve ter a maior pegada!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Continuou provocando Lizzy que pareceu um pouco desconcertada. Ela realmente tinha vontade de beijá-lo e provar daqueles lábios que prometiam ser maravilhosos, e corou ao perceber que já havia reparado neles, mesmo que<br />
inconscientemente. Mas não perdeu a pose diante da amiga, mesmo que todas as “acusações” fossem verdadeiras. <br />
<br />
- Ele é bonito sim, mas a minha relação é estritamente profissional, e nada mais. E, além disso, se eu me envolver com ele, mesmo que seja apenas um beijo, todas as línguas maldosas falariam que passei no teste, isso se eu passar, pelo simples fato de estar envolvida com o dono da academia. E eu não quero isso. <br />
<br />
Com esse discurso tão convincente feito por Lizzy, Isabel parou de implicar com a amiga. Mas é claro que continuava convencida de que Lizzy estava sentindo algo mais por Darcy, e que só iria admitir depois dos testes. <br />
<br />
As duas saíram da sala em direção aos vestiários para dar uma ajeitada no cabelo e colocar o uniforme para a primeira aula. <br />
<br />
Lizzy terminou de se arrumar um pouco antes que Isabel, que travava uma pequena luta contra sua calça de Lycra que se recusava a passar pelas coxas. <br />
<br />
Depois de mais alguns tombos e pulinhos para que a calça entrasse, finalmente puderam seguir para a aula de street dance. Maila já esperava as alunas enquanto mexia em alguns cd’s próxima ao som. <br />
<br />
Caroline e mais duas meninas com poses tão arrogantes quanto à dela conversavam a um canto, lançando olhares desdenhosos para as outras alunas que calçavam as sapatilhas ou alongavam-se enquanto conversavam entre si. <br />
<br />
Bel e Lizzy já estavam de sapatilhas, então começaram logo com uma pequena série de alongamentos básicos, para não sofrerem nenhuma dor muscular grave. <br />
<br />
- Muito bem, todas aqui!<br />
<br />
Maila chamou “pausando” a musica que ouvia e se aproximando do centro da sala. Todas as alunas rodearam a professora.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Hoje faremos um exercício diferente. Vocês se dividirão em dois grupos, e quero que cada um crie uma coreografia com a musica que escolherem. Espero que usem do bom senso, e não façam uma coreografia vulgar. <br />
<br />
A professora anunciou enquanto algumas alunas cochichavam entre si. Lizzy e Isabel trocaram alguns olhares divertidos e Caroline exibia mais que nunca um olhar de superioridade, como se fosse banal poder criar uma coreografia livre em uma aula de dança, e como se fosse a coisa mais fácil do mundo. <br />
<br />
- Elizabeth e Caroline, escolham os grupos. <br />
<br />
Maila pediu para uma surpresa Elizabeth e uma satisfeitíssima Caroline, que se adiantou à frente de todas as outras meninas, empinando mais ainda o nariz. Lizzy se aproximou e tiraram um rápido “par ou impar”. Como Caroline ganhou, escolheu primeiro, e assim sucessivamente. <br />
<br />
Grupos decididos, as meninas do grupo de Lizzy se reuniram á um canto e tentaram decidir uma musica. Depois de uma votação, escolheram a musica e começaram a elaborar os passos que fariam. <br />
<br />
Maila instruiu as meninas do grupo de Lizzy e entregou o cd com a musica para elas, guiando-as depois para uma sala separada onde poderiam treinar sem que sua coreografia fosse vista pelo outro grupo. <br />
<br />
****************************<br />
<br />
Lizzy ligou a musica no som disponível da sala e começou a ouvir a musica. Algumas sugestões de passos foram dadas juntas com algumas reclamações e modificações, e finalmente terminaram a coreografia. Agora era treinar e esperar Maila aparecer para chamá-las. <br />
<br />
Treinar não era a parte mais fácil. Ter que sincronizar os tempos e arrumar os movimentos não era uma tarefa muito agradável, e que exigia uma paciência bem grande. <br />
<br />
Uma hora depois, a coreografia já estava quase pronta, e todas estavam com uma sincronia perfeita. Maila ficou parada um pouco a porta enquanto olhava a coreografia sem ser percebida pelas alunas que estavam absortas. <br />
<br />
- Muito bem! Adorei a coreografia! Agora vamos voltar para a sala que o tempo já acabou.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">E assim seguiram para a sala onde o grupo de Caroline já as esperava, e Caroline com um sorriso de vitória no rosto fez com que as outras meninas do grupo de Lizzy concentrassem ainda mais na coreografia ensaiada. <br />
<br />
- Lizzy... se importar de apresentar-se primeiro?<br />
<br />
Maila pediu sorrindo. As meninas concordaram tomaram suas marcações.<br />
<br />
<u><a href="http://www.youtube.com/watch?v=NvnDwysWHr4&feature=related%20\%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.youtube.com/watch?v=NvnDwysWHr4&feature=related</span></a></u><br />
<br />
<b>N/a: Esse vídeo faz parte de um programa onde pessoas reproduzem a coreografias de vídeo clipes de músicas. Foi particularmente difícil achar uma que não tivessem muitas piruetas e saltos elaborados por que nessa aula na fic só tem meninas... por favor, relevem tudo o que tem antes da coreografia e as entrevistas. Espero que gostem </b><br />
<br />
Caroline assistiu tudo com uma expressão estranha, como se uma coisa muito mal cheirosa estivesse eternamente debaixo de seu nariz. <br />
<br />
As meninas que dançavam terminaram com um sorriso de satisfação e congratularam-se entre si.<br />
<br />
- Muito bom, meninas! Achei um bom trabalho pra tão pouco espaço... aquelas movimentações que vocês fizeram de braços no inicio da coreografia ficou muito bom. <br />
<br />
Elas agradeceram os elogios e sentaram-se no banco bebendo um gole de suas garrafas de água. Caroline arrumou as meninas de seu grupo nas posições inicias e pediu que Maila soltasse a música. <br />
<br />
<u><a href="http://www.youtube.com/watch?v=WritjzfOg-o&feature=related%20\%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.youtube.com/watch?v=WritjzfOg-o&feature=related</span></a></u><br />
<br />
<b>N/a: Essa coreo é do mesmo programa e também me deu um trabalho... continuou pedindo que relevem o apresentador e todo o resto.</b><br />
<br />
- Meu Deus! Eu não esperava que a minha turma estivesse num nível tão bom!<br />
<br />
Maila elogiou fazendo com que um sorriso irritante surgisse no rosto de Caroline. A professora fez mais alguns comentários e dispensou a turma. <br />
<br />
<br />
***********************************<br />
Lizzy e Isabel combinaram de comer em um restaurante perto da academia, e desciam as escadas de mármore até alcançarem a rua.<br />
<br />
- Eu não acredito que aquela Magrela Desbotada fez uma coreografia descente!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Isabel reclamou prendendo o cabelo com um elástico que achara dentro da bolsa. Lizzy ria da cara descontente da amiga. <br />
<br />
- Não foi ela Bel, e você sabe disso. Aquela coreografia tem a cara da Susan.- Respondeu tentando apaziguar a fúria da amiga. <br />
<br />
- É, pode até ser, mas ela é que vai levar o crédito! – Isabel continuou não agüentando manter a pose zangada e rindo. <br />
<br />
Atravessaram a rua e entraram no restaurante, sentando-se em uma mesa próxima a janela, por onde uma brisa refrescante entrava. Almoçaram enquanto conversavam amenidades.<br />
<br />
- Lizzy... aquela não é a Charlotte? – Bel perguntou olhando pela janela.<br />
- É.. ela deve estar em horário de almoço. – Lizzy respondeu não dando muita importância. <br />
<br />
- Quem é aquele com ela? – Bel perguntou reparando em um moreno que a acompanhava de braços dados. <br />
<br />
- Não sei! – Lizzy respondeu olhando bem o homem. – Mas eu sei que ela vai ter muito que me contar quando chegar em casa! – respondeu com um sorrisinho malicioso. <br />
<br />
Terminaram de almoçar e seguiram para as ultimas aulas do dia.<br />
<br />
**********************************<br />
<br />
Ao final das aulas, como sempre na ultima semana, Lizzy seguiu para o vestiário e trocou de roupa. Prendeu o cabelo novamente em um coque e guardou as coisas em seu armário. <br />
<br />
Os corredores estavam praticamente vazios, e Lizzy pode ouvir ao longe o som de uma doce melodia. <br />
<br />
<u><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Zyeok3XZs3k%20\%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.youtube.com/watch?v=Zyeok3XZs3k</span></a></u><br />
( diretamente do filme! )<br />
<br />
Aproximou-se sem fazer barulho, a música aumentado a cada passo que dava. A porta da sala estava entreaberta e Lizzy não resistiu ao impulso de espiar pela fresta. <br />
<br />
Uma menina loira com longos cabelos e cachos tocava delicadamente em um grande piano de cauda, a mão deslizando calmamente pelas teclas. <br />
<br />
<i>“ Não deve ter mais que 15 anos...” </i><br />
<br />
Lizzy pensou sorrindo e tentando ver a menina pelo espelho na parede. Uma sombra passou pelo espelho e inesperadamente a porta se abriu, revelando Darcy.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lizzy pensou sorrindo e tentando ver a menina pelo espelho na parede. Uma sombra passou pelo espelho e inesperadamente a porta se abriu, revelando Darcy. <br />
<br />
Lizzy corou furiosamente e podia-se ouvir o som de seu cérebro maquinando uma desculpa para estar espiando pela porta. Mas não havia uma desculpa realmente boa. <br />
<br />
- Elizabeth! O que você estava fazendo?<br />
<br />
Darcy perguntou segurando o riso. A menina que continuava sentada ao piano sorriu. Lizzy recuou levemente e sorriu sem graça.<br />
<br />
- Nesse horário o andar costuma estar vazio... então vim ver se estavam precisando de alguma coisa.<br />
<br />
Ela respondeu inventando um desculpa qualquer, mas que não deixava de ser verdade. Darcy sorriu, o que a tranqüilizou um pouco. <br />
<br />
- Está e minha irmã Lizzy. Georgiana Darcy. <br />
<br />
Darcy apresentou puxando Lizzy delicadamente para a sala e indicando a menina ao piano. Georgiana se levantou e cumprimentou Elizabeth muito educada, com os olhinhos brilhando como se ela soubesse de um segredo muito importante. <br />
<br />
- Por favor, me chame de Georgie. Georgiana é muito grande.<br />
<br />
Pediu sorrindo. Elizabeth sorriu também.<br />
<br />
- Então me chame de Lizzy. Elizabeth também é um nome muito cumprido. <br />
<br />
As duas começaram a ter uma conversa feminina e Darcy as observava com um sorriso nos lábios. Era muito bom que as duas se dessem bem. Georgiana normalmente era uma menina tímida e que demorava a se soltar com pessoas que não eram conhecidas, mas por mais incrível que pudesse parecer, ela simpatizara com Lizzy e conversavam como se fossem velhas amigas. <br />
<br />
“<i> Mas Georgie realmente já sabe muito sobre Lizzy. Pelo que eu conto deveria saber...” </i><br />
<br />
Darcy pensou sorrindo ainda mais. Lizzy se levantou. <br />
<br />
- Darcy... temos que ensaiar. <br />
<br />
Lembrou-lhe delicadamente. Darcy concordou e seguiram para a sala de dança, depois que Georgiana garantiu que ficaria treinando por mais um tempo lá mesmo. <br />
<br />
***********************<br />
Darcy e Lizzy chegaram na sala e começaram a se alongar. Lizzy ligou a música e começaram a ensaiar...</div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-50467549591885124912010-11-16T22:29:00.000-02:002010-11-16T22:29:23.578-02:00Capítulo XVII<div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 13.5pt;">Capítulo XVII<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal">Jane saiu do banho enrolada em uma enorme e felpuda toalha branca. Separou cuidadosamente algumas blusas que pretendia usar no “encontro” com Charles e começou a experimentá-las, analisando para ver qual delas lhe cairia melhor. <br />
<br />
- Charlotte! – Jane gritou enquanto analisava duas blusas. <br />
<br />
- O que foi Jane? – Charlotte perguntou aparecendo na porta do quarto.<br />
<br />
- Eu não sei com que blusa ir. – Jane falou lamentando.<br />
<br />
- Calma. <br />
<br />
Charlotte falou se aproximando e sorrindo. Pediu para que Jane vestisse as duas blusas. Como a noite estava extremamente bela e fresca, as blusas eram sem manga e Jane levaria um casaco à tira colo, caso esfriasse.<br />
<br />
Ela usaria uma calça jeans, e isso já estava certo. Uma das blusas que ela planejava usar era rosa clara, lisa, enfeitada apenas por algumas rendas na barra da blusa e na gola em V. <br />
<br />
A outra era azul, e combinava perfeitamente com os olhos de Jane, e os realçava ainda mais. Era uma tomara que caia que lhe ajustava perfeitamente ao corpo, e uma faixa demarcava a fina cintura de Jane. <br />
<br />
<u><a href="http://www.aluskabrasileiro.com/loja/images/bjotopRG.jpg%20/%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.aluskabrasileiro.com/loja/images/bjotopRG.jpg</span></a></u><br />
(essa é a blusa que a Jane vai usar... mas imaginem ela azul clara ok?)<br />
<br />
Charlotte decidiu pela blusa azul e Jane aprovou a escolha. Vestiu a blusa e penteou os cabelos de modo que os singelos cachos da ponta do cabelo ficassem perfeitamente moldados. Usou duas presilhas para arrumar um pouco a franja e maquiou-se levemente. Separou o casaco que usaria caso sentisse frio e começou a tacar tudo que precisava dentro da bolsa. <br />
<br />
Já eram sete horas, e Charles já devia estar esperando por ela. Despediu-se das amigas com um aceno e desceu até a portaria. Charles a esperava estacionado em frente à portaria, encostado no carro e sorrindo. Adiantou-se quando ela se aproximou em cumprimentou-a. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Você é muito bonita. – elogiou enquanto abria a porta do carro para que ela entrasse. <b>(N/a: reparou que ele disse é, e não está? <!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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height:11.25pt'> <v:imagedata src="file:///C:\Users\kkk\AppData\Local\Temp\msohtml1\01\clip_image001.gif"
o:title=""/> </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img border="0" height="15" src="file:///C:/Users/kkk/AppData/Local/Temp/msohtml1/01/clip_image001.gif" v:shapes="_x0000_i1025" width="15" /><!--[endif]-->)</b><br />
<br />
- E você é um perfeito cavalheiro. – ela elogiou sorrindo e entrando no carro, corando um pouco. <br />
<br />
- Aonde vamos primeiro, minha querida guia? – ele perguntou, fazendo Jane corar mais ainda.<br />
<br />
- Eu pensei em conhecermos primeiro o Big Ben*. Ele fica lindo iluminado à noite. – Jane respondeu enquanto revisava o roteiro. <br />
<br />
- Big Bem... aqui vamos lá! – Charles falou enquanto dava a partida no carro. <br />
<br />
Durante todo o percurso até o Big Ben Jane e Charles conversaram animadamente, sobre artes, musicas e todo o tipo de assunto que surgi em meio a uma conversa animada. <br />
<br />
Passaram por volta de uma hora no grande relógio e resolveram continuar o pequeno passeio. <br />
<br />
Em todos os pontos em que pararam no meio do pequeno passeio que fizeram, Charles fez questão de abrir e fechar a porta para Jane, que sempre sorria e corava levemente com o cavalheirismo de Charles. <br />
<br />
- Aquilo é um parque de diversões? – Charles perguntou ao ver surgir no outro lado da rua uma enorme roda gigante.<br />
<br />
- Acho que sim. – Jane respondeu admirada. <br />
<br />
- Vamos? Faz muito tempo que não vou a um parque de diversões! – Charles perguntou parecendo uma criança que acabara de receber um presente de natal antecipado. <br />
<br />
Jane concordou com um pequeno aceno de cabeça. Estacionaram o carro e seguiram juntos até a bilheteria. Compraram alguns ingressos e começaram a olhar as atrações.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">- Charles, vamos nesse! Fui uma vez com Lizzy e nos divertimos muito! <br />
<br />
Jane pediu com os olhinhos brilhando. Charles concordou e entraram na fila. O brinquedo se chamava Crazy Dance. Era uma cadeira estofada, que rodava junto com algumas outras. O brinquedo rodava conforme a musica ia tocando. <br />
<br />
<u><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6e/New_crazy_dance.jpg/800px-New_crazy_dance.jpg%20/%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6e/New_crazy_dance.jpg/800px-New_crazy_dance.jpg</span></a></u><br />
(Crazy Dance)<br />
<br />
Na sua vez, Jane e Charles se acomodaram em uma das cadeiras e esperaram a musica começar. O Dj colocou uma música com batida latina e o brinquedo começou. Os dois cantavam a animados e sacudiam os braços conforme o brinquedo se mexia. Riam muito e catavam cada vez mais alto a musica que tocava. <br />
<br />
Desceram rindo muito. Caminharam até o outro lado do parque, onde a roda gigante estava montada. No meio do caminho, um grande urso de pelúcia, branco como a neve e fofo chamou a atenção de Jane. <br />
<br />
<u><a href="http://www.cafenobre.com.br/urso_17.jpg%20/%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.cafenobre.com.br/urso_17.jpg</span></a></u><br />
( o Urso <!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
style='width:10.5pt;height:10.5pt'> <v:imagedata src="file:///C:\Users\kkk\AppData\Local\Temp\msohtml1\01\clip_image001.gif"
o:title=""/> </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img border="0" height="14" src="file:///C:/Users/kkk/AppData/Local/Temp/msohtml1/01/clip_image001.gif" v:shapes="_x0000_i1026" width="14" /><!--[endif]-->)<br />
<br />
Charles acompanhou o olhar de Jane e viu o motivo do brilho em seus olhos. Puxou-a pela mão até a barraca onde o urso era o premio. <br />
<br />
- Vou te dar o Urso Jane! – Charles falou sorrindo.<br />
<br />
- Ah, não é necessário. – Jane respondeu lisonjeada.<br />
<br />
- Claro que é! Você o quer, e eu vou te dar. – ele falou sorrindo. – e nem adianta discutir! – completou ao ver que Jane abria a boca para responder.<br />
<br />
Charles se aproximou do homem que trabalhava na barraca e perguntou como ganharia o urso. O homem sorriu de lado e explicou com um tom arrogante que ele deveria acertar sete dos dez tiros em um pato de madeira que andava de um lado ao outro. <br />
<br />
- Esse usrso está ai há dez anos... ninguém nunca conseguiu. <br />
<br />
O homem completou olhando arrogante para Charles que simplesmente depositou o dinheiro em cima da mesa e pegou a espingarda de chumbinho que o homem lhe ofereceu. <br />
<br />
- Vai ser moleza.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Charles murmurou de modo que só ele pode ouvir. Ajustou a arma e mirou cuidadosamente em um dos patos. Puxou o gatilho e atirou. Acertou o primeiro pato. Não deixou se abalar pelo rosnado que o homem deixou escapar. Mirou novamente em um outro pato e atirou. Acertou novamente. <br />
<br />
Foi assim com todos os sete patos que Charles deveria derrubar, e com mais os outros três que derrubou só para ensinar o homem que lhe atendera a não subestimar os outros. <br />
<br />
- Aqui está! – o homem falou quase que com um rosnado. <br />
- Muito obrigado. – Charles pegou o urso e entregou a Jane, que sorria de orelha a orelha. – Pra você! <br />
<br />
- Muito obrigada. Realmente não precisava. – ela falou abraçando o urso. <br />
<br />
- Mas eu quis. – Charles respondeu voltando a segurá-la pela mão e seguindo até a roda gigante. <br />
<br />
Entraram na pequena fila e esperaram que uma das cadeiras vagasse, o que não demorou muito a acontecer. Entregaram os bilhetes a menina que os estava acomodando e esperaram que a roda recomeçasse a rodar. <br />
<br />
Com um leve solavanco, a roda começou a rodar. A vista era linda dali de cima. Podia-se ver uma boa parte das casas Londrinas, e milhares de pontinhos luminosos ao longe. <br />
<br />
- Daqui de cima Londres parece tão pequena. – Jane comentou sentindo a brisa soprar-lhe os cabelos.<br />
<br />
- Daqui de cima, tudo parece pequeno. – Charles comentou divertido. – os carros parecem formigas, e os prédios... os prédio parecem pequenas arvores de metal. – completou rindo. <br />
<br />
- E o lago ali adiante seria uma grande poça de água? – Jane perguntou sorrindo. <br />
<br />
- Talvez. – Charles ponderou olhando. – e nós seriamos o que? – ele perguntou encarando Jane, que ficava levemente corada por causa do vento. <br />
<br />
- Eu não sei...<br />
<br />
Ela respondeu. A roda parou de andar exatamente no momento que passavam no ponto mais alto que poderiam alcançar. Charles continuou olhando-a encantado com toda a beleza de Jane.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Uma pena veio voando sabe-se lá de onde, e Jane a seguiu com um olhar enquanto ria. A brisa que levava a pena parou de soprar e ela caiu devagar sobre o nariz de Jane, que balançou o rosto e começou a rir. <br />
<b>( N/a: deu pra entender o que eu queria dizer? A penas estava voando e caiu no nariz de Jane, se equilibrando ok?)</b> <br />
<br />
- Você com certeza seria um anjo. <br />
<br />
Charles falou enquanto olhava a cena hipnotizado pela criatura angelical que estava ao seu lado. Jane tirou a pena do nariz e a segurou, virando-se para Charles. Sem saber como, sorriu e sentiu sua face ruborizar. Charles se aproximou mais, lentamente, enquanto fixava o olhar nos olhos de Jane.<br />
<br />
Como se fosse empurrada por uma força invisível, Jane se aproximou mais ainda de Charles, vencendo a distancia que mantinham seus lábios separados. <br />
<br />
Beijaram-se primeiramente de um modo delicado, experimentando a textura dos lábios um do outro. Vendo que nenhum dos dois ofereceria resistência, aprofundaram o beijo, explorando cada canto da boca um do outro. <br />
<br />
Separaram-se com um outro solavanco da roda gigante, que recomeçou a girar. Jane abaixou o olhar sem saber o que dizer, e Charles a abraçou. <br />
<br />
Resolveram sair da roda e voltar para casa. Já estava ficando tarde. Desceram e seguiram de mãos dadas até o carro. <br />
<br />
Jane estremeceu um pouco por causa do frio e amaldiçoou-se por ter deixado o casaco no carro. Charles percebendo o leve arrepio que ela teve, despiu seu casaco e colocou-o sobre os ombros nus de Jane, que sorriu em agradecimento mudo e apertou-o contra si. <br />
<br />
Entraram no carro e seguiram conversando sobre os lugares que conheceram. Charles parou em frente a portaria e abriu a porta para Jane. <br />
<br />
Despediram-se com um beijo singelo e Jane subiu sonhadora para seu apartamento. Viu Charles partir pela janela de seu quarto e começou a despir-se para tomar um banho. Reparou que ainda estava com o casaco de Charles e sorriu. O cheiro dele era muito bom...</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-78769472431463881462010-11-16T22:24:00.006-02:002010-11-16T22:24:45.147-02:00Capítulo XVII<div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Capítulo XVII<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Jane saiu do banho enrolada em uma enorme e felpuda toalha branca. Separou cuidadosamente algumas blusas que pretendia usar no “encontro” com Charles e começou a experimentá-las, analisando para ver qual delas lhe cairia melhor. <br />
<br />
- Charlotte! – Jane gritou enquanto analisava duas blusas. <br />
<br />
- O que foi Jane? – Charlotte perguntou aparecendo na porta do quarto.<br />
<br />
- Eu não sei com que blusa ir. – Jane falou lamentando.<br />
<br />
- Calma. <br />
<br />
Charlotte falou se aproximando e sorrindo. Pediu para que Jane vestisse as duas blusas. Como a noite estava extremamente bela e fresca, as blusas eram sem manga e Jane levaria um casaco à tira colo, caso esfriasse.<br />
<br />
Ela usaria uma calça jeans, e isso já estava certo. Uma das blusas que ela planejava usar era rosa clara, lisa, enfeitada apenas por algumas rendas na barra da blusa e na gola em V. <br />
<br />
A outra era azul, e combinava perfeitamente com os olhos de Jane, e os realçava ainda mais. Era uma tomara que caia que lhe ajustava perfeitamente ao corpo, e uma faixa demarcava a fina cintura de Jane. <br />
<br />
<a href="http://www.aluskabrasileiro.com/loja/images/bjotopRG.jpg%20/%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.aluskabrasileiro.com/loja/images/bjotopRG.jpg</span></a><br />
(essa é a blusa que a Jane vai usar... mas imaginem ela azul clara ok?)<br />
<br />
Charlotte decidiu pela blusa azul e Jane aprovou a escolha. Vestiu a blusa e penteou os cabelos de modo que os singelos cachos da ponta do cabelo ficassem perfeitamente moldados. Usou duas presilhas para arrumar um pouco a franja e maquiou-se levemente. Separou o casaco que usaria caso sentisse frio e começou a tacar tudo que precisava dentro da bolsa. <br />
<br />
Já eram sete horas, e Charles já devia estar esperando por ela. Despediu-se das amigas com um aceno e desceu até a portaria. Charles a esperava estacionado em frente à portaria, encostado no carro e sorrindo. Adiantou-se quando ela se aproximou em cumprimentou-a. </span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">- Você é muito bonita. – elogiou enquanto abria a porta do carro para que ela entrasse. (N/a: reparou que ele disse é, e não está? <!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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height:11.25pt'> <v:imagedata src="file:///C:\Users\kkk\AppData\Local\Temp\msohtml1\01\clip_image001.gif"
o:title=""/> </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img border="0" height="15" src="file:///C:/Users/kkk/AppData/Local/Temp/msohtml1/01/clip_image001.gif" v:shapes="_x0000_i1025" width="15" /><!--[endif]-->)<br />
<br />
- E você é um perfeito cavalheiro. – ela elogiou sorrindo e entrando no carro, corando um pouco. <br />
<br />
- Aonde vamos primeiro, minha querida guia? – ele perguntou, fazendo Jane corar mais ainda.<br />
<br />
- Eu pensei em conhecermos primeiro o Big Ben*. Ele fica lindo iluminado à noite. – Jane respondeu enquanto revisava o roteiro. <br />
<br />
- Big Bem... aqui vamos lá! – Charles falou enquanto dava a partida no carro. <br />
<br />
Durante todo o percurso até o Big Ben Jane e Charles conversaram animadamente, sobre artes, musicas e todo o tipo de assunto que surgi em meio a uma conversa animada. <br />
<br />
Passaram por volta de uma hora no grande relógio e resolveram continuar o pequeno passeio. <br />
<br />
Em todos os pontos em que pararam no meio do pequeno passeio que fizeram, Charles fez questão de abrir e fechar a porta para Jane, que sempre sorria e corava levemente com o cavalheirismo de Charles. <br />
<br />
- Aquilo é um parque de diversões? – Charles perguntou ao ver surgir no outro lado da rua uma enorme roda gigante.<br />
<br />
- Acho que sim. – Jane respondeu admirada. <br />
<br />
- Vamos? Faz muito tempo que não vou a um parque de diversões! – Charles perguntou parecendo uma criança que acabara de receber um presente de natal antecipado. <br />
<br />
Jane concordou com um pequeno aceno de cabeça. Estacionaram o carro e seguiram juntos até a bilheteria. Compraram alguns ingressos e começaram a olhar as atrações.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">- Charles, vamos nesse! Fui uma vez com Lizzy e nos divertimos muito! <br />
<br />
Jane pediu com os olhinhos brilhando. Charles concordou e entraram na fila. O brinquedo se chamava Crazy Dance. Era uma cadeira estofada, que rodava junto com algumas outras. O brinquedo rodava conforme a musica ia tocando. <br />
<br />
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6e/New_crazy_dance.jpg/800px-New_crazy_dance.jpg%20/%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6e/New_crazy_dance.jpg/800px-New_crazy_dance.jpg</span></a><br />
(Crazy Dance)<br />
<br />
Na sua vez, Jane e Charles se acomodaram em uma das cadeiras e esperaram a musica começar. O Dj colocou uma música com batida latina e o brinquedo começou. Os dois cantavam a animados e sacudiam os braços conforme o brinquedo se mexia. Riam muito e catavam cada vez mais alto a musica que tocava. <br />
<br />
Desceram rindo muito. Caminharam até o outro lado do parque, onde a roda gigante estava montada. No meio do caminho, um grande urso de pelúcia, branco como a neve e fofo chamou a atenção de Jane. <br />
<br />
<a href="http://www.cafenobre.com.br/urso_17.jpg%20/%20_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.cafenobre.com.br/urso_17.jpg</span></a><br />
( o Urso <!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
style='width:10.5pt;height:10.5pt'> <v:imagedata src="file:///C:\Users\kkk\AppData\Local\Temp\msohtml1\01\clip_image001.gif"
o:title=""/> </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><img border="0" height="14" src="file:///C:/Users/kkk/AppData/Local/Temp/msohtml1/01/clip_image001.gif" v:shapes="_x0000_i1026" width="14" /><!--[endif]-->)<br />
<br />
Charles acompanhou o olhar de Jane e viu o motivo do brilho em seus olhos. Puxou-a pela mão até a barraca onde o urso era o premio. <br />
<br />
- Vou te dar o Urso Jane! – Charles falou sorrindo.<br />
<br />
- Ah, não é necessário. – Jane respondeu lisonjeada.<br />
<br />
- Claro que é! Você o quer, e eu vou te dar. – ele falou sorrindo. – e nem adianta discutir! – completou ao ver que Jane abria a boca para responder.<br />
<br />
Charles se aproximou do homem que trabalhava na barraca e perguntou como ganharia o urso. O homem sorriu de lado e explicou com um tom arrogante que ele deveria acertar sete dos dez tiros em um pato de madeira que andava de um lado ao outro. <br />
<br />
- Esse usrso está ai há dez anos... ninguém nunca conseguiu. <br />
<br />
O homem completou olhando arrogante para Charles que simplesmente depositou o dinheiro em cima da mesa e pegou a espingarda de chumbinho que o homem lhe ofereceu. <br />
<br />
- Vai ser moleza.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Charles murmurou de modo que só ele pode ouvir. Ajustou a arma e mirou cuidadosamente em um dos patos. Puxou o gatilho e atirou. Acertou o primeiro pato. Não deixou se abalar pelo rosnado que o homem deixou escapar. Mirou novamente em um outro pato e atirou. Acertou novamente. <br />
<br />
Foi assim com todos os sete patos que Charles deveria derrubar, e com mais os outros três que derrubou só para ensinar o homem que lhe atendera a não subestimar os outros. <br />
<br />
- Aqui está! – o homem falou quase que com um rosnado. <br />
- Muito obrigado. – Charles pegou o urso e entregou a Jane, que sorria de orelha a orelha. – Pra você! <br />
<br />
- Muito obrigada. Realmente não precisava. – ela falou abraçando o urso. <br />
<br />
- Mas eu quis. – Charles respondeu voltando a segurá-la pela mão e seguindo até a roda gigante. <br />
<br />
Entraram na pequena fila e esperaram que uma das cadeiras vagasse, o que não demorou muito a acontecer. Entregaram os bilhetes a menina que os estava acomodando e esperaram que a roda recomeçasse a rodar. <br />
<br />
Com um leve solavanco, a roda começou a rodar. A vista era linda dali de cima. Podia-se ver uma boa parte das casas Londrinas, e milhares de pontinhos luminosos ao longe. <br />
<br />
- Daqui de cima Londres parece tão pequena. – Jane comentou sentindo a brisa soprar-lhe os cabelos.<br />
<br />
- Daqui de cima, tudo parece pequeno. – Charles comentou divertido. – os carros parecem formigas, e os prédios... os prédio parecem pequenas arvores de metal. – completou rindo. <br />
<br />
- E o lago ali adiante seria uma grande poça de água? – Jane perguntou sorrindo. <br />
<br />
- Talvez. – Charles ponderou olhando. – e nós seriamos o que? – ele perguntou encarando Jane, que ficava levemente corada por causa do vento. <br />
<br />
- Eu não sei...<br />
<br />
Ela respondeu. A roda parou de andar exatamente no momento que passavam no ponto mais alto que poderiam alcançar. Charles continuou olhando-a encantado com toda a beleza de Jane.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Uma pena veio voando sabe-se lá de onde, e Jane a seguiu com um olhar enquanto ria. A brisa que levava a pena parou de soprar e ela caiu devagar sobre o nariz de Jane, que balançou o rosto e começou a rir. <br />
<span style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;">( N/a: deu pra entender o que eu queria dizer? A penas estava voando e caiu no nariz de Jane, se equilibrando ok?)</span></span> <br />
<br />
- Você com certeza seria um anjo. <br />
<br />
Charles falou enquanto olhava a cena hipnotizado pela criatura angelical que estava ao seu lado. Jane tirou a pena do nariz e a segurou, virando-se para Charles. Sem saber como, sorriu e sentiu sua face ruborizar. Charles se aproximou mais, lentamente, enquanto fixava o olhar nos olhos de Jane.<br />
<br />
Como se fosse empurrada por uma força invisível, Jane se aproximou mais ainda de Charles, vencendo a distancia que mantinham seus lábios separados. <br />
<br />
Beijaram-se primeiramente de um modo delicado, experimentando a textura dos lábios um do outro. Vendo que nenhum dos dois ofereceria resistência, aprofundaram o beijo, explorando cada canto da boca um do outro. <br />
<br />
Separaram-se com um outro solavanco da roda gigante, que recomeçou a girar. Jane abaixou o olhar sem saber o que dizer, e Charles a abraçou. <br />
<br />
Resolveram sair da roda e voltar para casa. Já estava ficando tarde. Desceram e seguiram de mãos dadas até o carro. <br />
<br />
Jane estremeceu um pouco por causa do frio e amaldiçoou-se por ter deixado o casaco no carro. Charles percebendo o leve arrepio que ela teve, despiu seu casaco e colocou-o sobre os ombros nus de Jane, que sorriu em agradecimento mudo e apertou-o contra si. <br />
<br />
Entraram no carro e seguiram conversando sobre os lugares que conheceram. Charles parou em frente a portaria e abriu a porta para Jane. <br />
<br />
Despediram-se com um beijo singelo e Jane subiu sonhadora para seu apartamento. Viu Charles partir pela janela de seu quarto e começou a despir-se para tomar um banho. Reparou que ainda estava com o casaco de Charles e sorriu. O cheiro dele era muito bom...</span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-53776115014650361112010-11-15T15:54:00.000-02:002010-11-15T15:54:45.826-02:00Capítulo XVICapítulo XVI<br />
Depois das primeiras aulas da parte da manhã, Lizzy vestiu um short por cima do collant e foi até um barzinho comer alguma coisa. Não encontrara Isabel, e imaginou que ela deveria estar aproveitando o tempo livre par namorar um pouco, por isso se assustou ao sentir uma mão suave pousar em seus ombros e o rosto de Isabel a estar fitando com um sorriso.<br />
<br />
- Que cara sonhadora é essa senhorita Bennet?<br />
<br />
Bel perguntou enquanto puxava uma cadeira e se sentava com Lizzy.<br />
<br />
- Eu estava imaginando por onde você andaria sua namoradeira! E imaginei que era com Thomas... e por esse sorriso “eu tenho trinta e dois dentes bem branquinhos igual a propaganda de pasta de dentes” vejo que eu estava certa.<br />
<br />
Isabel riu e pediu ao garçom um copo d’água. Ficaram no bar conversando por mais alguns minutos e comeram alguma coisa.<br />
<br />
Lizzy voltou do intervalo entre as aulas acompanhada por Isabel. Fizeram as outras aulas em meio a momentos de descontração e completa atenção. Isabel teria que sair mais cedo do que o normal para ensaiar com Thomas, já que os testes estavam a caminho e os nervos aflorando na pele. Nunca imaginaram que os testes fossem criar tantas expectativas entre os alunos.<br />
<br />
Ao final do dia, quando o vestiário já se encontrava deserto, Lizzy trocou maus uma vez a roupa, vestindo o vestido preto que usara na noite anterior. Prendeu os longos cabelos negros em um coque bem firme no alto da cabeça e calçou o sapato de dança.<br />
<br />
Quando alcançou os corredores, alguns violinistas tocavam uma peça melancólica, provavelmente ensaiando para os seus próprios testes, e uns pintores retardatários deixavam suas salas com pinceis e tintas a tiracolo.<br />
<br />
Subiu as escadarias de mármore o mais discretamente que pode até o andar das salas de dança e encontrou a sua sala em meio à penumbra do andar. Adentrou a sala guiada apenas pela luz da lua que se infiltrava através das grandes vitrais da janela.<br />
<br />
Seu coração deu um salto ao ouvir uma voz forte e retumbante chamar por ela de dentro das sombras.<br />
<br />
- Sr Darcy!<br />
<br />
Exclamou Lizzy levando uma das mãos ao peito enquanto respirava fundo para se acalmar. (N/A: ela ta assim e ainda nem viu ele... rsrsrsr).<br />
<br />
Darcy saiu das sombras onde permanecia e revelou-se com um sorriso que em seu semblante possuía efeito devastador. (N/A: agora ela pode perder o fôlego rsrsrsr).<br />
<br />
Os olhos, que já eram de um azul intenso, sob a luz pálida da Lua pareciam adquirir um brilho novo, que lhe dava um ar tão digno que Lizzy desviou os olhos momentaneamente, mas sem conseguir romper o contato por muito mais tempo.<br />
<br />
O cabelo que possuía um tom castanho tão brilhoso estava completamente arrumado, sem sequer um fio de cabelo em desalinho, o que fez Lizzy morder os lábios inconscientemente, a fim de reprimir um impulso descomunal de avançar até Darcy e enterrar suas mãos naqueles cabelos e bagunçá-los ela mesma.<br />
<br />
Darcy usavam uma blusa e uma calça social como Lizzy recomendara na ultima noite, o que acentuava ainda mais o porte elegante que lhe era cabido por natureza.<br />
<br />
- Por que não acendeu as luzes?<br />
<br />
Ela perguntou tentando se controlar e desviar a atenção da figura tentadora que era Darcy ali parado iluminado apenas pela luz da Lua. Apoiou a bolsa em um banco e colocou o cd com a música no aparelho de som.<br />
<br />
- Porque sei que você gosta de dançar a luz da lua. E devo admitir que ficas tão bela iluminada pela luz do luar que achei um crime privá-la de tal hábito.<br />
<br />
Ele respondeu sorrindo e desejando intimamente poder ser ao menos por uns instantes a luz da Lua e tocar a pele alva de Lizzy. Lizzy agradeceu intimamente pela penumbra, pois havia corado com o comentário de Darcy, e juraria estar mais corada que um tomate.<br />
<br />
- Fico lisonjeada pela sua consideração.<br />
<br />
Ela respondeu tentando afastar alguns pensamentos de sua cabeça e foi o que conseguiu responder sem que parecesse extremamente tola. Lizzy ligou a musica forçando sua mente a se voltar para o trabalho e fizeram um pequeno alongamento a fim de evitar uma distenção muscular.<br />
<br />
- Agora vamos a nossa pequena coreografia.<br />
<br />
Lizzy anunciou enquanto mudava a música e se preparava psicologicamente para estar tão perto de Darcy. Darcy dobrou a manga de sua camisa e fechou os olhos tentando recordar a coreografia que secretamente treinara durante o dia.<br />
<br />
As primeiras notas soaram ao mesmo tempo em que as mãos de Darcy deslizavam suavemente pelas costas de Lizzy até encontrar a posição em que deveriam estar. Um arrepio tomou conta de Lizzy quando ela sentiu aquelas mãos fortes de encontro a sua pele. Ele perdera um pouco da vergonha em relação ao toque, que agora estava mais firme e seguro.(N/A: que chato...)<br />
<br />
Mas a proximidade ainda era um pequeno problema. Ele ainda se mantinha muito afastado para um tango. Para uma valsa, estaria perfeito.<br />
<br />
Lizzy, assumindo um tom profissional enquanto acalmava seus hormônios, pediu para que Darcy se aproximasse mais. Levemente embaraçado Darcy acomodou-se mais junto a Lizzy. Ela fez a contagem e começaram com os movimentos.<br />
<br />
Depois de passada duas vezes a coreografia, Lizzy deu-se por satisfeita e começou a ensinar os primeiros passos da coreografia que apresentariam.<br />
<br />
- Nesse giro, preciso que você deslize a mão esquerda pela minha coxa para me dar apoio para a jogada de corpo que eu tenho que fazer.<br />
<br />
Lizzy explicou enquanto fazia o movimento sendo amparada por Darcy, que deslizou a mão o mais respeitosamente que pode em direção a coxa de Lizzy. Ao alcançar o local onde deveria manter a mão, pode sentir um pequeno choque ao sentir que sua mão tocava diretamente na pele nua da coxa de Lizzy, graças a uma fenda lateral do vestido. (N/A: Que perigo...}.<br />
<br />
Começou com um pequeno formigamento, mas quanto mais tempo Darcy permanecia com a mão pousada naquele local perigoso, mais a sensação de que sua perna ardia e implorava para que continuassem com o passeio se apossava dela.<br />
<br />
Lizzy esteve a um milímetro de jogar o juízo ao vento e beijar Darcy, mas a razão falou mais alto e tratou de finalizar o giro.<br />
<br />
Vendo que agora já avançavam pela noite, Lizzy deu o ensaio por encerrado e constatou, feliz, que pelo menos um de seus desejos pode ser realizado essa noite: o cabelo de Darcy, outrora tão alinhado, estava completamente bagunçado e apontava rebelde para as mais diversas direções.<br />
<br />
Lizzy realmente não sabia o que estava acontecendo com ela. Aquela vontade descomunal de simplesmente beijar Darcy, e deixar que ele a tocasse não era normal. Já dançara tantas vezes com os mais diversos tipos de homens, que ela tinha que admitir, eram lindos. Mas por que essa sensação só a assaltava quando dançava com Darcy?<br />
<div><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-10281760002490160442010-11-14T21:17:00.004-02:002010-11-14T21:24:54.772-02:00Capítulo XVCapítulo XV<br />
No dia seguinte Lizzy seguiu com Jane para academia enquanto narrava o ensaio para a irmã.<br />
<br />
- E você acha que ele possa aprender a coreografia em tão pouco tempo?<br />
<br />
Jane perguntou enquanto olhava pelo retrovisor o carro que vinha muito próximo a elas.<br />
<br />
- Acho sim... ele pode parecer meio travado... mas aprende rápido.<br />
<br />
Lizzy falou animada e transparecendo toda a sua animação com a nova coreografia que imaginava para eles.<br />
<br />
- E seu projeto... como anda?<br />
<br />
Perguntou enquanto procurava na bolsa os cds para os ensaios de logo mais à noite. Novamente dera-se o luxo de não treinar pela manhã.<br />
<br />
- Está pronto Lizzy. E ele está tão bonito. Charles me deu umas idéias muito boas.<br />
<br />
Lizzy parou de procurar o cd e encarou a irmã que ficara ligeiramente corada com a menção de Charles.<br />
<br />
- Charles? O mesmo Charles que monopolizou sua companhia no baile?<br />
<br />
Lizzy perguntou arqueando uma das sobrancelhas. Jane pareceu corar mais ainda e mexeu-se um pouco desconfortável no banco.<br />
<br />
- É... ele entrou na nossa turma de pinturas. Eu não te falei?<br />
<br />
Ela respondeu tentando parecer natural. Lizzy anuviou a expressão e começou a rir da timidez da irmã.<br />
<br />
- Por que você não me contou?<br />
<br />
Lizzy perguntou com uma pontada de magoa.<br />
<br />
- Eu realmente me esqueci Lizzy... E pouco nos vemos esse dia.<br />
<br />
Jane respondeu sincera. Lizzy, percebendo como a irmã estava um pouco desconfortável com a situação, mudou de assunto e continuaram conversando amenidades até chegarem ao estacionamento da academia.<br />
<br />
**********************************<br />
<br />
- Quero que vocês formem duplas!<br />
<br />
A voz de Antony soou alta pela sala de aula. As alunas logo formaram seus pares, prontas para começas e nova atividade. Lizzy, é claro, formou par com Isabel. Caroline, que não parava de lançar constantes olhares de reprovação para as outras alunas, formou par com uma menina chamada Louise, que chegava a ser tão esnobe quanto ela.<br />
<br />
- O exercício é o seguinte: vocês deverão escolher uma pessoa para guiar os movimentos e a outra terá que imitar.<br />
<br />
Ele falou fazendo quase uma pausa teatral, esperando ver a reação da turma, que continuou o encarando em silencio.<br />
<br />
- Vocês deverão fazer os movimentos no ritmo da musica que eu selecionar e o outro deverá copiá-los. Podem começar!<br />
<br />
Ele falou enquanto ligava o som e uma musica alta e clara começou a soar na sala.<br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=Ae68NB-mOe4<br />
(Enya- Caribean Blue)<br />
<br />
A música era calma, e dava a sensação de ser transferida para um lugar calmo, onde o tempo parece não passar e o Sol acaricia a pele com seus raios.<br />
<br />
Isabel começou fazendo movimentos leves, tocando a pele como se sentisse uma brisa fresca passar por ela. Fechou os olhos e simplesmente deixou seu corpo dançar ao som da música.<br />
<br />
Lizzy a acompanhava sorrindo. Os movimentos eram tão leves, e expressavam tudo o que Isabel parecia sentir ao ouvi-la.<br />
<br />
Quando a música acabou, Isabel abriu os olhos parecendo extasiada. Antony estava parado ao lado delas, com os lábios crispados e as mãos fechadas. Lizzy riu e dirigiu-se ao banco para beber um pouco da água que trazia em sua garrafinha.<br />
<br />
A aula seguiu tranqüila sem muitos ocorridos dignos de relato. Lizzy fez seus movimentos ao som deu uma música mais agitada e Isabel a acompanhou muito bem.<br />
<br />
******************************************<br />
<br />
Jane despediu-se da irmã quando alcançaram os armários e seguiu carregando sua pequena maleta de tintas para a aula de pinturas em cerâmica. Chegou na sala e a pequena e simpática professora Lia já se encontrava sentada em sua mesa, separando alguns desenhos que provavelmente usariam na aula.<br />
<br />
- Boa dia! – Jane cumprimentou sorrindo.<br />
<br />
- Boa dia senhorita Bennet!<br />
<br />
Ela respondeu lançando um olhar bondoso a jovem e voltando a se concentrar nos desenhos. Jane se acomodou na sua bancada que ficava bem próxima a mesa da professora e começou a arrumar suas tintas em um disposição de tons sobre a mesa.<br />
<br />
Poucos minutos depois os alunos começaram a chegar enquanto conversavam animadamente. Jane cumprimentou a todos com um sorriso, que foi alargado quando viu Charles Bingley adentrar a sala e sentar-se na mesma bancada que ela, justamente ao seu lado.<br />
<br />
Antes que pudessem trocar mais que monossílabos, a professora levantou-se de sua confortável cadeira e começou a explicar como seria o trabalho.<br />
<br />
A turma se levantou e dirigiu-se para o pequeno armário ao fundo da sala, onde havia uns vasinhos feitos de cerâmica. Jane escolheu o seu, um pequeno e quadrado, e voltou para a mesa, acompanhada de Charles.<br />
<br />
- Jane? – Jane se virou e encarou Charles sorrindo. – Quer almoçar comigo?<br />
<br />
- Eu adoraria. – ela respondeu corando e voltando-se para o seu vaso.<br />
<br />
**************************************<br />
<br />
- Você viu aquela flor que a professora pintou no próprio vaso?<br />
<br />
Jane perguntou animada enquanto saia juntamente com Charles para o pátio da academia. Iriam andando até um pequeno restaurante no final da rua.<br />
<br />
- Claro que vi! Estava perfeita! Mas a sua ainda era mais bonita!<br />
<br />
Ele respondeu fazendo Jane corar.<br />
<br />
- Você que é muito gentil!<br />
<br />
Ela respondeu desviando o olhar e sorrindo timidamente para Charles.<br />
<br />
- E mais um capítulo de Jane e sua modéstia começou!<br />
<br />
Ele respondeu divertido e Jane começou a rir.<br />
<br />
- Até tu Brutus? – ela falou ainda rindo. – Minha irmã fala a mesma coisa. – completou sorrindo.<br />
<br />
- O que significa que eu estou certo! – ela falou dando o assunto como encerrado.<br />
<br />
Andaram admirando a pequena paisagem do parque próximo a rua e chegaram ao restaurante. Acomodaram-se em uma mesa aos fundos do restaurante e pediram um suco de laranja para acompanhar a salada com um molho da casa que pediram como refeição.<br />
<br />
- Eu não esperava me divertir tanto por aqui!<br />
<br />
Charles falou sorrindo. Jane se arrumou na cadeira e sorriu, quase não contendo a sua curiosidade.<br />
<br />
- O que o trouxe para cá? – ela perguntou em voz baixa.<br />
<br />
- Meu amigo! – ele respondeu sorrindo – Darcy e eu somos os donos da academia... e ele quis muito vir conhecer a academia... até então estudávamos na filial dos Estados Unidos.<br />
<br />
- E vocês vão ficar por um tempo? – Jane perguntou corando ainda mais.<br />
<br />
- Eu espero que sim. Aqui é muito agradável... e posso desfrutar da sua academia!<br />
<br />
Jane foi salva de corar furiosamente quando o garçom chegou trazendo o almoço dos dois. Depois disso o assunto se desviou e ficaram conversando apenas amenidades, e Charles fez Jane prometer que o levaria aos pontos turísticos de Londres.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-25048220651654121742010-11-02T20:20:00.000-02:002010-11-02T20:20:56.167-02:00Capítulo XIV- No Caminho da DançaLizzy subiu para o seu apartamento com um sorriso bobo brincando em seus lábios. Adentrou a sala ainda sorrindo e encostou a porta. A sala estava na maior penumbra e Lizzy assustou-se ao ver a luz do abajur acender e Jane encará-la séria.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Onde você estava até uma hora dessas?<br />
<br />
<br />
<br />
Perguntou bancando a senhor Bennet. Lizzy sorriu com o carinho da irmã e sentou-se ao seu lado, abraçando-a. <br />
<br />
<br />
<br />
- Desculpe-me Jane. Mas eu estava desesperada.<br />
<br />
<br />
<br />
Sussurrou para a irmã que a abraçou e passou-lhe um pequeno sermão de irmã mais velha e preparou um jantar rápido para a irmã.<br />
<br />
<br />
<br />
- Soube que Oliver não poderá dançar... <br />
<br />
<br />
<br />
Jane falou em tom solidário. Lizzy sorriu.<br />
<br />
<br />
<br />
- Não... ele não vai...<br />
<br />
<br />
<br />
- Então por que você está com esse sorriso bobo na cara?<br />
<br />
<br />
<br />
Jane perguntou desconfiada. Lizzy começou a narrar tudo que havia acontecido em seu encontro com Darcy e Jane cada vez mais ficava admirada.<br />
<br />
<br />
<br />
- Eu não acredito que ele vá dançar com você! <br />
<br />
<br />
<br />
Jane falou ainda boquiaberta. <br />
<br />
<br />
<br />
- Para falar a verdade nem eu mesma acredito. Eu sugeri isso como uma brincadeira... mas parece que ele levou a sério! <br />
<br />
<br />
<br />
- E como será que o povo da escola irá reagir a isso?<br />
<br />
<br />
<br />
Jane perguntou, tocando em um assunto em que Lizzy ainda não havia pensado. Se ela ganhasse um papel na peça, dançando com Darcy, poderiam achar que não foi devido ao seu próprio sucesso... e sim a influencia que ela possuía lá dentro.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
- Eu não havia pensado nisso Jane.<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy responde começando a se preocupar com o assunto. Teriam que tomar cuidado.<br />
<br />
<br />
<br />
- Bem, acho que você está cansada e tem que dormir. <br />
<br />
<br />
<br />
Jane falou em tom autoritário. Lizzy caminhou para o quarto obediente e tomou um banho antes de deitar na cama e adormecer, pensando em um belo par de olhos azuis e seu dono.<br />
<br />
<br />
<br />
************************<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy permitiu-se não ensaiar na manhã seguinte, e seguiu bem disposta para a escola, encontrando Isabel no meio do caminho. <br />
<br />
<br />
<br />
- E ai amiga? Como você está?<br />
<br />
<br />
<br />
Bel perguntou em tom solidário, enquanto procurava no rosto de sua amiga sinais de tristeza como lágrimas secas e olheiras. Lizzy narrou-lhe todo o acontecido enquanto via um sorriso se estampar nos lábios da amiga.<br />
<br />
<br />
<br />
-Eu não acredito! Você tem um dia de cão, fica desesperada e acaba sendo consolada por esse Deus maravilhoso e ainda o ganha como par para o teste! Por que eu não tenho uma sorte destas?<br />
<br />
<br />
<br />
Ela fala fazendo drama e fazendo Lizzy rir. Chegaram à sala e tiveram a aula normalmente, com os passos desengonçados de Caroline, os comentários de Lyra e muitas risadas para alguém que em menos de vinte e quatro horas estava a beira de um ataque. <br />
<br />
<br />
<br />
*****************************<br />
<br />
Ao final da aula, Lizzy se despediu de Isabel e seguiu para o vestiário para trocar de roupa.<br />
<br />
<br />
<br />
Prendeu o cabelo em um coque e pos o vestido que usava para ensaiar. Calçou seus sapatos de dança e seguiu para a sala. Passou um pouco de breu no solado e no chão. <br />
<br />
<br />
<br />
Colocou a música no som e começou a bolar uma nova coreografia para sua dança. <br />
<br />
<br />
<br />
Poucos minutos depois, Lizzy vê a porta se abrindo e abre um sorriso ao ver Darcy entrando pela porta.<br />
<br />
<br />
<br />
Ele estava realmente bonito. A blusa social branca que usava estava com os dois primeiros botões abertos, revelando uma parte do peitoral másculo de Darcy. A manga estava dobrada até a altura do cotovelo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ele usava uma calça social básica. Seu cabelo estava um pouco bagunçado e seus olhos brilhavam tão intensamente que pareciam duas pérolas reluzentes. <br />
<br />
<br />
<br />
Sorria, um sorriso tão estonteante que as pernas de Lizzy fraquejaram.<br />
<br />
<br />
<br />
- Você realmente veio!<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy falou pensando que aquele homem deveria ser uma miragem. ( N/A: diga-se de passagem, uma bela miragem).<br />
<br />
<br />
<br />
- É claro! Pensou que eu a deixaria esperando?<br />
<br />
<br />
<br />
A voz dele soou grave e retumbante. Lizzy sorriu e se aproximou.<br />
<br />
<br />
<br />
- Não duvidei. – <br />
<br />
<br />
<br />
Ela respondeu sorrindo. Darcy deu uma olhada pela sala vazia, que como sempre estava com todas as luzes apagadas sendo iluminada simplismente pela luz da lua que invadia a sala pelo grande vitral.<br />
<br />
<br />
<br />
- Você sempre dança no escuro? – ele perguntou<br />
<br />
<br />
<br />
-Na maioria das vezes sim... eu fico mais inspirada.Agora, vamos começar?<br />
<br />
<br />
<br />
- Claro. Eu mal posso esperar pelas minhas aulas.<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy riu e desligou a música que ainda tocava.<br />
<br />
<br />
<br />
- O que você sabe sobre o tango*?<br />
<br />
<br />
<br />
Ela perguntou enquanto encarava Darcy, agora assumindo um ar mais profissional. <br />
<br />
<br />
<br />
- Que se dança a dois e que é muito lindo na Argentina. <br />
<br />
<br />
<br />
Ele respondeu sendo sincero. Lizzy deu uma risada.<br />
<br />
<br />
<br />
- Deixe-me falar um pouco sobre o tango. O tango é uma dança sensual, que exige movimentos firmes. Os bailarinos devem estar sempre próximos, e os movimentos exigem sensualidade. È uma dança da carne, do desejo. É um diálogo novo, a sedução feita em movimentos, o ir e vir, o encontro de dois mundos. Pode parecer uma dança fácil... mas não é. Ela exige confiança no parceiro, por causa das piruetas e jogo de copo realizado. E eu confio em você!<br />
<br />
<br />
<br />
Ela explicou para Darcy, que estava completamente concentrado. Lizzy se aproximou dele e ajeitou seus braços em sua cintura. <br />
<br />
<br />
<br />
- Não tenha medo de me tocar. O tango exige o toque. Suas mãos terão que correr pelo meu corpo seja para realizar um movimento, seja para me segurar. Então não tenha medo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Darcy a obedeceu e ajeitou delicadamente suas mãos nas costas de Lizzy, que estavam nuas devido ao decote longo do vestido. <br />
<br />
<br />
<br />
- Melhor assim?<br />
<br />
<br />
<br />
Ele perguntou sorrindo. Lizzy fez um meneio de cabeça.<br />
<br />
<br />
<br />
- Vou fazer pequenos movimentos. Tente me acompanhar. Não se importe de... desculpe mas não acho outro meio de dizer, não tenha medo de roçar a sua perna na minha. <br />
<br />
<br />
<br />
Vendo que Darcy não parecia muito confortável, Lizzy tentou amenizar a situação. <br />
<br />
<br />
<br />
- Não se preocupe, não irei denunciá-lo por abuso. E se fosse o caso, eu seria mais culpada que você!<br />
<br />
<br />
<br />
Ela tentou amenizar enquanto falava sorrindo. Darcy deu uma gargalhada e sentiu-se mais confortável. Lizzy começou a dar pequenos passos, que eram o básico do tango. Depois de alguns minutos ensaiando as passadas, Lizzy ensinou uma pequena coreografia como aprendizado de movimentos.<br />
<br />
<br />
<br />
- Agora quero ver se consegue fazer a coreografia com a minha parte também. <br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy falou se aproximando de Darcy e arrumando suas mãos nas costas de Darcy, movimento que ele imitou.<br />
<br />
<br />
<br />
- Não fale, apenas sinta a música e deixe que ela guie seus movimentos. Não pense, aja com o coração.<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy falou antes da musica começar.<br />
<br />
<br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=bibtqDxXv1o<br />
<br />
(esse é mais ou menos o ensaio que tiveram)<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ao final do ensaio, ambos estavam cansados, mas contentes com o avanço que tiveram. O cabelo de Lizzy, antes perfeitamente preso em um coque no alto de sua cabeça, estava bagunçado por causa das inúmeras marcações com cabeça e piruetas. Pequenas gotas de suor nasciam em suas temporas.<br />
<br />
<br />
<br />
O estado de Darcy não era tão diferente. A camisa agora estava com três botões abertos e o cabelo estava ligeiramente bagunçado por causa das mãos de Lizzy que passearam por essa área.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy andou até o banco onde suas coisas estavam apoiadas e pegou sua garrafa de água, dando um generoso gole. Consultou a hora em seu celular que antes estava desligado. <br />
<br />
<br />
<br />
- Acho melhor encerrarmos por hoje. Já está tarde... se eu demorar é capaz de Jane chamar a polícia britânica toda!<br />
<br />
<br />
<br />
Os dois riram e seguiram conversando sobre amenidades até a entrada da academia. <br />
<br />
<br />
<br />
- Se quizer uma carona...<br />
<br />
<br />
<br />
Darcy ofereceu já com as chaves de seu carro em mãos e apontando para o carro estacionado a poucos metros. <br />
<br />
<br />
<br />
- É muito gentil, mas hoje estou com meu carro.<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy respondeu sorrindo. Darcy pareceu desapontado mais sorriu.<br />
<br />
<br />
<br />
- E quando ensaiaremos de novo?<br />
<br />
<br />
<br />
Ele perguntou.<br />
<br />
<br />
<br />
- amanha...no mesmo horário. Pode ser?<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy perguntou enquanto remexia na bolsa a procura de suas chaves do carro. <br />
<br />
<br />
<br />
- Claro.<br />
<br />
<br />
<br />
Darcy respondeu enquanto caminhavam até o loca onde os carros estavam estacionados. Despediram-se cordialmente e foram para seus respectivos carros. Quando Will estava pronto para dar a partida em seu carro, ouviu Elizabeth chamando-o em seu próprio carro.<br />
<br />
<br />
<br />
- Darcy...será que poderíamos manter nossa dupla em segredo? Eu não gostaria que as pessoas ficassem falando sabe... sobre você ser o dono...<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy pediu completamente envergonhada. Darcy sorriu compreensivo e afirmou que manteria os ensaios em completo sigilo até o dia dos testes. Lizzy sorriu agradecida e seguiram para suas respectivas casas.<br />
<br />
<br />
<br />
************************<br />
<br />
Lizzy chegou em casa e encontrou a sala vazia. Todos já deveriam estar dormindo. Foi para cozinhar beber um copo de leite e foi até o quarto. Tomou um banho relaxante e deitou na cama, divagando sobre sua noite.<br />
<br />
<br />
<br />
Dançar com Darcy fora maravilhoso, e ele era um aluno atento e esforçado. Ouviu todos os seus conselhos com boa vontade sem achar que era superior, mesmo sendo o dono da academia.<br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy deu uma pequena risada ao lembrar de como ele se sentia tímido em segurá-la próxima a ele e como ele evitava segurá-la com muita força. <br />
<br />
<br />
<br />
“ Ele vai se acostumar com o tempo!” <br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy falou divertida lembrando-se da primeira vez que dançara tango com alguém. Não fora fácil segurar seus parceiro tão intimamente.<br />
<br />
<br />
<br />
E foi pensando nisso que se lembrou do toque dele em suas costas nuas. Seu toque era incrível, e o choque de pele com pele era maravilhoso. A mãos deles eram tão suaves, e firmes, passavam-na uma sensação de segurança maravilhosa. <br />
<br />
<br />
<br />
Agora se lembrando de como ficavam perto, pode sentir seu perfume, mesmo estando longe dele. Era um aroma único. E lembrou-se de seus sorriso e brilho dos seus intensos olhos azuis. De seu modo seguro de agir e pelo carinho que ele demonstrava ter por ela. <br />
<br />
<br />
<br />
“ Senhorita Bennet, você está correndo sério perigo!” <br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy pensou antes de se acomodar na cama e cair em um sono relaxante. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
******************************Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-69947662844710823442010-10-24T19:36:00.002-02:002010-10-24T19:36:45.943-02:00Cap. 13- no caminho da dançaOs ensaios de Lizzy, tanto os com Oliver, tanto os solo, progrediram no último mês que passou e Lizzy ficava cada vez mais nervosa com a aproximação dos testes para o evento. <br />
<br />
<br />
Jane, depois de muita insistência de Lizzy e um empurrãozinho dado pela professora de pintura, finalmente concordara em participar e seu projeto para o cenário já estava praticamente pronto. <br />
<br />
Agora faltava apenas uma semana para os testes e era segunda-feira. Lizzy já havia chegado na academia e esperava por Oliver na sala em que ensaiariam. <br />
<br />
“Onde Oliver se meteu? Ele está atrasado!” <br />
<br />
Lizzy pensava impaciente enquanto andava de um lado para o outro. Era incrível como ainda não havia um grande buraco no chão e Lizzy dentro dele. <br />
<br />
Finalmente ouviu passos no assoalho e virou-se para ver a quem pertenciam. Era Oliver, que carregava no semblante uma expressão não muito boa. <br />
<br />
- Oliver! O que aconteceu? Por que essa cara?<br />
<br />
Lizzy entrou em pânico ao ver o semblante triste do amigo e quão triste era o seu olhar. <br />
<br />
- Elizabeth, eu nem sei como vou te dizer isso. Eu sei quanto este teste é importante pra você. Mas eu não poderei participar do teste. <br />
<br />
Lizzy apoiou-se na pilastra ao sentir suas pernas fraquejarem sob seu peso. <br />
<br />
“Oliver não poderá dançar? Mas como eu farei o teste?” <br />
<br />
Lizzy pensava ainda atordoada com a notícia. <br />
<br />
- Mas o que aconteceu com você? <br />
<br />
<br />
<br />
Lizzy perguntou ainda atordoada e a beira de um ataque de nervos, que ela controlava com muito custo. <br />
<br />
- Lembra daquele problema com o rim do meu irmão? Agora a operação está inadiável. Ele terá que fazer cirurgia e eu.. vou doar um dos meus rins. A operação será amanhã, e eu não poderei dançar durante um mês. <br />
<br />
Lizzy abraçou Oliver. Estava realmente triste, mas era por um bom motivo e além do mais ela poderia tentar uma vaga com a sua coreografia solo. <br />
<br />
Lizzy acompanhou Oliver até a entrada e despediu-se. Voltou para dentro da sala e treinou sua coreografia solo como nunca antes havia treinado. <br />
<br />
<br />
***********************************<br />
<br />
Isabel chegou a academia e encontrou Lizzy ainda treinando na sala. <br />
<br />
<br />
<br />
- Ei, cadê o Oliver? <br />
<br />
Bel perguntou sorrindo para a amiga, que pareceu nem ter notado sua presença na mesma sala que ela. Então sentou no banco e esperou que a coreografia acabasse. <br />
<br />
- Vai me dar atenção agora, ou vou ter que pegar senha? <br />
<br />
Isabel perguntou ainda bem humorada. Lizzy tentou sorrir, mas apenas abraçou a amiga e murmurou:<br />
<br />
- O Oliver não vai poder dançar.<br />
<br />
E não deixou que Isabel falasse nada. Reiniciou a música e voltou a dançar. <br />
<br />
- A aula já vai começar. Você não vem?<br />
<br />
Bel perguntou enquanto saía da sala. Como não houve resposta, fechou a porta e foi para a aula. <br />
<br />
<br />
**************************************<br />
<br />
Durante todo o dia Lizzy parou apenas para almoçar e lanchar alguma coisa no final da tarde. <br />
<br />
Jane e tantas outras pessoas tentaram fazer Lizzy parar e descansar um pouco, mas sem muito sucesso. <br />
<br />
**************************************<br />
<br />
A noite já havia caído sobre Londres, lançando seu manto negro que era quebrado pelas milhares de luzes que iluminavam a cidade e a luz da Lua, que brilhava cheia sobre todos e iluminava a sala em que Lizzy ainda ensaiava.<br />
<br />
<br />
<br />
Era a milésima vez que ela repetia sua coreografia. Seu corpo já não aguentava mais e implorava por algum descanso. Lizzy escorou-se na parede e deixou-se escorregar até o chão e logo em seguida começando a chorar pela primeira vez naquele dia. <br />
<br />
Lizzy não saberia dizer por quanto tempo ficou chorando sentada naquele chão até perceber que alguém se sentara ao seu lado e a abraçava. <br />
<br />
Sem se importar quem era o dono de tão reconfortante abraço, Lizzy apoiou sua cabeça no peito do homem sentado ao seu lado e continuou chorando até achar que já não havia mais lágrimas em seus olhos. <br />
<br />
- Desculpe-me, mas eu não...<br />
<br />
Darcy não deixou que Lizzy continuasse a falar. Pôs a mão delicadamente em seus lábios e voltou a abraçá-la. <br />
<br />
- Você treinou o dia inteiro. Precisa descansar. Vamos tirar essas sapatilhas do pé e assaltar a cozinha daqui da academia. <br />
<br />
Lizzy concordou silenciosamente e levantou-se amparada por Darcy. Sentou-se no banco e tirou as sapatilhas dos pés. Seus pés doíam muito, e não era por pouco. <br />
<br />
Haviam bolhas e feridas por quase todo o pé de Lizzy e só agora ela percebia o quanto elas doíam. <br />
<br />
Estava se sentindo tão frágil, desprotegida... e o abraço daquele homem a fez sentir-se tão reconfortada, segura, como se tudo pudesse ficar bem pela simples presença dele no mesmo lugar que ela. <br />
<br />
- Acho que precisamos de um banho Maria também. <br />
<br />
Darcy falou sorrindo e apontando para os pés de Lizzy. <br />
<br />
- Se eles ficarem assim, como você fará os teste?<br />
<br />
- Boa pergunta.<br />
<br />
Lizzy respondeu com um pequeno sorriso. Levantou-se e acompanhou Darcy até a cozinha, onde ele separou uma bacia e encheu com água quente. Lizzy mergulhou os pés na água e relaxou. <br />
<br />
- Agora me diga, por que você está nesse estado de nervos?<br />
<br />
Darcy perguntou e Lizzy sorriu fraca. <br />
<br />
- Oliver, meu parceiro no teste em dupla, não vai poder dançar semana que vem. Agora só me resta dançar a minha coreografia solo e rezar para que me dêem uma vaga. Vou precisar de um pouco de sorte.<br />
<br />
<br />
<br />
- Eu sinto muito... eu sei o quanto a dança é importante para você. Vi como você ensaiou durante todo esse mês, ensaiava quase que a noite inteira. <br />
<br />
Darcy sorriu um pouco encabulado e Lizzy retribuiu o sorriso. <br />
<br />
- Então eu não estava ficando louca. Havia realmente alguém me fitando todas as noites. E eu não acredito que você viu todos os ataques de loucura que tive durante os ensaios!<br />
<br />
Lizzy falou rindo e Darcy acabou sendo contagiado pela risada dela e riu também. A risada de Darcy pareceu reanimar Lizzy, que se sentia pronta para outra. <br />
<br />
- Sim, eu estive aqui durante todas as noites, assistindo todos os seus ataques e surtos de inspiração. Você fica linda inspirada. <br />
<br />
Estavam perigosamente perto. Darcy enterrou sua mão nos cabelos soltos de Lizzy e a puxou para perto. Como Lizzy não ofereceu resistência, roçou os lábios nos dela, logo depois colou seus lábios nos dela e sentiu uma correnteza de sensações passarem do corpo dela para o seu. Precisava urgentemente sentir mais do gosto dela. Passou a língua entre os lábios de Lizzy que se abriram deliciosamente para que ele aprofundasse o beijo. <br />
<br />
<br />
Era o toque mais prazeroso em toda a sua vida. Os lábios de Lizzy eram tão doces, suaves, totalmente ao contraria dos seus. ( N/A: duvido senhor Darcy! Desculpem, não resisti ao impulso.)<br />
<br />
<br />
<br />
Beijaram-se por um tempo, até que o ronco da barriga de Lizzy soasse alto e claro pela cozinha. Lizzy riu e comentou:<br />
<br />
- Acho que essa não foi a forma mais romântica de ser traga de volta para a terrível realidade. <br />
<br />
Darcy riu e preparou um sanduíche para Lizzy, que ela comeu com duas mordidas.<br />
<br />
- Venha, eu te levo para casa. <br />
<br />
Lizzy tirou o pé da água em que seus pés estavam banhados e calçou seus chinelos. Darcy passou seu braço por seu ombro e caminharam até seu carro. Seguiram para o apartamento em silencio. <br />
<br />
- Eu queria ter um meio de te ajudar...<br />
<br />
Darcy falou enquanto Lizzy saía do carro. <br />
<br />
- Você poderia tentar dançar comigo!<br />
<br />
Lizzy falou divertida, e nem imaginava que Darcy fosse aceitar a proposta.<br />
<br />
- Eu danço. Só você me ensinar!<br />
<br />
Darcy falou sorrindo. <br />
<br />
- É sério?<br />
<br />
Lizzy perguntou entre incrédula e divertida. <br />
<br />
- Sério. Amanhã a noite?<br />
<br />
- Tudo bem. O ritmo é tango. Boa noite. <br />
<br />
Lizzy sorriu, virou-se e entrou na portaria. Com certeza sonharia com um belo par de olhos azuis e sua boca....Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-35831706675584980662010-10-06T21:00:00.000-03:002010-10-06T21:00:34.747-03:00No Caminho da Dança, cap. XIINa manhã seguinte Lizzy acordou cedo e animada para a aula. Chegou na academia, guardou suas coisas no armário e foi correndo encontrar com Isabel, que já a esperava na sala. <br />
<br />
Ficaram conversando por alguns minutos, quando a professora Maila adentrou a sala, sendo seguida por uma nova aluna. Isabel logo a reconheceu como sendo Caroline Bingley. <br />
<br />
Caroline estava usando um top branco que deixava toda a sua barriga seca, e para desgosto de Lizzy, definida a mostra. <br />
<br />
- É lipoaspiração.<br />
<br />
Isabel sussurrou para que só Lizzy ouvisse. Esta teve que abafar o riso com a mão e forçou-se a voltar com um semblante natural e receber a nova aluna. <br />
<br />
Caroline também usava uma calça de malha. Ela andou até os bancos com a postura empinada e deixou sua bolsa afastada das demais. Sorriu desdenhosa para as novas companheiras e dirigiu-se para o centro. <br />
<br />
Lizzy riu do modo afetado que ela se portava e começou a se alongar com a ajuda de Isabel. Maila logo ligou a música e passou uma seqüência de saltos como exercício. <br />
<br />
Formaram uma pequena fila e aos poucos as meninas foram realizando os saltos. Lizzy observou, Caroline via tudo com uma cara de demonstrava todo o seu desgosto, e seus gestos confirmavam que o ultimo lugar que ela desejava estar era ali, mas que por algum bom motivo, ela não tinha escolha. <br />
<br />
Chegou a sua vez e Lizzy realizou os saltos com perfeição e recebendo vários elogios da professora. Caroline a olhava de cima abaixo com todo o desprezo que pode reunir. Lizzy apenas sorriu cínica e lhe deu um tchau debochado ao final da aula.<br />
<br />
************************<br />
<br />
- Você viu como ela fez o último salto? Parecia uma gazela de perna quebrada... <br />
<br />
Isabel ria ao relembrar os últimos saltos de Caroline. Lizzy forçava-se a não falar do modo de como as outras pessoas dançassem, mas concordava interiormente com a amiga. Repreendeu-a entre risos e seguiram para a aula seguinte, onde Caroline já estava com toda a sua pose e afetação.<br />
<br />
********************<br />
<br />
A semana passou rápido e logo era segunda-feira, seu primeiro dia de ensaio. <br />
Lizzy acordou cedo e foi para a academia de ônibus, já que Jane ainda dormia e chegaria um pouco mais tarde. <br />
<br />
Por coincidência, Oliver e Lizzy chegaram ao mesmo tempo e dirigiram-se para a sala vazia que ela havia reservado. Alongaram-se enquanto ouviam a música. Lizzy a adorou, e logo começou a mostrar a Oliver uns passos que havia imaginado e começaram assim a criar a coreografia. <br />
<br />
As horas passaram e eles tiveram que interromper o ensaio. Combinaram de se encontrar novamente no dia seguinte e continuar com a dança. <br />
<br />
****************************<br />
As horas pareciam se arrastar para Lizzy. Ela estava extremamente ansiosa para começar sua coreografia solo e não parava de lançar olhares de soslaio para o relógio.<br />
<br />
Isabel tentava acalmá-la de todas as formas, mas não obtinha muito sucesso. Lizzy estava uma pilha, e quando ela ficava uma pilha, permanecia uma pilha. <br />
<br />
Finalmente o sinal bateu e Lizzy esperou ansiosa que todas esvaziassem a sala. Sala vazia, colocou o cd no aparelho de som e deixou a música rolar enquanto tentava algumas seqüências.<br />
<br />
Amanda <br />
http://www.youtube.com/watch?v=reAIwuc0Qeg&feature=related<br />
(Game of love- Michelle Blanch)<br />
<br />
Começou contando os oitos da música e fazendo passos simples como piruetas* e battement. <br />
<br />
Logo foi incrementando com movimentos de cabeça e braços enquanto adaptava e fazia a contagem. <br />
<br />
O tempo passou rápido e Lizzy nem percebeu quando caiu a noite, não sendo incomodada por causa da luz do luar que entrava pelas grandes janelas de vidro da academia. Deixou assim, a lua sempre que era uma boa fonte de inspiração. <br />
<br />
Lizzy terminou a noite satisfeita com seu trabalho. Conseguiu criar as seqüências iniciais e imaginar basicamente como seriam as próximas. <br />
<br />
Lizzy tirou cuidadosamente o cd do aparelho e guardou na pequena caixinha. Mas parou na metade do caminho ao sentir que a fitavam.<br />
<br />
“ Que idéia Lizzy, você está sozinha aqui... só há o porteiro na entrada... você está imaginando coisas...”<br />
Ela poderia jurar que vira um par de olhos azuis a espiando por detrás de uma coluna da sala. <br />
<br />
Balançou a cabeça para afastar algumas idéias estranhas que lhe vieram à cabeça e olhou de relance pela sala. Vazia como devia estar. Sorriu internamente e saiu da sala, encostando a porta e indo para a casa. <br />
<br />
***************************<br />
Chegou em casa e todas já estavam dormindo. Entrou com passos leves na cozinha, serviu um copo de leite e foi para o quarto dormir e sonhar com um certo par de olhos azuis que insistiam em aparecer em seus sonhos desde aquela noite no baile...<br />
<br />
“ E eu nem sei o telefone dele...e conversamos tanto...”<br />
<br />
Foi a última coisa que Lizzy pensou antes de finalmente cair no sono e descansar sonhando com aqueles olhos azuis e seu dono. <br />
<br />
<br />
***********************************<br />
Pirouette - Rodopiar ou girar rapidamente. Uma volta completa do corpo sobre um pé em demi-pointe ou pointe, sendo conseguida a força impulsora pela combinação de um plié com movimento de cabeça (spotting).Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-82007877448825035772010-10-06T20:58:00.002-03:002010-10-06T20:58:53.275-03:00No Caminho da Dança, cap. XILizzy entregou a sua ficha de inscrições na sala dos professores quando acabou a aula e procurou por Oliver. Ficaram acertados os horários dos ensaios. Seriam pela manhã na sala que Lizzy reservara com a diretora. <br />
<br />
E ela ensaiaria a noite, depois que as aulas acabassem. Assim pouco gente veria sua coreografia e não seria interrompida. <br />
Agora só faltava voltar para casa e escolher qual das músicas usaria na sua coreografia solo. Combinara de dançar um tango com Oliver, e tinha certeza que faria o maior sucesso. <br />
<br />
Lizzy encontrou Jane no final de sua aula de historia da arte e seguiram juntas para casa. Charlotte e Luciene, como de costume, ainda não haviam chegado em casa, o que deixou o almoço por conta de Jane. <br />
<br />
Lizzy tomou logo um banho e dirigiu-se para o computador. Precisava baixar logo as músicas e escolher uma. Achou-as em poucos minutos e gravou tudo em um cd em apenas quinze minutos. <br />
<br />
Dirigiu-se para sala e ligou o som. A primeira música era I’m Like a Bird, na Nelly Furtado. Deu play e concentrou-se na musica, tentando bolar mentalmente uma seqüência para a musica. <br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=k12ZybN8vfc<br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=SlhOBR95kl0<br />
<br />
Com essa música Lizzy conseguiu montar uma pequena seqüência. Com certeza seria mais fácil do que usar a música anterior... Usaria mais street do que Jazz, que é o que predomina na outra música. Ainda faltava uma para ser ouvida e não tomaria uma decisão sem ouvir todas e avaliar. <br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=reAIwuc0Qeg&feature=related<br />
<br />
Era essa. Por mais que a segunda música fosse mais fácil, essa música, a letra, passou uma energia especial para Lizzy. Não importa quanto a música fosse difícil, seja de contar o tempo ou de se criar os passos. Lizzy aprendera, desde que era pequena, que não importa a música, o que importa é o quanto de coração, o quanto de sentimento se passava com a dança. <br />
<br />
E com essa música, Lizzy entregaria todas as suas emoções, tinha certeza. <br />
<br />
Estava resolvida a música que usaria em sua apresentação solo. Tirou o cd do aparelho de som e guardou cuidadosamente em sua bolsa. <br />
<br />
Agora, só faltava Oliver escolher a música que usariam no tango e poderiam começar a treinar... afinal, quanto antes, melhor.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-83748071427822508242010-10-06T20:57:00.001-03:002010-10-06T20:57:58.523-03:00No Caminho da Dança, cap. XSegunda feira chegou, e Lizzy estava concentrada na série de exercícios que realizava. Márcia andava pela sala com um olhar crítico, enquanto avaliava os movimentos.<br />
<br />
- Fundue*, levanta esses braços Lana! Agora arabesque* e plié*, relevé*! <br />
Para terminar, attitude! Tira os braços da barra. Fica! Agora, podem relaxar.<br />
Bom dia meninas.<br />
<br />
Lizzy encaminhou-se para os bancos e sentou-se ao lado de Isabel. Começaram uma pequena conversa sobre trivialidades. <br />
<br />
- Lizzy, almoça comigo naquele restaurante? Precisamos conversar.<br />
<br />
Lizzy não gostou muito do tom malicioso da amiga, mas aceitou o convite. Jane teria uma aula extra e almoçaria mais tarde do que o normal. Era preferível aturar Isabel por uns minutos do que comer sozinha. <br />
<br />
- Bom dia meninas, mão vou roubar a Isabel por uns minutinhos.<br />
<br />
Thomas puxou Isabel para perto de si e deu um beijo rápido. <br />
<br />
- Começa assim: alguns minutinhos, daqui a alguns dias não poderei mais ver a minha amiga, e só a verei novamente no dia do casamento. Ah, e eu quero ser a madrinha. <br />
<br />
Lizzy não perdeu a oportunidade de gracejar com a amiga, que apenas lhe deu língua e caminhou com o novo namorado para fora da sala. <br />
<br />
Terminou de guardar as sapatilhas na bolsa e seguiu para o vestiário. Isabel já estava lá, vestindo apenas uma saia por cima do collant e uma blusa larguinha. <br />
<br />
Lizzy trocou de roupa rapidamente e seguiram juntas pelo restaurante. <br />
<br />
*************************************************<br />
Isabel e Lizzy almoçaram em um pequeno restaurante perto da academia e voltaram para terminar as aulas. Agora teriam aula de Jazz com a professora Lyra, mas ao adentrarem a sala surpreenderam-se ao ver todos os professores reunidos. <br />
<br />
Deixaram as bolsas em cima dos bancos e foram sentar-se junto com os outros alunos. Bel sentou-se perto de Thomas e Lizzy sentou ao seu lado. Oliver estava sentado próximo e sorriu. Este era o mesmo rapaz que fizera par com ela na aula em dupla que tiveram.<br />
<br />
Maila pediu silencio e Lyra começou a falar. <br />
<br />
- A academia irá apresentar um super evento aberto ao público e jurados do mais alto escalão.<br />
<br />
Um pequeno burburinho começou e foi logo calado por um olhar reprovador de Márcia. Lyra continuou;<br />
<br />
- Vou explicar como será o evento. A apresentação será uma peça que envolverá cada setor de estudos da academia. Os estudantes de literatura selecionados serão encarregados de escrever todo o roteiro da peça. Os estudantes de música de compor a trilha sonora. Os propriamente dito de teatro serão os atores, diretores e assistentes o pessoal de pintura e artes gerais serão responsável pelo cenário. E vocês, da dança, serão responsáveis pela criação das coreografias.<br />
<br />
Todos pareciam contente com a notícia. Seria o máximo participar de um evento desses. Avaliadores de grupos de dança estariam presentes e uma vaga garantida em seus grupos seria perfeito. <br />
<br />
- Mas, nem todos poderão participar. Faremos testes com os alunos e apenas os que passarem poderão fazer parte do evento. Então recomendo que vocês treinem e se esforcem. <br />
<br />
Uma nova onda de burburinhos. Maila pediu silencia e tomou a palavra.<br />
<br />
- Os testes serão realizados com quem se escrever com a professora Márcia até semana que vem. Serão realizados dois testes. Um será individual, com a música selecionada por nós. O outro será em dupla e vocês poderão escolher a música. Marcaremos os testes e informaremos a vocês. Agora, já pra aula.<br />
<br />
Maila sorriu e saiu acompanhada de Antony e Márcia. Thomas e Bel estavam empolgados e com a peça e com certeza iriam participar. E , é claro, seriam uma dupla.<br />
<br />
Lizzy queria muito participar. Seria maravilhoso ter mais esse evento em seu currículo e com certeza ajudaria na busca por uma vaga nas companhias de dança assim que se formasse. Mas ainda havia um problema. Ainda não arranjara uma dupla. <br />
<br />
Foi com os pensamentos na peça que Lizzy passou na aula de Lyra. <br />
Estava dirigindo-se para o seu armário quando sentiu alguém segurar em seu braço. Virou-se e se deparou com Oliver.<br />
<br />
- Imagino que você vá fazer os testes?<br />
<br />
Lizzy sorriu e afirmou. <br />
<br />
- Então, você já tem uma dupla?<br />
<br />
Isso! Era o que ela precisava. Oliver seria sua dupla. Ele era um bom aluno e dançava admiravelmente bem. <br />
<br />
- Não. Estou procurando por uma. <br />
<br />
Lizzy respondeu como se não soubesse o que ele queria.<br />
<br />
- Então, aceita fazer a dupla comigo?<br />
<br />
Lizzy fingiu que pensava um pouco e aceitou com um sorriso. Caminharam juntos decidindo quando seria o primeiro ensaio dos dois e decidiram começar na semana que vem. <br />
<br />
Lizzy ficou encarregada de ir até a direção e alugar uma das salas antes que todas estivessem ocupadas.<br />
<br />
Não achou problema em reservar as salas. Havia reservado algumas manhãs e alguns dias de noite. Tentaria convencer Oliver a fazer os ensaios de manhã e ensaiaria sua coreografia na parte da noite, e começaria assim que Lyra dissesse os nomes das musicas permitidas. <br />
<br />
******************************************<br />
Lizzy chegou em casa ainda pensando no que faria em sua coreografia. Lu e Charlotte ainda não haviam chegado e Jane, para não variar, estava trancada no ateliê, mas não demorou para que saísse de lá.<br />
<br />
- Lizzy! Falaram sobre o evento que realizarão?<br />
<br />
- Falaram sim Jane. E é óbvio que eu participarei. <br />
<br />
Lizzy respondeu sorrindo e pegando um copo de água. <br />
<br />
- Eu não sei se vou Lizzy. Teria que pintar um cenário como teste. É claro que seria um em miniatura, mas tomaria muito o meu tempo.<br />
<br />
- Jane, todos os professores a adoram! Seria ótimo para o seu currículo ter esse evento. E você é a melhor pintora que conheço! <br />
<br />
- Fala isso porque é minha irmã. Eu não pinto tão bem assim. <br />
<br />
Jane falou um pouco corado. Lizzy revirou os olhos e falou enquanto andava até o quarto. <br />
<br />
- E mais um capitulo de Jane e sua modéstia! <br />
<br />
Lizzy sentiu uma almofada lhe acertar na cabeça e virou-se a tempo de ver Jane preparando-se para lhe jogar outra, que foi facilmente segurada por Lizzy.<br />
<br />
- Quer guerra? Você terá guerra!<br />
<br />
Lizzy falou enquanto jogava a bolsa dentro do quarto e voltava correndo para cima da irmã.<br />
<br />
Depois de alguns minutos nessa guerrinha todas as almofadas estavam espalhadas pela casa. Jane e Lizzy ouviram o barulho da chave e pararam. Esperaram Charlotte e Luciene entrarem e voltaram a atacar, só que dessa vez nela.<br />
<br />
- Ei, virou tradição nessa casa ser recebida por uma guerra de almofada?<br />
<br />
Charlotte perguntou enquanto entrava na brincadeira das amigas. <br />
<br />
***********************************************<br />
Lizzy acordou mais cedo mais terça-feira e fez com que Jane levantasse também. Seguiram para a academia, Jane com um mal-humor relacionado por ter que acordar mais cedo e Lizzy com uma cara ansiosa e contorcia os dedos como prova de seu nervosismo. <br />
<br />
Lizzy subiu correndo a escadaria até chegar ao andar da dança. Ainda estava vazio. Procurou pela sala dos professores e encontrou a professora Lyra arrumando suas coisas. <br />
<br />
- Bom dia srta Bennet. O que faz aqui tão cedo?<br />
<br />
- Eu gostaria de me inscrever para a peça e saber as músicas que poderei usar na minha coreografia. <br />
<br />
Lyra sorriu e caminhou até uma pasta que estava sob a mesa de centro. Abriu e retirou uma folha. Entregou a Lizzy que sorriu e agradeceu. <br />
<br />
- Bem, eu não poderia estar entregando isto tão cedo, mas você é um aluna esforçada e acho que não terá problema. Entregue essa ficha preenchida para Márcia. As músicas estão em anexo. Espero ver um bom trabalho. <br />
<br />
Lyra sorriu e retirou-se para o fundo da sala. Lizzy agradeceu e saiu da sala da professora. Suas primeiras aulas seriam de expressão corporal, então tratou de chegar lá antes que o professor. <br />
<br />
Sentou-se em um dos bancos e começou a preencher a ficha que a professora lhe entregara. <br />
<br />
Nome completo : Elizabeth Bennet<br />
Idade : 20 anos<br />
Nascimento: 14/09/1987<br />
Sexo : Feminino<br />
Matrícula : 14071993<br />
Curso: Dança<br />
Professora Responsável : Márcia Monteiro” <br />
<br />
<br />
Lizzy terminou de preencher e guardou a folha cuidadosamente na bolsa. Ainda teria que escolher uma entre as músicas escolhidas. Pegou uma outra folha e avaliou as músicas.<br />
<br />
•The Game of love – Santana e Michelle Branch<br />
•1,2 step – Ciara<br />
•I’m Like a bird – Nelly Furtado<br />
<br />
“ É, pelo visto eles não querem facilitar a nossa vida. E também querem alunos bem versáteis. Que dancem do street ao ballet. Ah, então é isso. As coreografias únicas são para nos testas no sreet dance e jazz e a em dupla o ballet. Criativo.”<br />
<br />
Antony chegou na sala e olhou para Lizzy com uma certa cara de desgosto. Lizzy apenas sorriu desafiadora. Teria que ouvir todas as músicas antes de escolher uma. <br />
<br />
<br />
******************************************************<br />
<br />
<br />
Fondu, Fondue - Descida, derretido. Um termo utilizado para descrever a baixa do nível do corpo através da dobradura dos joelhos da perna de base. Saint-Léon escreveu "Fondu é em uma perna enquanto plié é em duas". Em alguns instantes o termo fondu também é utilizado para descrever afinalização de um passo quando a perna que está trabalhando vai ao chão em um movimento suave.<br />
<br />
Arabesque - Arabesco. Uma das poses básicas do ballet, que tira o seu nome de uma forma de ornamento mourisco. No ballet, é uma posição do corpo, apoiado numa só perna que pode estar na vertical ou em demi plié, com a outra perna estendida para trás e em ângulo reto com ela, sendo que os braços estão estendidos em várias posições harmoniosas criando a linha mais longa possível da ponta dos dedos da mão à dos pés. Os ombros devem ser mantidos retos em frente à linha de direção. Os arabesques são geralmente empregados para concluir uma fase de passos, tanto nos movimentos lentos do adágio como nos movimentos vivos e alegres do allegro. Clique aqui para visualizar essa posição. http://www.dkimages.com/discover/previews/824/50017195.JPG<br />
<br />
Plié - Uma dobra de joelhos ou joelho. Este exercício torna as juntas e os músculos mais flexíveis e maleáveis bem como tendões mais elásticos. Existe o plié, que é uma dobra não muito acentuada dos joelhos, e o grand plié, onde a dobra dos joelhos é bem acentuada, levantando os calcanhares quando já perto d<br />
<br />
Plié - Uma dobra de joelhos ou joelho. Este exercício torna as juntas e os músculos mais flexíveis e maleáveis bem como tendões mais elásticos. Existe o plié, que é uma dobra não muito acentuada dos joelhos, e o grand plié, onde a dobra dos joelhos é bem acentuada, levantando os calcanhares quando já perto do chão na 1ª, 3ª e 5ª posição.<br />
<br />
Releve - Elevado. Uma elevação do corpo em pontas ou meia pontas, ponta ou mei -ponta. Há duas maneiras de execução para o relevé. Na Escola Francesa, relevé é feito suavemente, uma contínua elevação enquanto Cecchetti e a Escola Russa o usavam como um passo ágil. Relevé deve ser feito em primeira, segunda, quarta e quinta posição, en attitude, en arabesque, devant, derriére, en tournant, passé en avant, passé en arriére e assim por diante.<br />
<br />
Attitude - Uma determinada pose do ballet tirada por Carlo Blasis da estátua de Mercúrio por Jean Bologne. É uma posição numa perna só com a outra levantada para trás com o joelho dobrado num ângulo de noventa graus e bem virada para fora para que o joelho fique mais alto do que o pé. O pé de apoio pode ser à terre, sur la pointe ou demi-pointe. O braço do lado da perna levantada é mantido por cima da cabeça numa posição curva enquanto que o outro é estendido para o lado. O attitude também pode ser com a perna levantada para a frente. Veja aqui o attitude devant (à frente) e o attitude derrière (atrás).<br />
http://www.knoxvilleballetschool.com/Attitude%20Croise.JPG<br />
http://www.carminaballet.com/attitude%20front.jpgAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-27769161382530294102010-10-03T20:53:00.002-03:002010-10-03T20:53:39.282-03:00No Caminho da Dança, cap. IXLizzy tateou no ar a procura de algum lugar onde pudesse apoiar-se.<br />
Seus olhos deviam estar lhe pregando uma peça. Ele não poderia estar ali, poderia?<br />
<br />
- Bel, quem é aquele? O último, dos olhos azuis?<br />
<br />
- Aquele? É o senhor Darcy. Ele é que detém a maior parte dos lucros da academia. Foi ele quem deu a maior parte dos incentivos para a sua construção.<br />
<br />
Lizzy começou a analisar aquele rosto. Ele estava taciturno, empinado e extremamente sexy... mas não parecia o mesmo homem que a pegou em flagrante escondida sob o banco. <br />
<br />
Aquele homem sorria, o sorriso mais devastador que já vira. E a sua risada era tão sonora... mas o olhar continuava o mesmo. Profundo, infinito e brilhante.<br />
<br />
Trajava um fino smoking, provavelmente de uma das lojas mais caras da cidade. O que não o desfavorecia. Com o corte perfeito e quase feito sob medida, acentuava os belos e definidos ombros largos e atléticos. <br />
<br />
Seu ar altivo lhe dava uma áurea de divindade impenetrável. Seus olhos continuavam tão vividos e profundos quanto da ultima vez. O cabelo, um pouco rebelde, parecia esforçar-se para sair do lugar, o que lhe dava um ar jovial e uma incrível vontade de passar as mãos pelos sedosos fios de cabelo e tentar pô-los na linha. <br />
<br />
Seus olhares se encontraram quando ele passou em sua frente, e Lizzy parecia capaz de jurar que deslumbrara um pequeno sorriso aparecer no canto daqueles perfeitos lábios. <br />
<br />
Os convidados foram acomodados na mesa reservada para eles e a música recomeçou a tocar. Alguns pares se formaram para dançar a falsa suave ao som dos violinos e outros alguns invadiram as galerias, admirando as lindas obras de artes. <br />
<br />
Isabel logo foi requisitada para dançar com Thomas, e levada da mesa. Charlotte estava em algum canto do salão, provavelmente flertando com algum rapaz suficientemente charmoso. <br />
<br />
Lizzy resolveu ir procurar por Jane, e a encontrou novamente admirando o quadro que pintara. <br />
<br />
- Minha querida irmã, este é o quadro tão misterioso que não podíamos ver?<br />
<br />
Lizzy perguntou enquanto postava-se ao lado de Jane, que apenas sorriu e balançou a cabeça em sinal negativo.<br />
<br />
- O que eu estou pintando ainda não está acabado.<br />
<br />
Sorriu misteriosa e antes que Lizzy pudesse responder alguma coisa á sutil provocação de Jane, um senhor de estatura baixa as interrompeu com um sorriso.<br />
<br />
- Senhoritas Bennet, gostaria muito de apresentar-lhes os donos da nossa tão amada academia.<br />
<br />
Era o senhor William Lucas. Ele era um senhor gentil, de aparência amável e sempre adorara as meninas Bennet, desde a primeira vez que fizeram os testes para as bolsas. <br />
<br />
Lizzy já estava formulando um modo de recusar educadamente, mas Jane concordou deixando-a sem opção. O senhor guiou-as pela galeria até alcançarem o grande salão, onde o pequeno grupo que adentrara o salão conversava com uma pouca animação. <br />
<br />
“ Por que o chão não abre e simplesmente me engole? Ah, Jane vai me pagar...<br />
Não, ela não fez por mal... será que ele vai lembrar da minha cara?”<br />
<br />
Sr Lucas os interrompeu educadamente e iniciou as apresentações. <br />
<br />
- Senhores, quero lhe apresentar duas ótimas alunas de nossa querida academia. Esta é Jane Bennet e sua irmã, Elizabeth Bennet.<br />
<br />
Fizeram um pequeno aceno de cabeça em cumprimento. O homem dos cabelos de fogo sorria de modo bobo, e retribuiu o aceno com alegria. Sua irmã limitou-se a lhes lançar um sorriso falso e o outro senhor nada fez. <br />
<br />
- Estes são Charles Bingley, sua irmã, Caroline Bingley e, não menos importante, William Darcy. <br />
<br />
As irmãs o cumprimentaram, e Bingley, parecendo ansioso por iniciar uma conversação, puxou conversa, e ficaram assim durante alguns minutos.<br />
<br />
Caroline nada falava, e parecia não dar a mínima atenção ao que falavam. Charles debatia animadamente e Darcy incrementava-o com ótimos comentário e observações, as quais Caroline sempre concordava.<br />
<br />
Uma nova musica de valsa estava se iniciando, e Charles convidou muito timidamente Jane para dançar, que aceitou o convite. Os dois seguiram e prepararam-se para iniciar a dança, Charles segurando-a muito respeitosamente pela cintura e Jane com a mão apoiada em seu ombro. <br />
<br />
Sr Lucas lançou alguns olhares inquisitivos para Lizzy e Darcy e sorrindo gentilmente, comentou:<br />
<br />
- A senhorita Elizabeth é uma ótima aluna de dança. Tenho certeza que seria maravilhoso dançar com ela.<br />
<br />
Lizzy corou com a referencia a sua graciosidade. Ou seria uma indireta para que Darcy a convidasse para dançar?<br />
<br />
Depois de algum tempo que lhe pareceu uma eternidade, Darcy pareceu chegar á uma resolução e convidou, muito timidamente, Elizabeth para uma dança. <br />
<br />
Caroline pareceu não acreditou no que ouvia, e foi o que todo salão pareceu achar assim que Lizzy aceitou a mão que Darcy lhe estendia e os dois seguiram para o meio do salão.<br />
<br />
Ele segurou-a gentilmente pela cintura , puxando-a um pouco mais para perto. Lizzy estremeceu ao contado e agradeceu ao sentir o perfume de Darcy por estar levemente apoiada nele. Suas pernas fraquejaram e não a manteria de pé por muito tempo. <br />
<br />
Os primeiros acordes soaram e ela deixou-se guiar por Darcy. Dançaram por poucos minutos que para eles pareceu uma eternidade. Valsavam graciosamente, deixando-se perder nos olhares cúmplices que trocavam. Os dois pareciam ter voltado àquela noite na academia.<br />
<br />
Ele sorriu discretamente enquanto a puxava inconscientemente para mais perto de seu corpo e Lizzy pareceu esquecer onde estava e com quem estava.<br />
<br />
Todo o salão os admirava e pareciam compartilhar o sentimento de que formavam um par perfeito um nos braços do outro. <br />
<br />
A música cessou tão logo havia iniciado. Darcy continuou inconscientemente com a mão segura na cintura de Lizzy, que lhe sorria, parecendo desejar que não acabasse. <br />
<br />
Mas esse momento de apreciação das figuras paradas com os corpos quase colados foi interrompido por uma Caroline extremamente enciumada. <br />
<br />
- Hem-hem.<br />
<br />
Ela pigarreou de uma forma que pareceu a Lizzy anormalmente irritante e foi forçada a separar-se de Darcy naquele momento. Caroline jogou-se em seus braços e praticamente o intimou a dançar a próxima valsa como ela. <br />
<br />
Lizzy apenas encontrou o olhar de Darcy, sorriu e saiu andando lentamente em direção ao pequeno jardim, enquanto sentia o olhar de Darcy fixo em suas costas. <br />
<br />
Darcy foi forçado a dançar a valsa com Caroline, e o salão pareceu perder todo o encanto que momentos atrás o deixava perfeito.<br />
<br />
Tentava sorrir para seu indesejável par e ser o mais cortes possível. <br />
<br />
************************<br />
<br />
Lizzy saiu para o ar quente da noite e sentou-se em um banco perto de uma roseira. Inalou o doce perfume e sorriu. <br />
<br />
Nunca havia se sentido tão segura nos braços de alguém quanto se sentiu nos braços daquele misterioso homem. <br />
<br />
“Pelo menos descobri seu nome! William Darcy...”<br />
<br />
- Eu sabia que te encontraria aqui!<br />
<br />
- Isabel? Não devia estar dançando nos braços do Thomas?<br />
<br />
- Não fuja de mim. Não deveria estar dançando nos braços de um certo homem de olhos azuis?<br />
<br />
Lizzy corou e desviou o olhar da amiga. <br />
<br />
- Você não perde a chance de me alfinetar. – Lizzy murmurou. <br />
<br />
- Ah, deixa de ser boba. Todo o salão parou para olhar enquanto vocês dançavam. Formavam um casal tão bonito. <br />
<br />
Isabel olhou discretamente para a porta e sorriu. Levantou-se alegando que Thomas a esperava e saiu tão sorrateira quanto chegou. Elizabeth mal teve tempo de lhe responder avistou Darcy entrando pelas grandes portas do jardim.<br />
<br />
Sentiu suas faces tornarem-se rubras e tentou agir o mais naturalmente possível.<br />
<br />
“ O que está acontecendo com você Elizabeth Bennet? ”<br />
<br />
Darcy sentou-se ao seu lado e apresentou-se mais intimamente. Lizzy logo sentiu seu nervosismo dispersar-se conforme conversava e ficou mais á vontade.<br />
<br />
Conversaram sobre pequenos assuntos e ficaram impressionados com os gostos em comuns que possuíam. Impressionaram-se mais ainda com quantas coisas que possuíam de diferentes.<br />
<br />
Depois de trinta minutos concordaram que seria melhor voltarem para o salão ou sentiriam a falta dos dois, se é que já não haviam percebido suas prolongadas ausências. <br />
<br />
Logo que voltaram a claridade do salão, Darcy foi chamado por um grupo de senhores. Pediu desculpas por ter que se afastar com apenas um olhar e seguiu acompanhando um senhor baixinho e atarracado. <br />
<br />
Lizzy voltou para a mesa que ocupava e sentou-se, procurando Jane com o olhar e logo a encontrou dançando sorridente com o rapaz de cabelos de fogo. <br />
<br />
**************************<br />
Lizzy não se encontrou com Darcy em nenhum outro momento no baile. Quando arriscava lançar um olhar a sua procura, via-o sempre acompanhado de um grupo pequeno de senhores ou senhoras e claro, Caroline. <br />
<br />
Jane não se separou sequer um minuto de Charles e voltou para a mesa bem no final da festa. Charlotte apareceu alguns minutos depois, sorrindo de orelha a orelha e com os cabelos um pouco bagunçado. <br />
<br />
******************************<br />
Voltaram para casa e Lizzy caminhou sonolenta até seu quarto. Despiu-se lentamente e tomou uma chuverada. Lavou o rosto tentando remover a maquiagem, vestiu a camisola que encontrou sobre a cama e adormeceu quase instantaneamente. <br />
<br />
Sonhou com um belo par de olhos azuis e acordou na manhã seguinte com um sorriso que não disfarçava sua extrema felicidade.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-16630628941726268542010-10-02T18:30:00.002-03:002010-10-02T18:30:34.010-03:00No Caminho da Dança, cap. VIIILizzy estava sentada no banco traseiro do carro de Charlotte e mal percebeu quando um manobrista abriu a porta para que ela saísse. Era uma noite quente e o céu parecia especialmente estrelado para a ocasião. Apenas uma pequena brisa soprava fraca e constante.<br />
<br />
Subiram a pequena escadaria de mármore e adentraram o grande saguão de entrada da Galeria. Estava perfeitamente decorado e ambientado. Era uma mistura de elegância e sofisticação perfeita. <br />
<br />
Lizzy sorriu nervosa e entrou pela grande porta de madeira. Todos em volta pareceram parar e admirar tão esplendorosa visão. O ar pareceu sumir, todos os olhares se voltaram para Lizzy.<br />
<br />
Os homens a desejaram e as mulheres sentiram inveja de tão bela mulher. <br />
<br />
Lizzy estava usando uma genuína criação de Charlotte. O vestido era vinho possuía apenas uma fina alça retorcida no ombro direito. Descia colado ao corpo até a altura dos joelhos e depois ia alargando , apenas um pouco, para dar mobilidade. Um rasgo, nos dois lados do vestido, permitia que movimenta-se melhor. <br />
<br />
O tecido parecia estar passando um por cima do outro, o que acentuava as curvas definidas de Lizzy. Os cabelos, negros e volumosos, estavam presos no alto da cabeça, com algumas mechas dando um ar mais jovial. <br />
http://z.about.com/d/fashion/1/7/X/i/2/keira.jpg<br />
(imaginem ele sem essa cauda de sereia. O vestido é de Vera Wang)<br />
<br />
A maquiagem estava leve, mas marcante. Usava um batom de uma cor indefinida que a deixava mais misteriosa, e atraia olhares, todos procurando descobrir que cor seria aquela, que pintava tão delicados lábios. O lápis acentuava os lindos olhos negros de Lizzy. <br />
<br />
Charlotte a guiou até uma mesa, onde apoiaram as bolsas e começaram a procurar Jane pelo primeiro pavilhão, onde ela indicara que seu quadro estaria. <br />
<br />
Quando chegaram lá, Jane estava sendo cumprimentada por alguns senhores, que pareciam ser admiradores profundos de arte. <br />
<br />
Era Jane, sorrindo encantadora. Estava radiante e explicou que aqueles senhores com quem conversava eram peritos em artes e que adoraram seu trabalho. <br />
<br />
Admiraram mais um pouco o quadro e voltaram para o grande salão, onde uma pequena orquestra tocava uma valsa. <br />
<br />
Isabel não demorou a chegar, deslumbrante em seu vestido preto e sofisticado. Thomas a acompanhava com o olhar de longe, e parecia orgulhoso de estar acompanhado por uma mulher tão linda quanto Isabel. <br />
<br />
- Lizzy, você está demais! Onde que você arranjou esse vestido, tão lindo, provocante, sexy...<br />
<br />
- Charlotte o desenhou para mim. <br />
<br />
Charlotte sorriu e começou a contar o quanto tiveram que convencer Lizzy a usá-lo. Bel ria enquanto Charlotte narrava a primeira prova e Lizzy apenas sorria educadamente. <br />
Enquanto isso, uns cinco jovens da academia já haviam convidado Jane para dançar algumas milhares de vezes, e ela recusou educadamente em todas. <br />
<br />
- Minha querida Jane, se todos os rapazes deste lugar não terminar a noite apaixonados por sua estonteante beleza, eu estou por fora dos conceitos de beleza atuais! <br />
<br />
Jane riu envergonhada com o comentário da irmã, e já ia lhe dar uma resposta quando o pequeno burburinho que reinava no lugar cessou e todos os olhares se dirigiram para a grande porta de carvalho, que se abria e revelava um trio peculiar. <br />
<br />
Todos uniram as cabeças, procurando uma brecha por onde pudessem admirar a passagem dos donos da incrível academia. <br />
<br />
Depois de alguns movimentos sutis e uns “com licença” Lizzy conseguiu se acomodar em um brecha, tendo Isabel em um lado e Jane do outro.<br />
<br />
- Quem são os pavões?<br />
<br />
Lizzy perguntou para Isabel quanto olhava para cada um deles. Primeiro seu olhar se dirigiu para uma mulher jovem e cabelos tão vermelhos quantos seus cabelos. Sorria de uma maneira afetada, que lhe dava uma vontade quase irreprimível de rir. <br />
<br />
Ela usava um vestido de um vermelho extremamente forte. Era um tomara que caia, extremamente bonito em si só, mas que no liso corpo da mulher lhe dava um ar patético.<br />
<br />
Ele era de cetim e uma pequena renda preta o enfeitava. Deixava a mostra uma grande parte das finas pernas da mulher. <br />
<br />
http://www.elegantmart.com/images/products/Dresses/Red-Long-Elegant-Dress-6025s.jpg<br />
( o vestido de Caroline... eu sei que ele é lindo, mas imaginem uma vara pau ambulante dentro disso e se achando sexy? Não dá né?)<br />
<br />
No rosto, usava uma maquiagem extremamente forte, quase vulgar. Um batom vermelho sangue, lápis extremamente forte. <br />
<br />
Um colar que parecia de diamantes repousava em seu colo. Grandes anéis e pulseiras davam o toque final.<br />
<br />
- Lizzy, essa é Caroline Bingley, irmã de um dos donos, Charles Bingley. É aqueles que está de fraque e blusa azul por baixo...<br />
<br />
- Bonito...<br />
<br />
Jane deixou escapar enquanto observava o belo homem, que sorria simpático com todos. <br />
<br />
- Eu ouvi isso, Jane Bennet.<br />
<br />
Jane corou. Lizzy moveu-se tentando ver quem era o terceiro componente de tão espantoso trio. <br />
<br />
“ Bem , se essa gentil senhora sair da frente, talvez eu veja!”<br />
<br />
Foi quando a senhora saiu da frente e Lizzy encontrou dois encantadores olhos azuis, que pareciam ter lhe roubado toda a luz das estrelas e o ar.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-61617648197172964952010-10-02T18:29:00.001-03:002010-10-02T18:29:22.382-03:00No Caminho da Dança, cap. VIILizzy chegou em casa e não encontrou Jane. <br />
<br />
“ Deve estar trancada naquele ateliê infernal! <br />
<br />
Lizzy pensou enquanto tirava a bolsa e jogava em cima da cama. Charlotte e Luciene ainda não haviam chegado em casa. Deixou-se cair na cama e fechou os olhos. Teria que arranjar um vestido de baile. Pensou em voltar àquela loja do centro que vira quando fora fazer compras com Charlotte.<br />
<br />
- É! É isso que vou fazer.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Falou para si enquanto entrava no banheiro e começava a despir-se para tomar um banho.<br />
<br />
Saindo do banho, Lizzy vestiu uma roupa confortável e foi para sala. Deitou no sofá e começou a folhear uma revista que encontrara por perto. <br />
<br />
Charlotte já devia estar chegando. Pediria ajuda á ela. <br />
<br />
********************************<br />
Luciene e Charlotte chegaram e já era quase noite. Lizzy estava adormecida, com a revista que estava lendo caindo de suas mãos. Luciene apenas sorriu e seguiu para o seu quarto. Estava cansada e queria dormir um pouco. <br />
<br />
Jane estava na cozinha, preparando alguma coisa para o jantar. Charlotte sentou-se na beira do sofá e tentou acordar a amiga.<br />
<br />
- Bela adormecida... acorde, seu príncipe chegou!<br />
<br />
Lizzy balbuciou algo que Charlotte não entendeu e abriu um dos olhos. <br />
<br />
- Que horas são?<br />
<br />
- Hora de jantar, sua dorminhoca!<br />
<br />
Lizzy sentou-se enquanto esfregava os olhos e deu um longo bocejo. <br />
<br />
- Char, preciso de sua ajuda. Tenho que arrumar um vestido de baile para sábado. <br />
<br />
- Você vai? Normalmente fica em casa!<br />
<br />
- Eu sei, só que perdi uma aposta e tenho que ir.<br />
<br />
- Quem foi a anjo que te venceu em uma aposta? Quero conhecê-la!<br />
<br />
- Já conhece. Isabel. Apostei que ela não teria coragem de falar com Thomas até o dia do baile, só que ela comprou coragem em tablete na farmácia e falou com ele!<br />
<br />
Charlotte começou a rir. Lizzy fez uma careta e levantou do sofá.<br />
<br />
- Calma, não precisa ficar tão estressada! Eu tenho o vestido perfeito para você!<br />
<br />
Lizzy sentou-se novamente e sorriu. <br />
<br />
- Eu sabia que poderia contar com você. <br />
<br />
- Eu desenhei um vestido lindo, só que estava sem uma modelo... acho que ele ficaria perfeito em você! <br />
<br />
Lizzy pensou um pouco. Os modelos de Charlotte eram lindos, realmente, mas não se via dentro de um. Eram muito ousados e extremamente sexy. <br />
<br />
- Eu não sei Char...<br />
<br />
- Você vai usá-lo sim!<br />
<br />
Falou Jane enquanto saia de dentro da cozinha enquanto carregava uma grande travessa de empadão. Lizzy estava contrariada, mas pelo visto não havia outra escolha...<br />
<br />
***************************************<br />
Char ficou eufórica. Finalmente arranjara uma modelo adequada para seu vestido. Lizzy era perfeita! Possuía uma pele suave e clara, ombros perfeitamente proporcionais aos quadris. Uma cintura definida e pernas bonitas e fortes por causa do Ballet. Tudo era harmonioso. <br />
<br />
Pôs-se logo a trabalhar. Já possuía os tecidos necessários, só faltava costurar tudo com harmonia e deixá-lo pronto. Convocara todos os seus amigos da nova filial para ajudá-la. <br />
<br />
Lizzy estava surpresa. Nunca vira Charlotte tão animada com alguma coisa, desde a primeira vez que arranjara um par para o baile da escola....<br />
<br />
********************************<br />
Os dias se passavam extremamente rápido na opinião de Lizzy. Fazia provas todos os dias para o vestido e ficava cada vez mais nervosa.<br />
<br />
Tinha que admitir que estava lindo. O mais belo vestido que já vira. Mas não sentia-se segura para usá-lo. <br />
<br />
Jane continuava passando o seu tempo livre dentro de seu ateliê improvisado, pintando o tal quadro a óleo para o baile. Estava extremamente feliz com o resultado, mas não deixava que ninguém visse. <br />
<br />
- Jane nunca foi de fazer segredos. O que seria tão secreto a ponto de não deixar que vejamos o trabalho?<br />
<br />
Luciene perguntou a Lizzy enquanto botavam a mesa para o jantar.<br />
<br />
****************************<br />
Era sexta-feira. O baile seria na noite seguinte e Isabel já ligara para Lizzy umas quinze vezes, com a desculpa de lembrá-la de seu compromisso.<br />
<br />
- Não se preocupe, as meninas do apartamento já fazem questão de me lembrar que devo ir. Estão mais eufóricas que você. Acho até que já lhe tornaram uma santa e fizeram um altar em sua homenagem. <br />
<br />
Lizzy falou na décima quinta vez que Bel ligou para lembrar-lhe. <br />
<br />
********************<br />
Manhã de sábado. Jane, pela primeira vez em muito tempo, deixara Lizzy dormir até mais tarde. <br />
<br />
Era quase meio-dia quando Lizzy acordou. Foi para sala, onde encontrou seu vestido em uma manequim. Charlotte dava os últimos retoques e Luciene a ajudava com as camadas de tecido. <br />
<br />
Jane estava preparando um almoço leve, para que a noite se passasse bem.<br />
<br />
- Vocês estão fazendo tanto alarde por causa de um baile idiota! Só vou porque perdi essa aposta com a Isabel. E mesmo assim não pretendo ficar por muito tempo! Vai ser tão chato! Velhos chatos e desinteressantes!<br />
<br />
- Minha querida Lizzy, não é muito alarde. Pela primeira vez, desde o baile de formatura na escola, você vai para um baile. É realmente o acontecimento do ano. E quero te ver deslumbrante!<br />
<br />
- Você sabe que tenho bons motivos para não gostar de bailes. <br />
<br />
Lizzy murmurou enquanto tomava um copo d’água. O último baile fora um desastre. Lizzy acidentalmente esbarra em uma caloura um pouco estressada e acabou derramando seu ponche sobre ela. A menina fizera o maior escândalo, o que deixou Lizzy mortificada. Todas as meninas riram dela e nenhum menino nunca mais a convidou para sair.<br />
<br />
- Isso foi há alguns anos atrás! Você tem que superar! Agora venha fazer a ultima prova de seu vestido!<br />
<br />
- Deus, se vocês já fizeram isso por causa de um baile, imagine o que farão se um dia eu me casar?<br />
<br />
*********************************<br />
Já era noite. Lizzy, quase que a força, passou a tarde trancada no quarto junto com suas três companheiras.<br />
<br />
Logo depois do almoço, Jane abordara Lizzy e a levara pro quarto. Lizzy não sabia explicar como, mas se via debaixo do chuveiro, com Jane lhe esfregando de cima a baixo. <br />
<br />
Lavara seus cabelos milhões de vezes, até ficar perfumado. Fizera com que Lizzy se sentasse no banco do banheiro e penteou os cabelos até que ficassem desembaraçados. <br />
<br />
Poucos minutos depois, Luciene entrou no quarto, munida de infinitos cremes e sais. Fizeram uma massagem relaxante em Lizzy, não tiveram que discutir muito sobre isso. <br />
<br />
- É meu aniversário e esqueci por acaso? Tô me sentindo uma rainha.<br />
<br />
Depois disso, Charlotte apareceu carregando um roupão macio e fez com que Lizzy o vestisse. <br />
<br />
Jane fez suas unhas e passou uns cremes nas mãos, para que ficassem macias. <br />
<br />
Depois de um breve lanche, Charlotte começou a demonstrar seus dotes de cabeleleira. Secou o cabelo de Lizzy enquanto modelava os pequenos cachos que formavam nas pontas. Passou um pouco de silicone para que ficasse brilhante e os prendeu no alto da cabeça, com um coque solto e cachos adornando o contorno do rosto. <br />
<br />
Na hora da maquiagem, Jane adentrou o quarto, já pronta, e lindo como sempre.<br />
<br />
Trajava um vestido de alça fina preto e longo. Era de seda pura, com um pequeno corte lateral, e umas tiras largas de cetim descendo até a altura dos quadris. Era sofisticado e elegante, e a deixava mais bonita do que nunca.<br />
<br />
Os cabelos soltos desciam pelos ombros e a maquiagem era leve, favorecendo seus brilhantes olhos azuis. <br />
<br />
- Tenho que ir. Prometi chegar mais cedo para ajudar a instalar o quadro na galeria. E não Lizzy, você só vai ver quando chegar lá!<br />
<br />
Jane falou ao ver que a irmã estava prestes a pedir para vê-lo. Sorriu e despediu-se das amigas. <br />
<br />
Luciene continuou então a produção de Lizzy. Fez a maquiagem e ajudou-a a vestir o vestido. Pronto. Lizzy estava perfeita. Ninguém se igualava em beleza naquele momento, nem mesmo Jane.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-63865727671070619792010-10-02T18:28:00.000-03:002010-10-02T18:28:02.919-03:00No Caminho da Dança, cap. VIA manhã de sábado era especialmente preguiçosa para Lizzy. Não havia aulas e ela poderia ficar deitada na cama preguiçosamente até Jane resolver acordá-la com algum discurso de que deveria sair um pouco e tomar sol. <br />
*****************************<br />
<br />
O final de semana se passou calmo e divertido para as moradoras do pequeno apartamento. Às tardes, Lizzy ajudou Charlotte a desenhar alguns modelos de roupa para a loja. Divertiram-se escolhendo cores e estampas. <br />
<br />
Jane passou todo o final de semana trancada em seu ateliê, fazendo sabe-se lá o que. Invariavelmente ela sai de dentro do pequeno quarto de empregada que usava toda suja de tinta, mas radiante. Não permitia que ninguém visse seu trabalho e trancava a porta todas as vezes que saia de lá. <br />
<br />
Obvio que todo esse mistério em relação ao trabalho chamou a atenção de Lizzy, que tentou sondá-la de todas as maneiras, sem sucesso. Então, consolou-se com o fato de que mais cedo ou mais tarde acabaria descobrindo.<br />
<br />
<br />
***************************************<br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=ENSaMIyoxts" target="_blank"><span style="color: #690e1e;">http://www.youtube.com/watch?v=ENSaMIyoxts</span></a><br />
( novamente, a música)<br />
<br />
O músculo da perna de Lizzy já doía pelas intermináveis repetições de relevé*. Mas era necessário, e entendia isso. Seu músculo precisava estar suficientemente forte para agüentar todas as elevações na ponta que deveria fazer em suas coreografias. <br />
<br />
Uma vez Márcia contara dos tempos que ela mesma era aluna. Obrigavam-na a usar pesos nas pernas e nos braços. Normalmente eram de dois quilos, ou se o professor estivesse de bom humor, um. Mas ela mesma havia falado que jamais faria isso com suas alunas. Seria crueldade demais. <br />
<br />
- Para terminar, vou ser bem boazinha. Apenas um passé** na ponta!<br />
E, fica!<br />
<br />
Márcia passou inspecionando uma a uma. Sorriu com satisfação e mandou-as relaxar. Lizzy alongou-se um pouco, só para relaxar os músculos e procurou Isabel com os olhos. Novamente ela não viera á aulas. O que será que andava acontecendo com ela?<br />
<br />
<br />
Caminhou até um dos bancos da sala e começou a tirar as sapatilhas enquanto conversava com Gabrielle, uma das outras alunas da academia. Novamente o tema baile foi abordado. Era unânime. Todas estavam ansiosas e especialmente curiosas. Boatos circulavam por toda a academia. Especulava-se que os donos eram extremamente ricos e que eram também solteiros. <br />
<br />
E é claro, o ultimo boato era de grande interesse para grande parte das meninas do instituto. Imagine, namorar um homem tão rico e poderoso como o dono daquele formidável lugar?<br />
<br />
Lizzy ria das especulações. Achava uma perda de tempo em correr atrás de um homem só por causa do tamanho de sua conta bancária. E se o tão famoso dono fosse uma múmia de tão velho? <br />
<br />
Despediu-se das amigas e seguiu para seu armário. Ainda encontraria Jane para irem juntas para casa. <br />
<br />
- Lizzy! Por que demorou?<br />
<br />
Jane perguntou. Parecia extremamente feliz com alguma coisa e sorria. Um sorriso estilo “ eu tenho trinta e dois dentes” <br />
<br />
- Nossa! Por que tanta felicidade?<br />
<br />
- Você não sabe o que me aconteceu hoje! A professora de pinturas á óleo me chamou no final da aula e me pediu que pintasse um quadro especialmente para o baile de sábado. Não sabes como fiquei honrada com o pedido. É uma oportunidade muito boa, e céus! Existem tantos alunos melhores que eu! Não sei como ela pode me escolher!<br />
<br />
- E iniciamos mais um capitulo da saga “Jane e sua modéstia!”<br />
<br />
Lizzy fez graça. Jane limitou-se a rir e terminou de guardar as suas coisas em seu armário. Estava de muito bom humor para irritar-se com as implicâncias de Lizzy. <br />
<br />
- O único ruim é que vou ter que parar temporariamente um trabalho que estou fazendo. <br />
<br />
- E que você não quer me dizer qual é!<br />
<br />
Lizzy respondeu emburrada, estampando no rosto uma tromba enorme. . Jane apenas sorriu misteriosa e partiram para casa. <br />
<br />
****************************<br />
Quando chegou na pequena sala em que dava aula na comunidade carente, todas já aguardavam ansiosas e sorridente. Lizzy beijou todas e abriu a sala.<br />
<br />
Elas entraram e logo começaram a se arrumar como verdadeiras bailarinas. Embora Lizzy não exigisse um coque nas aulas todas tinham o maior orgulho de prendê-los e exibi-los em sua modesta perfeição. <br />
<br />
Colocavam a sapatilha de meia ponta com cuidado e esperavam pacientemente enquanto Lizzy colocava a musica no som e indicava o exercício que deveriam fazer. Começavam sempre na barra, seguiam para uma pequena aula de chão e para completar uns exercícios de centro. <br />
<br />
A aula terminou e Lizzy ficou com as meninas até que os pais de cada uma vieram buscá-las. Apenas uma ficou além do horário, tristonha e chorosa em um canto. <br />
<br />
Lizzy se aproximou-se e sentou-se ao seu lado, cruzando as pernas e imitando a postura da menina. <br />
<br />
- O que houve Dandara? Por que está tão tristonha hoje? <br />
<br />
A menina encontrou os olhos de Lizzy. E por um impulso, jogou-se nos braços de tão querida professora e a abraçou, deixando as lágrimas reprimidas rolarem por seu pequenino rosto. <br />
<br />
Lizzy retribuiu o abraço e afagou-lhe o cabelo. Depois de alguns minutos a menina sentou-se de frente para Lizzy e sorriu.<br />
<br />
- Desculpe tia Lizzy. Às vezes me deixo levar.<br />
<br />
- Oh minha querida, não tem problema. Todo mundo precisa por para fora um dia. O que aconteceu?<br />
<br />
- Meu pai ficou doente de novo, e não melhora. <br />
<br />
- Não se preocupe. Ele vai ficar bom! <br />
<br />
Lizzy sentia-se tão impotente diante daquela situação! Queria ajudar, queria fazer alguma coisa por ela. Não sabia o que, mas iria fazer alguma coisa para ajudar.<br />
<br />
Poucos minutos depois uma senhora robusta veio buscar Dandara. <br />
<br />
*******************************************<br />
Era manhã de terça-feira e estavam tendo aula de expressões. Nesse dia, Antony estava atacado. Achava tudo ruim, e mandavam refazer os exercícios milhares de vezes. <br />
<br />
- Vocês têm que se expressar melhor! Repitam mais uma vez, e quero ver animação! <br />
<br />
Antony religou o som e todos retomaram suas posições, murmurando alguns apelidos “carinhosos” para o professor. <br />
<br />
Ainda não satisfeito com a última passagem da música, fez com que repetissem mais três vezes, o que os deixou potencialmente exaustos...<br />
<br />
*******************************************<br />
- Isabel! Por que você faltou de novo ontem?<br />
<br />
Isabel sorriu para Lizzy e formulou uma resposta pouco convincente. Porém, antes que Lizzy pudesse atacá-la com perguntas, Márcia adentrou a sala e ordenou que formassem casais. <br />
<br />
Bel olhou de soslaio para Lizzy e corou. Lançou-lhe um olhar desafiador e aproximou-se de Thomas, que conversava com alguns amigos do outro lado da sala. <br />
<br />
Lizzy não podia acreditar no que estava vendo. Bel estava realmente indo falar com Thomas por livre e espontânea vontade? E não estava corada ao extremo?<br />
<br />
“ Não, ela não teria... ”<br />
<br />
Sim. Bel estava lá, falando com Thomas na frente de todos os outros meninos da aula. <br />
<br />
Lizzy ficou olhando boquiaberta para a cena, até que sentiu uma leve mão tocar-lhe o braço. Virou-se assustada e deparou-se com Oliver, um outro aluno, chamando-a para ser sua dupla.<br />
<br />
Dera sorte. Além de ser bonito e ter um corpo escultural, Oliver era, na opinião de Lizzy, o melhor bailarino de sua turma. Ela sorriu, e aceitou o convite. As outras a olharam com desprezo. <br />
<br />
*********************************<br />
Fizeram um treinamento de elevações, o qual todos saíram muito bem. Ao fim da aula, Oliver despediu-se de Lizzy com um beijo na bochecha e partiu apressado para a sua próxima aula.<br />
<br />
Bel se aproximou sorrindo da amiga, agora vermelha. Lizzy, não perdendo a oportunidade, começou a falar enquanto encaminhava-se para o vestiário. <br />
<br />
- Belzita, o que foi aquilo? Surtou, foi? Comprou coragem na farmácia? Em qual foi?<br />
<br />
Bel riu e começou a brincar distraidamente com o fecho de sua bolsa.<br />
<br />
- Eu tomei coragem, foi só. <br />
<br />
- Eu não pude acreditar! E além do mais, você o convidou para o baile!<br />
<br />
- Na verdade, não foi bem isso...<br />
<br />
- Não?<br />
<br />
Os olhos de Bel brilharam e ela encarou Lizzy, que parou e pos as mãos no quadril, encarando-a ameaçadoramente.<br />
<br />
- Eu fui apenas para pedir á ele para ser a minha dupla. Só que enquanto o seu grupo fazia o exercício ele pegou minha mão e me convidou para o baile... o que me lembra que você agora deverá ir também!<br />
<br />
Lizzy entrou em pânico! Ainda existia um fio de esperança... ela bem que poderia ter se esquecido com tanta emoção em um só dia. <br />
<br />
“ Bem, acho que terei que arranjar um vestido...”<br />
<br />
***********************************<br />
<br />
* Passé - Um movimento auxiliar no qual o pé da perna que está em movimento passa pelo joelho da perna de apoio, de uma posição para outra.<br />
<a href="http://images.jupiterimages.com/common/detail/73/67/22426773.jpg" target="_blank"><span style="color: #690e1e;">http://images.jupiterimages.com/common/detail/73/67/22426773.jpg</span></a><br />
<br />
<br />
* Relevé elevado. Uma elevação do corpo em pontas ou meia pontas, ponta ou mei -ponta. Há duas maneiras de execução para o relevé. Na Escola Francesa, relevé é feito suavemente, uma contínua elevação enquanto Cecchetti e a Escola Russa o usavam como um passo ágil. Relevé deve ser feito em primeira, segunda, quarta e quinta posiçãoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-91628940790438561212010-09-29T19:45:00.001-03:002010-09-29T19:45:56.974-03:00No Caminho da Dança, cap. V<div class="MsoNormal">As sextas-feiras eram dias especialmente calmo para as alunas de dança. Teriam apenas que passar as coreografias de cada professor, sem nenhum exercício doloroso, apenas um pequeno alongamento para evitar acidentes como distensões musculares e cãibras.<br />
<br />
A professora Lyra era a professora mais engraçada de todas que tinham durante a longa semana, e aguardavam ansiosas para que suas aulas chegassem. <br />
<br />
Seus comentários eram sempre espirituosos e seu espírito benevolente. Era uma professora rígida, não tolerava falta de compromisso e disciplina, mas ao mesmo tempo era compreensível e era como uma segunda mãe para as meninas. <br />
<br />
Suas explicações eram as mais engraçadas, e foi durante uma de suas aulas que Lizzy teve que se esforçar para não cair no choro de tanto rir. <br />
<br />
Ela acabara de ensinar um passo novo da coreografia, e estava mostrando como o movimento se encaixaria, quando uma novata, cujo nome Lizzy não lembrava, refez o movimento para marcas a contagem na música.<br />
<br />
Lyra parou na mesma hora e levou as mãos aos quadris. Isso era um sinal, lá vinha uma bomba daqueles de chorar de tanto rir.<br />
<br />
- Pelo amor de Deus, vocês não podem me dizer que esse attitude* está descente! Vocês mais vão ficar parecendo um cachorrinho manco prestes a fazer xixi em um hidrante da esquina! Se a pobre da Márcia vê isso, enfarta! <br />
<br />
A pobre da menina estava roxa de vergonha, afinal, fora ela quem fizera o passa com desatenção. Lyra sorriu, tentando amenizar a bronca e aproximou-se, corrigindo o que antes estava errado.<br />
<br />
- Pronto. Agora sim você está parecendo uma daquelas bailarinas famosas! Quero ver tanta perfeição na coreografia. <br />
<br />
A menina logo esqueceu a bronca que levara e sorria radiante. E o poder de dar broncas e depois confortar as alunas era mais uma de suas características notáveis de excelente professora.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lyra ligou o som e todas as meninas tomaram lugar de fronte ao espelho. <br />
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=4mdq9j2azBY" target="_blank"><span style="color: windowtext;">http://www.youtube.com/watch?v=4mdq9j2azBY</span></a><br />
( Tell me abaut it – Joss Stone)<br />
<br />
Passaram a coreografia várias vezes. Lyra corrigia os erros percebidos ao final de cada passagem da parte da coreografia já pronta. <br />
<br />
Ao final da aula, todas estavam agradavelmente impressionadas com o bom trabalho que haviam realizado, e a menina que erra o attitude o fez na coreografia mais bonito que todas. <br />
<br />
*******************************<br />
Como Lizzy e Jane teriam aula apenas na parte da manhã, combinaram de sair com Charlotte a fim de conhecer a pequena praça onde seria sua filial.<br />
<br />
Os escritórios eram em uma pequena praça, simpaticamente decorada com banquinhos de madeira, uma fonte e pequenos vasinhos de flores desabrochadas pendendo das janelas entreabertas. <br />
<br />
- Que pracinha mais romântica! É a sua cara Char. Se já não soubesse que ela é antiga, poderia jurar que você a decorara. <br />
<br />
Jane disse enquanto olhava tudo com cuidado. Charlotte sorriu e as conduziu para dentro. <br />
<br />
O escritório não ficava atrás. Era muito bem decorado e com um charme que o fazia adorável para todos. Charlotte apresentou seus amigos um por um. Eram muito simpáticos e engraçados e fez com que elas logo se sentissem confortáveis naquele meio para elas tão estranho. <br />
<br />
Depois de uns minutos de conversa surgiu a simpática idéia de jantar fora naquela noite, que prometia ser quente e propicia para um grupo de adolescentes aproveitarem o quanto pudessem. <br />
<br />
***************************<br />
<br />
Jane terminou de prender o cabelo de Lizzy em um rabo e passou a escova mais uma vez, tentando fazer com que alguns fios rebeldes se acomodassem. <br />
<br />
- Pronto. Agora posso tentar competir com você no quesito beleza Jane!<br />
<br />
Lizzy falou enquanto apreciava seu reflexo no espelho. Viu Jane corar e sorriu. Ela era a mais bonita de todas, mas era sinceramente modesta para admitir a verdade. <br />
<br />
- Vamos! Ou chegaremos atrasadas!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Lu chamou da sala enquanto catava a chave na mesa de centro. Lizzy e Jane saíram do quarto e seguiram para a garagem, onde o carro de Charlotte estava estacionado.<br />
<br />
Seguiram até um pequeno bar onde foram acomodadas em uma pequena mesa. O garçom lhes deu umas folhas em branco, para se por embaixo do prato. <br />
<br />
Fizeram seu pedido e esperaram enquanto conversavam e riam como o grupo animado que eram. <br />
<br />
Ao final da noite, não resistindo ao impulso, Lizzy propôs um jogo para se distrair. Deveriam fazer desenhos em uma folha branca e os outros adivinharem o que seria. Todos concordaram.<br />
<br />
- E Jane é do meu time!<br />
<br />
Apressou-se a completar. Depois de pequenos protestos, aceitaram os termos e providenciaram mais papeis brancos com o garçom.<br />
<br />
Depois de algumas rodadas, o jogo estava empatado e era a vez de Jane desenhar. Charlotte, que era do outro time, pensou em algo que seria trabalhoso e que faria o tempo esgotar antes que pudessem adivinhar. <br />
<br />
Uma boa idéia lhe veio á cabeça. Se aproximou de Jane e cochichou de modo que só ela pudesse ouvir. <br />
<br />
- Faz um desenho seu! <br />
<br />
Jane a olhou um pouco surpresa. Não havia como fazer um rosto em tão pouco tempo. Mas, como não havia outra escolha, começou a desenhar o mais rápido que conseguia.<br />
<br />
Todos chutavam deliberadamente, tentado acertar desesperadamente. O desenho estava quase pronto quando finalmente Lizzy acertou que era o auto-retrato de Jane. <br />
<br />
Charlotte ficou levemente irritada. Em questão de desenho, não havia como fazer Jane Bennet perder...<br />
<br />
Pagaram a conta do bar e partiram, deixado os desenhos para trás, sem se importar com quem os visse.<br />
<br />
***************************<br />
<br />
Depois de se certificar que o grupo de charmosas meninas havia ido embora, um homem jovem e cabelos cor de fogo aproximou-se da mesa e começou a ver os desenhos.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Riu com a representação tosca de alguns e espantou-se com um pequeno grupo particularmente bonito. Mas o desenho que mais lhe chamou a atenção era o de uma jovem que aparentava ser muito bonita. <br />
<br />
Não reconheceu o rosto, provavelmente era loira que havia ficado de costas o tempo inteiro. <br />
<br />
*****************************<br />
<b>Attitude </b>- Uma determinada pose do ballet tirada por Carlo Blasis da estátua de Mercúrio por Jean Bologne. É uma posição numa perna só com a outra levantada para trás com o joelho dobrado num ângulo de noventa graus e bem virada para fora para que o joelho fique mais alto do que o pé. O pé de apoio pode ser à terre, sur la pointe ou demi-pointe. O braço do lado da perna levantada é mantido por cima da cabeça numa posição curva enquanto que o outro é estendido para o lado. O attitude também pode ser com a perna levantada para a frente.<br />
<br />
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<br />
Márcia falava enquanto caminhava pelas alunas de sua aula de chão. Era quinta-feira, um dia especialmente doloroso para quase todas as meninas da dança. Teriam aula de chão no ballet, jazz e no street dance. <br />
<br />
Lizzy estava concentrada, pensando apenas em todos os movimentos que seu corpo realizava. Seus músculos da perna doíam, mas tinha que manter a postura e a flexibilidade a todo custo. Como faria um bom arabesque* se não se esforçasse? <br />
<br />
- Bom! Agora relaxem um pouco os músculos e vamos continuar. <br />
<br />
Lizzy se sentou no chão e procurou Isabel. Ela havia chegado atrasada e estava do outro lado da sala. Lizzy sorriu ao imaginá-la falando com Thomas e riu discretamente. <br />
<br />
- Acho que já deu para descansar. Todas de pé. Quero ver um Grande cart** bem alongado!<br />
<br />
Realizaram o movimento com suavidade. Algumas não conseguiam realizá-lo por completo e não chegavam ao chão, o que obrigava a professora a empurrá-las um pouco. <br />
<br />
- Podem relaxar. É tudo por hoje. Tenham um bom dia, e até amanhã.<br />
<br />
Lizzy se alongou um pouco para relaxar os músculos e foi falar com Isabel.<br />
<br />
- Como anda o Thomas?<br />
<br />
- Muito bem Lizzy. É uma pena que ele não venha hoje. Já até sei como falarei com ele. <br />
<br />
Ela não pode saber<br />
<br />
Lizzy pensou um pouco apavorada. Sorriu tentando disfarçar a pequena onde de pânico que sentira. Tentando mudar de assunto e esquecer a aposta, perguntou porque Bel chegara atrasada. <br />
<br />
- Furou o pneu do carro e tive que esperar alguma alma caridosa para me ajudar. Eu não faria isso sozinha por nada. Vai que lasco uma unha?<br />
<br />
Lizzy riu e as duas seguiram para as outras aulas, entre a correria de trocar de roupa e chegar no horário. <br />
<br />
Ao final da aula de street dance.<br />
<br />
- Lizzy, você vai almoçar aonde hoje?<br />
<br />
Lizzy deu de ombros enquanto pensava. Não havia combinado nada com Jane. <br />
<br />
- Não sei.<br />
<br />
- Vamos almoçar juntas no novo restaurante de saladas aqui perto? Jane pode ir também.<br />
<br />
- Por mim tudo bem. Só tenho que ligar e avisar que vou almoçar com você.<br />
<br />
Lizzy ligou para Jane. Ela almoçaria em casa junto com Lisa, uma das amigas das aulas de pinturas <personname productid="em madeira. Tudo" w:st="on">em madeira. <br />
<br />
Tudo</personname> arranjado, Lizzy e Bel seguiram á pé para o restaurante. Ele era bem agradável e a salada era muito saborosa. <br />
<br />
Isabel e Lizzy estavam sentadas perto da vitrina, que era de vidro, o que permitia que pudessem admirar o fluxo de pessoas que passavam apressadas pela calçada em seu horário de almoço.<br />
<br />
- Lizzy, lembra de quando almoçamos pela primeira vez juntas?<br />
<br />
- Como poderia esquecer? Você foi colocar ketchup no seu bife e acidentalmente fez voá-lo por todo o restaurante. Todo mundo ficou sujo!<br />
<br />
As duas começaram a rir ao se lembrar da cena.<br />
<br />
[flash back on]<br />
<br />
<br />
<br />
- Tem uma mesa aqui Lizzy!<br />
<br />
Bel acenou do outro lado do restaurante. Lizzy pegou sua bandeja e dirigiu-se até a amiga. Acomodou-se do outro lado da mesa, de modo a ficar de frente para a amiga. <br />
<br />
- Me passa o ketchup? <br />
<br />
Lizzy entregou o pequeno sache a amiga e começou a comer e a observar as inúteis tentavas da amiga para abri-lo. <br />
<br />
- Tente com outro.<br />
<br />
- Não, eu vou conseguir!<br />
<br />
Depois de uma puxada especialmente forte, o pequeno sache se abriu no meio, o que fez que ketchup voasse para todos os lados em um ângulo de trezentos e sessenta graus. <br />
<br />
Um homem corpulento, que usava uma impecável blusa branca social, recebeu a maior dose e ficou extremamente irritado. Começou a berrar que teria uma reunião importante e que estava arruinado.<br />
<br />
Depois de mil pedidos de desculpas por parte de Bel e risos incontidos de Lizzy, o homem foi embora, ainda irritado.<br />
<br />
[flash back off]<br />
<br />
- Não! Não era isso que eu estava pensando! Foi no jogo que inventamos depois!<br />
<br />
-Ah! Claro que me lembro! Tínhamos que escolher uma característica especial e a outra tinha que achá-las nas pessoas.<br />
<br />
- Essa! Vamos jogar?<br />
<br />
- Tudo bem...<br />
<br />
- Eu quero uns olhos azuis extremamente encantadores!<br />
<br />
Lizzy aceitou o desafio e começou a vasculhar a calçada com o olhar. Não achava ninguém. <br />
“ Ora! Será possível que nenhum par de olhos azuis vai passar por aqui? <br />
<br />
Seu sangue gelou ao terminar de pensar que a missão se tornara impossível. Avistou ao longe um par de olhos azuis que já vira antes. Não. Não poderia ser ele de novo.<br />
<br />
Lizzy se levantou e deixou uma Bel perplexa na mesa. Saiu correndo pela calçada, tentando encontrar novamente aquele olhar em meio à multidão. <br />
Não o achou. O homem que a acompanhou na excursão noturna a academia sumira novamente.<br />
<br />
Lizzy voltou para a mesa, onde Isabel continuava sentada.<br />
<br />
- Por Deus, o que aconteceu?<br />
<br />
- Eu vi o homem que me achou na academia.<br />
<br />
- E por que você saiu correndo desse modo atrás dele?<br />
<br />
- Eu...<br />
<br />
Lizzy parou para pensar. Não sabia a resposta para a pergunta de Bel. Só sabia que se sentia extremamente atraída por aqueles olhos misteriosos e brilhantes. <br />
<br />
***************************************<br />
Grand écart - <a href="http://www.peinturedemadeleine.com/images2/AQ1.jpg" target="_blank"><span style="color: #841818;">http://www.peinturedemadeleine.com/images2/AQ1.jpg</span></a><br />
Ele é feito no chão. <br />
arabesque - Um passo de ballet. Uma perna esticada atrás do corpo. A outra perna, pode estar esticada ou não. Os ombros e os quadris devem estar virados para frente. <br />
<a href="http://www.paacademyofballet.com/images/1st%20arabesque.JPG" target="_blank"><span style="color: #841818;">http://www.paacademyofballet.com/images/1st%20arabesque.JPG</span></a><br />
<br />
<br />
<br />
*************************************************Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5468528859761887425.post-84863579035268982602010-09-27T16:21:00.002-03:002010-09-27T16:21:56.560-03:00No Caminho da Dança, cap. III-Com energia! Um, dois, três quatro... Salta! Sete oito...<br />
<br />
A voz forte e retumbante da professora Maila ecoava pela sala da imponente academia de artes. Lizzy e Bel conversavam em um canto da sala, esperando que o grupo que passava a coreografia terminasse para que fosse a sua vez. <br />
<br />
- Bel, ontem tive que voltar aqui, tarde da noite, para procurar a chave. Quase morri de susto quando vi um homem – lindo por sinal – entrando no vestiário feminino. <br />
<br />
- O que você fez, dona Elizabeth Bennet?<br />
<br />
Lizzy sorriu fingindo estar envergonhada e juntou as pontas dos dedos e começou a brincar. <br />
<br />
- Você o agarrou?<br />
<br />
Lizzy começou a rir e usou as mãos para abafar os risos. Bel lhe lançou um olhar curioso e confessou a amiga.<br />
<br />
- É claro que não o agarrei! Tentei me esconder, mas ele me achou.<br />
<br />
- Daí ele te agarrou e deu um beijo de cinema.<br />
<br />
- Não! Nós conversamos e eu fui embora. Foi só isso. E pare com esses pensamentos! Não deixo qualquer um me agarrar!<br />
<br />
- Mas você está corada, e teve vontade de beijá-lo sim! <br />
<br />
-Não fale sandices. E pare com essa mania de “agarrou”. Não saio agarrando as pessoas por ai. <br />
<br />
Bel começou a rir, o que deixou Lizzy levemente irritada. O grupo que dançava acabou e foi a vez do outro grupo dançar.<br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=Vb87-hqfHcE<br />
(o interessante é a musica.)<br />
<br />
- Muito bom! Até semana que vem!<br />
<br />
Os alunos se dispersaram e Bel e Lizzy seguiram caminhando para o vestiário enquanto conversavam sobre pequenos assuntos. <br />
<br />
Lizzy havia terminado de secar os cabelos recém lavados quando Bel saiu do boxe que tomava banho. <br />
<br />
- Sabe de uma coisa que me esqueci? O baile anual da instituição é daqui uma semana. <br />
<br />
Lizzy guardou a escova de cabelo na bolsa e encarou a amiga.<br />
<br />
<br />
<br />
- Você não está querendo que eu vá, está?<br />
<br />
Bel fitou incrédula a amiga enquanto se vestia. <br />
<br />
- Você não tem vontade de se divertir?<br />
<br />
- É claro que eu tenho! <br />
<br />
- Então você estará lá, no próximo sábado. No salão de exposições da instituição, sem mais nenhum ai! <br />
<br />
- Eu não vou! <br />
<br />
Lizzy pegou a bolsa e ia saindo do vestiário quando Bel a chamou.<br />
<br />
- Então faremos uma aposta. Se eu tomar coragem e falar com o Thomas até essa sexta você vai. Se eu não o fizer...<br />
<br />
- Você não vai ao baile.<br />
<br />
Completou sorrindo em desafio com a amiga. Bel sorriu, sentindo-se vitoriosa. Lizzy sabia, o que Bel mais gostava era uma boa festa e com certeza não ia querer perder aquela. <br />
<br />
- Feito. E é bom você ir escolhendo um vestido bem bonito. Quero ter ver arrasando quarteirões. <br />
<br />
Lizzy deu língua para a amiga e saiu à procura da irmã, que já a esperava nos armários.<br />
<br />
- Lizzy! Pensei que já tivesse ido embora!<br />
<br />
- Não me culpe Jane! Isabel que me atrasa. Acredita que ela quase me obrigou a fazer uma aposta?<br />
<br />
- Lizzy, tenho certeza que você aceitou. Não agüenta ter seu orgulho desafiado.<br />
<br />
Lizzy fez cara de ofendida e retrucou, repreendendo-se por ser tão óbvia. <br />
<br />
- Não é por causa do meu orgulho! E mesmo assim, tenho certeza que não irei perder! Ela nunca vai ter coragem para falar com Thomas! – pelo menos eu espero.<br />
<br />
- Agora, conte-me essa história direito. <br />
<br />
Lizzy contou a historia da aposta enquanto faziam o pequeno trajeto até em casa..<br />
<br />
<br />
<br />
Luciene e Charlotte estavam em casa. Era seu horário de almoço, e resolveram preparar juntas o almoço, em comemoração.<br />
<br />
- Nossa! Que casa arrumada! O que fizeram com as antigas moradoras?<br />
<br />
Lizzy perguntou enquanto examinava a sala perfeitamente arrumada. Charlotte e Luciene sorriram enquanto colocavam a grande travessa de ravióli na mesa. Jane e Lizzy se sentaram e começaram a comer.<br />
<br />
- Oh, estamos tão feliz! Lembram que eu e Lu nos escrevemos no programa de treinamento para a gerencia do departamento de moda?<br />
<br />
- Como poderíamos esquecer, cara Charlotte? Você falou nisso durante um mês inteiro!<br />
<br />
Lizzy respondeu enquanto se servia de uma porção generosa da comida. Charlotte apenas sorriu. Estava feliz demais para importar-se com as implicâncias de sua amiga.<br />
<br />
- Então, nós, eu e Charlotte, conseguimos! Vamos gerenciar as novas filiais! <br />
<br />
- Meus parabéns!<br />
<br />
Congratulou Jane enquanto abraçava carinhosamente as amigas. <br />
<br />
- Um brinde as mais novas gerentes de Londres!<br />
<br />
Brindaram com as taças de champagne servidas por Lizzy.<br />
<br />
- Bem, já que vocês tem o resto da tarde livre, por que não vamos ao shopping e compramos roupas novas? Gerentes precisam se vestir adequadamente!<br />
<br />
Todas concordaram com a idéia de Lizzy. Após o almoço, arrumaram-se e partiram em direção ao shopping, onde fizeram novas compras e revolucionaram o guarda-roupa das amigas. <br />
<br />
Na saída, quando passavam por uma loja de artigos de festa, Lizzy deparou-se com um vestido maravilhoso. <br />
<br />
“ Se eu perder a aposta, terei que dar um pulinnho aqui e comprar este vestido...”Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02385129463107687511noreply@blogger.com0