Lizzy estava sentada no banco traseiro do carro de Charlotte e mal percebeu quando um manobrista abriu a porta para que ela saísse. Era uma noite quente e o céu parecia especialmente estrelado para a ocasião. Apenas uma pequena brisa soprava fraca e constante.
Subiram a pequena escadaria de mármore e adentraram o grande saguão de entrada da Galeria. Estava perfeitamente decorado e ambientado. Era uma mistura de elegância e sofisticação perfeita.
Lizzy sorriu nervosa e entrou pela grande porta de madeira. Todos em volta pareceram parar e admirar tão esplendorosa visão. O ar pareceu sumir, todos os olhares se voltaram para Lizzy.
Os homens a desejaram e as mulheres sentiram inveja de tão bela mulher.
Lizzy estava usando uma genuína criação de Charlotte. O vestido era vinho possuía apenas uma fina alça retorcida no ombro direito. Descia colado ao corpo até a altura dos joelhos e depois ia alargando , apenas um pouco, para dar mobilidade. Um rasgo, nos dois lados do vestido, permitia que movimenta-se melhor.
O tecido parecia estar passando um por cima do outro, o que acentuava as curvas definidas de Lizzy. Os cabelos, negros e volumosos, estavam presos no alto da cabeça, com algumas mechas dando um ar mais jovial.
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(imaginem ele sem essa cauda de sereia. O vestido é de Vera Wang)
A maquiagem estava leve, mas marcante. Usava um batom de uma cor indefinida que a deixava mais misteriosa, e atraia olhares, todos procurando descobrir que cor seria aquela, que pintava tão delicados lábios. O lápis acentuava os lindos olhos negros de Lizzy.
Charlotte a guiou até uma mesa, onde apoiaram as bolsas e começaram a procurar Jane pelo primeiro pavilhão, onde ela indicara que seu quadro estaria.
Quando chegaram lá, Jane estava sendo cumprimentada por alguns senhores, que pareciam ser admiradores profundos de arte.
Era Jane, sorrindo encantadora. Estava radiante e explicou que aqueles senhores com quem conversava eram peritos em artes e que adoraram seu trabalho.
Admiraram mais um pouco o quadro e voltaram para o grande salão, onde uma pequena orquestra tocava uma valsa.
Isabel não demorou a chegar, deslumbrante em seu vestido preto e sofisticado. Thomas a acompanhava com o olhar de longe, e parecia orgulhoso de estar acompanhado por uma mulher tão linda quanto Isabel.
- Lizzy, você está demais! Onde que você arranjou esse vestido, tão lindo, provocante, sexy...
- Charlotte o desenhou para mim.
Charlotte sorriu e começou a contar o quanto tiveram que convencer Lizzy a usá-lo. Bel ria enquanto Charlotte narrava a primeira prova e Lizzy apenas sorria educadamente.
Enquanto isso, uns cinco jovens da academia já haviam convidado Jane para dançar algumas milhares de vezes, e ela recusou educadamente em todas.
- Minha querida Jane, se todos os rapazes deste lugar não terminar a noite apaixonados por sua estonteante beleza, eu estou por fora dos conceitos de beleza atuais!
Jane riu envergonhada com o comentário da irmã, e já ia lhe dar uma resposta quando o pequeno burburinho que reinava no lugar cessou e todos os olhares se dirigiram para a grande porta de carvalho, que se abria e revelava um trio peculiar.
Todos uniram as cabeças, procurando uma brecha por onde pudessem admirar a passagem dos donos da incrível academia.
Depois de alguns movimentos sutis e uns “com licença” Lizzy conseguiu se acomodar em um brecha, tendo Isabel em um lado e Jane do outro.
- Quem são os pavões?
Lizzy perguntou para Isabel quanto olhava para cada um deles. Primeiro seu olhar se dirigiu para uma mulher jovem e cabelos tão vermelhos quantos seus cabelos. Sorria de uma maneira afetada, que lhe dava uma vontade quase irreprimível de rir.
Ela usava um vestido de um vermelho extremamente forte. Era um tomara que caia, extremamente bonito em si só, mas que no liso corpo da mulher lhe dava um ar patético.
Ele era de cetim e uma pequena renda preta o enfeitava. Deixava a mostra uma grande parte das finas pernas da mulher.
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( o vestido de Caroline... eu sei que ele é lindo, mas imaginem uma vara pau ambulante dentro disso e se achando sexy? Não dá né?)
No rosto, usava uma maquiagem extremamente forte, quase vulgar. Um batom vermelho sangue, lápis extremamente forte.
Um colar que parecia de diamantes repousava em seu colo. Grandes anéis e pulseiras davam o toque final.
- Lizzy, essa é Caroline Bingley, irmã de um dos donos, Charles Bingley. É aqueles que está de fraque e blusa azul por baixo...
- Bonito...
Jane deixou escapar enquanto observava o belo homem, que sorria simpático com todos.
- Eu ouvi isso, Jane Bennet.
Jane corou. Lizzy moveu-se tentando ver quem era o terceiro componente de tão espantoso trio.
“ Bem , se essa gentil senhora sair da frente, talvez eu veja!”
Foi quando a senhora saiu da frente e Lizzy encontrou dois encantadores olhos azuis, que pareciam ter lhe roubado toda a luz das estrelas e o ar.
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