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terça-feira, novembro 16, 2010

Capítulo XVII

Capítulo XVII
Jane saiu do banho enrolada em uma enorme e felpuda toalha branca. Separou cuidadosamente algumas blusas que pretendia usar no “encontro” com Charles e começou a experimentá-las, analisando para ver qual delas lhe cairia melhor.

- Charlotte! – Jane gritou enquanto analisava duas blusas.

- O que foi Jane? – Charlotte perguntou aparecendo na porta do quarto.

- Eu não sei com que blusa ir. – Jane falou lamentando.

- Calma.

Charlotte falou se aproximando e sorrindo. Pediu para que Jane vestisse as duas blusas. Como a noite estava extremamente bela e fresca, as blusas eram sem manga e Jane levaria um casaco à tira colo, caso esfriasse.

Ela usaria uma calça jeans, e isso já estava certo. Uma das blusas que ela planejava usar era rosa clara, lisa, enfeitada apenas por algumas rendas na barra da blusa e na gola em V.

A outra era azul, e combinava perfeitamente com os olhos de Jane, e os realçava ainda mais. Era uma tomara que caia que lhe ajustava perfeitamente ao corpo, e uma faixa demarcava a fina cintura de Jane.

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(essa é a blusa que a Jane vai usar... mas imaginem ela azul clara ok?)

Charlotte decidiu pela blusa azul e Jane aprovou a escolha. Vestiu a blusa e penteou os cabelos de modo que os singelos cachos da ponta do cabelo ficassem perfeitamente moldados. Usou duas presilhas para arrumar um pouco a franja e maquiou-se levemente. Separou o casaco que usaria caso sentisse frio e começou a tacar tudo que precisava dentro da bolsa.

Já eram sete horas, e Charles já devia estar esperando por ela. Despediu-se das amigas com um aceno e desceu até a portaria. Charles a esperava estacionado em frente à portaria, encostado no carro e sorrindo. Adiantou-se quando ela se aproximou em cumprimentou-a.

- Você é muito bonita. – elogiou enquanto abria a porta do carro para que ela entrasse. (N/a: reparou que ele disse é, e não está? )

- E você é um perfeito cavalheiro. – ela elogiou sorrindo e entrando no carro, corando um pouco.

- Aonde vamos primeiro, minha querida guia? – ele perguntou, fazendo Jane corar mais ainda.

- Eu pensei em conhecermos primeiro o Big Ben*. Ele fica lindo iluminado à noite. – Jane respondeu enquanto revisava o roteiro.

- Big Bem... aqui vamos lá! – Charles falou enquanto dava a partida no carro.

Durante todo o percurso até o Big Ben Jane e Charles conversaram animadamente, sobre artes, musicas e todo o tipo de assunto que surgi em meio a uma conversa animada.

Passaram por volta de uma hora no grande relógio e resolveram continuar o pequeno passeio.

Em todos os pontos em que pararam no meio do pequeno passeio que fizeram, Charles fez questão de abrir e fechar a porta para Jane, que sempre sorria e corava levemente com o cavalheirismo de Charles.

- Aquilo é um parque de diversões? – Charles perguntou ao ver surgir no outro lado da rua uma enorme roda gigante.

- Acho que sim. – Jane respondeu admirada.

- Vamos? Faz muito tempo que não vou a um parque de diversões! – Charles perguntou parecendo uma criança que acabara de receber um presente de natal antecipado.

Jane concordou com um pequeno aceno de cabeça. Estacionaram o carro e seguiram juntos até a bilheteria. Compraram alguns ingressos e começaram a olhar as atrações.

- Charles, vamos nesse! Fui uma vez com Lizzy e nos divertimos muito!

Jane pediu com os olhinhos brilhando. Charles concordou e entraram na fila. O brinquedo se chamava Crazy Dance. Era uma cadeira estofada, que rodava junto com algumas outras. O brinquedo rodava conforme a musica ia tocando.

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(Crazy Dance)

Na sua vez, Jane e Charles se acomodaram em uma das cadeiras e esperaram a musica começar. O Dj colocou uma música com batida latina e o brinquedo começou. Os dois cantavam a animados e sacudiam os braços conforme o brinquedo se mexia. Riam muito e catavam cada vez mais alto a musica que tocava.

Desceram rindo muito. Caminharam até o outro lado do parque, onde a roda gigante estava montada. No meio do caminho, um grande urso de pelúcia, branco como a neve e fofo chamou a atenção de Jane.

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( o Urso )

Charles acompanhou o olhar de Jane e viu o motivo do brilho em seus olhos. Puxou-a pela mão até a barraca onde o urso era o premio.

- Vou te dar o Urso Jane! – Charles falou sorrindo.

- Ah, não é necessário. – Jane respondeu lisonjeada.

- Claro que é! Você o quer, e eu vou te dar. – ele falou sorrindo. – e nem adianta discutir! – completou ao ver que Jane abria a boca para responder.

Charles se aproximou do homem que trabalhava na barraca e perguntou como ganharia o urso. O homem sorriu de lado e explicou com um tom arrogante que ele deveria acertar sete dos dez tiros em um pato de madeira que andava de um lado ao outro.

- Esse usrso está ai há dez anos... ninguém nunca conseguiu.

O homem completou olhando arrogante para Charles que simplesmente depositou o dinheiro em cima da mesa e pegou a espingarda de chumbinho que o homem lhe ofereceu.

- Vai ser moleza.

Charles murmurou de modo que só ele pode ouvir. Ajustou a arma e mirou cuidadosamente em um dos patos. Puxou o gatilho e atirou. Acertou o primeiro pato. Não deixou se abalar pelo rosnado que o homem deixou escapar. Mirou novamente em um outro pato e atirou. Acertou novamente.

Foi assim com todos os sete patos que Charles deveria derrubar, e com mais os outros três que derrubou só para ensinar o homem que lhe atendera a não subestimar os outros.

- Aqui está! – o homem falou quase que com um rosnado.
- Muito obrigado. – Charles pegou o urso e entregou a Jane, que sorria de orelha a orelha. – Pra você!

- Muito obrigada. Realmente não precisava. – ela falou abraçando o urso.

- Mas eu quis. – Charles respondeu voltando a segurá-la pela mão e seguindo até a roda gigante.

Entraram na pequena fila e esperaram que uma das cadeiras vagasse, o que não demorou muito a acontecer. Entregaram os bilhetes a menina que os estava acomodando e esperaram que a roda recomeçasse a rodar.

Com um leve solavanco, a roda começou a rodar. A vista era linda dali de cima. Podia-se ver uma boa parte das casas Londrinas, e milhares de pontinhos luminosos ao longe.

- Daqui de cima Londres parece tão pequena. – Jane comentou sentindo a brisa soprar-lhe os cabelos.

- Daqui de cima, tudo parece pequeno. – Charles comentou divertido. – os carros parecem formigas, e os prédios... os prédio parecem pequenas arvores de metal. – completou rindo.

- E o lago ali adiante seria uma grande poça de água? – Jane perguntou sorrindo.

- Talvez. – Charles ponderou olhando. – e nós seriamos o que? – ele perguntou encarando Jane, que ficava levemente corada por causa do vento.

- Eu não sei...

Ela respondeu. A roda parou de andar exatamente no momento que passavam no ponto mais alto que poderiam alcançar. Charles continuou olhando-a encantado com toda a beleza de Jane.

Uma pena veio voando sabe-se lá de onde, e Jane a seguiu com um olhar enquanto ria. A brisa que levava a pena parou de soprar e ela caiu devagar sobre o nariz de Jane, que balançou o rosto e começou a rir.
( N/a: deu pra entender o que eu queria dizer? A penas estava voando e caiu no nariz de Jane, se equilibrando ok?)

- Você com certeza seria um anjo.

Charles falou enquanto olhava a cena hipnotizado pela criatura angelical que estava ao seu lado. Jane tirou a pena do nariz e a segurou, virando-se para Charles. Sem saber como, sorriu e sentiu sua face ruborizar. Charles se aproximou mais, lentamente, enquanto fixava o olhar nos olhos de Jane.

Como se fosse empurrada por uma força invisível, Jane se aproximou mais ainda de Charles, vencendo a distancia que mantinham seus lábios separados.

Beijaram-se primeiramente de um modo delicado, experimentando a textura dos lábios um do outro. Vendo que nenhum dos dois ofereceria resistência, aprofundaram o beijo, explorando cada canto da boca um do outro.

Separaram-se com um outro solavanco da roda gigante, que recomeçou a girar. Jane abaixou o olhar sem saber o que dizer, e Charles a abraçou.

Resolveram sair da roda e voltar para casa. Já estava ficando tarde. Desceram e seguiram de mãos dadas até o carro.

Jane estremeceu um pouco por causa do frio e amaldiçoou-se por ter deixado o casaco no carro. Charles percebendo o leve arrepio que ela teve, despiu seu casaco e colocou-o sobre os ombros nus de Jane, que sorriu em agradecimento mudo e apertou-o contra si.

Entraram no carro e seguiram conversando sobre os lugares que conheceram. Charles parou em frente a portaria e abriu a porta para Jane.

Despediram-se com um beijo singelo e Jane subiu sonhadora para seu apartamento. Viu Charles partir pela janela de seu quarto e começou a despir-se para tomar um banho. Reparou que ainda estava com o casaco de Charles e sorriu. O cheiro dele era muito bom...

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